Começa a nova turma do MBA em Gestão de Negócios Socioambientais
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A quinta turma do MBA em Gestão de Negócios Socioambientais da ESCAS começou em outubro. Na última semana, os alunos passaram pelo primeiro módulo de imersão, cujo tema foi Contexto Socioambiental: presente e futuro. O objetivo da semana em Nazaré Paulista, na sede do IPÊ, foi compreender a evolução de conceitos e práticas nos campos social e ambiental, identificar os desafios enfrentados pela sociedade contemporânea, traçar o cenário atual do contexto socioambiental e identificar oportunidades para iniciativas de empreendedorismo socioambiental.
s aulas do primeiro encontro aconteceram com: Rosa Maria Fischer e Graziela Comini (CEATS/USP), sobre o tema Social: Evolução de conceitos e práticas; Suzana Padua (presidente do IPÊ), falando sobre ética e valores; Jacques Marcovith (USP), sobre os Desafios da gestão socioambiental; José Augusto Padua, com História Ecológica Global e Claudio Padua (reitor da ESCAS/IPÊ), sobre Oportunidades de Negócios ambientais.
Fundamental na estrutura do MBA, as semanas de imersão trazem reflexões importantes para os alunos, estudantes e profissionais com experiências a compartilhar com todos. A proposta é desconstruir e criar juntos novas ideias e estabelecer novas conexões.
A turma é formada por 15 alunos de diferentes formações, que têm como objetivo dar um novo rumo às suas carreiras, capacitando-se para criar negócios inovadores e que impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente.
O MBA da ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade já formou quatro turmas. Surgiu a partir da ideia de capacitar profissionais em transição de carreira, impulsionar a jornada de empreendedores socioambientais e contribuir no desenvolvimento de modelos de negócios comprometidos com a sustentabilidade. O objetivo é formar lideranças capazes de contabilizar rentabilidade financeira com geração de valor socioambiental.
O curso tem parceria com ARTEMISIA Negócios Sociais e orientação pedagógica do CEATS/USP – Centro de Empreendedorismo e Administração em Terceiro Setor.
Agora com novo formato, o Blended Learning, as aulas são organizadas em módulos online e presenciais, o que facilitará a administração do tempo dos alunos em conciliar a vida pessoal e profissional com a capacitação.
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“Quando a Angela Pellin (IPÊ) nos propôs a ida ao Congresso Latino-americano de Áreas Protegidas nós literalmente ‘piramos’ com as possibilidades disso. Tivemos receio da responsabilidade e da grandiosidade do Congresso claro, mas pensamos em tudo que poderia acontecer de bom a partir disso e resolvemos nos mobilizar, por meio da articulação do IPÊ e dos Parques Nacionais da Colômbia. Faltavam ainda outros membros do Instituto Mapinguari, Adriane e Yuri. A solução para a participação deles foi fazer uma campanha no Instagram e no Facebook para arrecadar doações e assim cobrir os nossos gastos urgentes com passagem e hospedagem. Tivemos um retorno muito bom, tanto que ela acabou também nos ajudando com alimentação e transporte nos dias de viagem.
Empreendedor socioambiental no setor de reciclagem, Roger trouxe para o público algumas lições que teve no seu caminho para a construção de uma cooperativa que hoje funciona com 20 catadores de materiais recicláveis que realizam uma Gestão Integrada de Resíduos. Para ele, a liderança para transformação socioambiental só é possível, quando se está aberto à escuta. “Tem uma leitura de contexto trabalhosa e curiosa. Empreender socialmente é diferente de olhar nicho de mercado, para além da oportunidade. É olhar para contexto, relações, empatia. Não existem soluções prontas. Eu passei por isso, perdi anos achando que eu tinha a resposta para o problema, mas eu aprendi que tem que gastar muita sola de sapato, ouvir muito e trabalhar junto. Meu principal aprendizado foi deixar a ideia de soluções prontas para os problemas, para ter soluções criadas em conjunto”, afirma. Carlos Klink, que também já foi secretário do ministério do meio ambiente, concorda, e vai além. Para ele, os profissionais desse setor precisam ter a comunicação como base de seus trabalhos e de sua atuação. “Temos que aprender com as mudanças no mundo, saber estabelecer redes, definir quais são as instituições importantes para manter relacionamento. Os jovens líderes têm que aprender conteúdo, mas têm que saber como vão lidar com esse conteúdo, como vou solucionar problemas e interagir com meus colegas coletivamente. E também saber comunicar pra além do campo meramente técnico, com os públicos diversos. É importante ter a informação, mas saber o que fazer com ela, como engajar e como fazer com que ela tenha sentido. Isso é um aprendizado continuado”, disse.
O Mestrado Profissional da ESCAS tem um histórico ligado fundamentalmente ao IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas. Tendo a Educação como um de seus pilares, o Instituto criou inicialmente o Centro Brasileiro de Biologia da Conservação, para compartilhar o conhecimento desta área com mais profissionais do Brasil e do mundo. O centro de estudos cresceu e, a partir da criação do Mestrado Profissional, passou a se chamar ESCAS, abrigando cursos livres e de pós graduação.