Instituto Mapinguari fez a cobertura do Congresso de Áreas Protegidas em parceria com o IPÊ
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Talita Tavares, do Instituto Mapinguari, comenta aqui como foi o participar do III Congresso Latino-americano de Áreas Protegidas, em Lima, Peru, em parceria com o IPÊ, realizando a cobertura do evento e atividades paralelas. O Mapinguari fez parte do projeto do IPÊ Motivação e Sucesso na Gestão de UCs (MOSUC), e passou por capacitações para o fortalecimento da gestão organizacional, o que hoje amplia as possibilidades de parcerias com outras organizações.
“Quando a Angela Pellin (IPÊ) nos propôs a ida ao Congresso Latino-americano de Áreas Protegidas nós literalmente ‘piramos’ com as possibilidades disso. Tivemos receio da responsabilidade e da grandiosidade do Congresso claro, mas pensamos em tudo que poderia acontecer de bom a partir disso e resolvemos nos mobilizar, por meio da articulação do IPÊ e dos Parques Nacionais da Colômbia. Faltavam ainda outros membros do Instituto Mapinguari, Adriane e Yuri. A solução para a participação deles foi fazer uma campanha no Instagram e no Facebook para arrecadar doações e assim cobrir os nossos gastos urgentes com passagem e hospedagem. Tivemos um retorno muito bom, tanto que ela acabou também nos ajudando com alimentação e transporte nos dias de viagem.
A cobertura e o processo de produção de textos, imagens e vídeos durante o evento foram desafiadores para nós, pois havia atividades simultâneas acontecendo. Junto à Comissão de Educação e Comunicação da IUCN, fomos recebidos pela Coordenadora Ana Júlia, da Argentina, que nos provocou a sermos protagonistas nas atividades de comunicação, fazendo a cobertura das atividades gerais do Congresso, elencando pessoas chave para a Conservação de Áreas Protegidas na América – nomes como Carla Wheelock, Kristen Walker, Cláudio Maretti e a pequena Lala, uma guarda-parque (que apesar de ter 12 anos já uma gigante da defesa da Natureza!). Dessa forma, acessamos uma ótica moderna de comunicar, num ambiente menos formal e com uma estratégia de difundir via mídias sociais.
Para além da cobertura, nós tivemos atividades paralelas como representantes do Mapinguari, como a articulação na Declaratória dos Jovens da América Latina e do Caribe. Também representamos o Brasil nas discussões, com o lema “Exigimos, propomos e nos comprometemos” e elaboramos uma proposta com linhas estratégicas para que a nossa voz seja ouvida. Como produto disso também foi formulada uma Rede de Jovens para que, articulados e organizados, possamos pautar mais mudanças e melhorias em nossos países.
Assim como o MOSUC nos trouxe desafios e grandes oportunidades, nós continuamos a parceria e os frutos disso são vistos agora com nossa rede de parceiros aumentando a cada dia. Para nós cada momento que pudemos adquirir mais conhecimento e capacitação foi instigante e muito rico. Na atual conjuntura do nosso país, as representações de jovens, mulheres e comunidades tradicionais nesse processo feito por nós são de suma importância.
Na foto: Yuri Silva e Talita Tavares (Inst. Mapinguari), Angela Pellin (IPÊ), Adriane Formigosa (Inst.Mapinguari) e Ana Julia Gómez (Comissão de Educação e Comunicação-UICN).
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Empreendedor socioambiental no setor de reciclagem, Roger trouxe para o público algumas lições que teve no seu caminho para a construção de uma cooperativa que hoje funciona com 20 catadores de materiais recicláveis que realizam uma Gestão Integrada de Resíduos. Para ele, a liderança para transformação socioambiental só é possível, quando se está aberto à escuta. “Tem uma leitura de contexto trabalhosa e curiosa. Empreender socialmente é diferente de olhar nicho de mercado, para além da oportunidade. É olhar para contexto, relações, empatia. Não existem soluções prontas. Eu passei por isso, perdi anos achando que eu tinha a resposta para o problema, mas eu aprendi que tem que gastar muita sola de sapato, ouvir muito e trabalhar junto. Meu principal aprendizado foi deixar a ideia de soluções prontas para os problemas, para ter soluções criadas em conjunto”, afirma. Carlos Klink, que também já foi secretário do ministério do meio ambiente, concorda, e vai além. Para ele, os profissionais desse setor precisam ter a comunicação como base de seus trabalhos e de sua atuação. “Temos que aprender com as mudanças no mundo, saber estabelecer redes, definir quais são as instituições importantes para manter relacionamento. Os jovens líderes têm que aprender conteúdo, mas têm que saber como vão lidar com esse conteúdo, como vou solucionar problemas e interagir com meus colegas coletivamente. E também saber comunicar pra além do campo meramente técnico, com os públicos diversos. É importante ter a informação, mas saber o que fazer com ela, como engajar e como fazer com que ela tenha sentido. Isso é um aprendizado continuado”, disse.
O Mestrado Profissional da ESCAS tem um histórico ligado fundamentalmente ao IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas. Tendo a Educação como um de seus pilares, o Instituto criou inicialmente o Centro Brasileiro de Biologia da Conservação, para compartilhar o conhecimento desta área com mais profissionais do Brasil e do mundo. O centro de estudos cresceu e, a partir da criação do Mestrado Profissional, passou a se chamar ESCAS, abrigando cursos livres e de pós graduação.