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A ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, do IPÊ, realizou no dia 28 de setembro o I Simpósio de Pesquisas Liderança para a Conservação e I Encontro de Egressos do Mestrado Profissional. O evento, em Nazaré Paulista (SP), teve como convidados Roger Koeppl, fundador da YouGreen, e de Carlos Klink, professor adjunto do Departamento de Ecologia, da Universidade de Brasília. Ambos dividiram suas experiências com professores da escola e cerca de 30 egressos, que hoje são líderes em conservação socioambiental e atuam em variados setores, implementando projetos ligados ao tema.
Empreendedor socioambiental no setor de reciclagem, Roger trouxe para o público algumas lições que teve no seu caminho para a construção de uma cooperativa que hoje funciona com 20 catadores de materiais recicláveis que realizam uma Gestão Integrada de Resíduos. Para ele, a liderança para transformação socioambiental só é possível, quando se está aberto à escuta. “Tem uma leitura de contexto trabalhosa e curiosa. Empreender socialmente é diferente de olhar nicho de mercado, para além da oportunidade. É olhar para contexto, relações, empatia. Não existem soluções prontas. Eu passei por isso, perdi anos achando que eu tinha a resposta para o problema, mas eu aprendi que tem que gastar muita sola de sapato, ouvir muito e trabalhar junto. Meu principal aprendizado foi deixar a ideia de soluções prontas para os problemas, para ter soluções criadas em conjunto”, afirma. Carlos Klink, que também já foi secretário do ministério do meio ambiente, concorda, e vai além. Para ele, os profissionais desse setor precisam ter a comunicação como base de seus trabalhos e de sua atuação. “Temos que aprender com as mudanças no mundo, saber estabelecer redes, definir quais são as instituições importantes para manter relacionamento. Os jovens líderes têm que aprender conteúdo, mas têm que saber como vão lidar com esse conteúdo, como vou solucionar problemas e interagir com meus colegas coletivamente. E também saber comunicar pra além do campo meramente técnico, com os públicos diversos. É importante ter a informação, mas saber o que fazer com ela, como engajar e como fazer com que ela tenha sentido. Isso é um aprendizado continuado”, disse.
Impulsionadora da construção de conhecimento em meio ambiente e sustentabilidade no Brasil, a ESCAS já formou 136 mestres em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável. O primeiro Simpósio e primeiro Encontro de Egressos proporcionou um momento de fortalecimento dessa rede de profissionais atuantes para a transformação socioambiental. “É mais que uma rede de profissionais conectados, é a chance de impulsionar ainda mais a produção de conhecimento a partir dessa conexão dos antigos alunos por meio da escola. Essa troca de experiências entre esses profissionais nos fortalece, mas traz ainda mais oportunidades de ações que impactem positivamente a conservação socioambiental e a sustentabilidade no País. Daqui surgem novas ideias, novas redes, novas formas de pensar e implementar essas ações”, afirma Cristiana Martins, coordenadora do Mestrado.
Durante o simpósio, os egressos tiveram a chance de compartilhar a evolução de seus trabalhos neste campo e refletir sobre a liderança em conservação. “O relacionamento com as pessoas, como engajar pessoas, eu me aprofundei nisso aqui no mestrado e, para mim, o que eu vi ao longo dos anos de trabalho pós curso é que conservação é feito de pessoas e eu preciso trabalhar com pessoas para ter resultados. Foi essencial passar pelo IPÊ para sentir isso. Ser líder em conservação é olhar o todo e olhar para as pessoas. Olhar a natureza, mas pensar todos os ingredientes que tem que ter nessa receita, pensando sempre em algo maior”, comentou Karlla Barbosa, da SAVE Brasil.
HomenagensO Mestrado Profissional da ESCAS tem um histórico ligado fundamentalmente ao IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas. Tendo a Educação como um de seus pilares, o Instituto criou inicialmente o Centro Brasileiro de Biologia da Conservação, para compartilhar o conhecimento desta área com mais profissionais do Brasil e do mundo. O centro de estudos cresceu e, a partir da criação do Mestrado Profissional, passou a se chamar ESCAS, abrigando cursos livres e de pós graduação.
A proposta do mestrado era um objetivo antigo da presidente do IPÊ, Suzana Padua, e do hoje reitor da Escola, Claudio Padua. Durante o Simpósio, pelas mãos de Suzana, Claudio foi homenageado, assim como algumas pessoas fundamentais para a realização do mestrado, como o empresário Guilherme Leal, e os professores Mary Pearl e Don Melnick (in memorian).
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