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Corredores de Vida ganham mais 170 mil novas árvores nativas

10 de novembro de 20227 de dezembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Em Marabá Paulista (SP), cerca de 83 hectares da fazenda São Paulo, anteriormente cobertos por pastagem, agora estão restaurados com árvores nativas do bioma Mata Atlântica. A área de aproximadamente três quilômetros recebeu cerca de 200 mil mudas de árvores e faz parte de um corredor que liga a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto (ESEC MLP) a um fragmento de mata nativa situada na fazenda São Paulo, na região do Pontal do Paranapanema, extremo Oeste do estado de São Paulo.

Foram, aproximadamente, sete meses de plantio (março a outubro/2021) para concluir o corredor ecológico que fica ao Norte do Parque Estadual Morro do Diabo (PEMD). Com a finalização dessa restauração a região ganha mais uma importante conexão de floresta, com a criação dos corredores ecológicos e a ligação entre as Unidades de Conservação ESEC MLP e o PEMD e importantes fragmentos isolados na paisagem.

Esse plantio é uma parceria entre o IPÊ e o proprietário rural Wilson Kozo Koga, responsável por ceder a área e por contribuir com o projeto, cercando e preparando o solo para o plantio das mudas. Já ao IPÊ coube a articulação com investidores nacionais e internacionais para angariar recursos financeiros, além de fazer toda a governança do projeto como a contratação da equipe de plantio, aquisição de mudas nativas, manutenção e monitoramento do restauro ecológico. A restauração florestal é uma forma do proprietário se adequar ao Novo Código Florestal que exige que 20% da área da propriedade seja preservada ou reflorestada.

Corredor Norte PLantio8 1 1

A previsão, segundo os técnicos do IPÊ, é que uma década é o tempo suficiente para o corredor se transformar em floresta bem estruturada. No entanto, em dois anos, as árvores pioneiras e de crescimento rápido como Sangra d’água (Croton urucurana), Aroeira Pimenteira (Schinus therebimthifolia), Canafistula (Peltophorum dubium), Angico (Anadenanthera colubrina), entre outras, estarão com cinco metros de altura. Nesse estágio, a área já abriga animais silvestres, aves, polinizadores e anfíbios que contribuem com a manutenção e conservação da biodiversidade.  Além de servir como elo de ligação, pois esse corredor é de extrema importância para a conservação de populações de micos-leões-pretos (Leontopithecus chrysopygus) que até então viviam isolados no fragmento da mata nativa das fazendas São Paulo e Santa Mônica. A conexão agora vai facilitar a formação de novos grupos não parentes, ampliando a variabilidade genética de forma a perpetuar a espécie, uma vez que a reprodução entre um grupo pequeno dentro da mesma família, traz sérios problemas genéticos que podem levar a espécie à extinção.

Na avaliação do coordenador de projetos do IPÊ, Haroldo Borges Gomes, os  benefícios dos corredores são inúmeros como ligar fragmentos, conectar espécies isoladas, regularizar os passivos ambientais das propriedades com base no Cadastro Ambiental Rural, além de deixar um legado para as futuras gerações no quesito biodiversidade. É também uma das soluções para a crise hídrica. “É um orgulho estar envolvido neste projeto de conservação de vidas e que vai garantir a biodiversidade para a região e gerações futuras”, disse.

Quem também está orgulhoso com a conclusão do plantio do corredor ecológico é o funcionário da fazenda São Paulo, Bruno Garcia Barbosa. Ele conta que no trecho onde o plantio foi iniciado já é possível ver rastros de animais como da anta-brasileira (Tapirus terrestres), e a presença de alguns pássaros, os quais, anteriormente, não eram comuns na área. Ele ainda pontua a importância da parceria entre o IPÊ. “Com esta união todos ganham, principalmente, a natureza que está sendo recuperada. É gratificante saber que meus filhos, meus netos vão poder contemplar as belezas dessa mata que irá se formar aqui”.

Além, dos ganhos ecológicos desse projeto há também os ganhos financeiros, pois, o IPÊ envolve a comunidade através da aquisição de mudas nos viveiros comunitários de Teodoro Sampaio e Mirante do Paranapanema e a contratação de mão de obra para o plantio.

 

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Viveiristas participam de curso de botânica no Pontal do Paranapanema

10 de novembro de 20227 de dezembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Profissionais de restauração florestal dos corredores ecológicos implementados pelo IPÊ – Instituto de Pesquisa Ecológicas, na região do Pontal do Paranapanema, no extremo Oeste do estado de São Paulo, participaram do “Curso de boas práticas de identificação botânica e escolha de espécies estruturantes para restauração florestal no bioma Mata Atlântica de Interior”, no viveiro Viva Verde, da viveirista Iraci Lopes Duveza. 

O curso é uma parceria entre o IPÊ e a WeForest que apoia a restauração florestal de algumas áreas na região, e tem como objetivo contribuir para a formação dos proprietários de viveiros comunitários, colaboradores e as equipes de plantio. “A ideia é fazer cursos de atualização com certa periodicidade, pois a botânica é uma área dinâmica com mudanças frequentes”, explicou Cristina Yuri Vidal, gerente de projetos da WeForest no Brasil. 

No curso, os participantes tiveram a oportunidade de compreender melhor, por exemplo, as diferenças entre árvores da Mata Atlântica do interior e do litoral. “A Quaresmeira (Tibouchina granulosa), por exemplo, é nativa na região litorânea, porém é exótica no extremo Oeste Paulista”, explicou o engenheiro florestal Guilherme Faganello, da Embira Consultoria, que ministrou o curso. 

Resultados práticos 

“Eu tinha a concepção que árvores exóticas eram somente as espécies nativas em outros países. Agora, aqui na atualização esse conceito de exótica ficou muito claro”, disse Francisco Barbosa da Silva, sócio na Mafran Ambiental Consultoria. 

“Ficou evidente o potencial agressivo das árvores exóticas, pois elas se desenvolvem mais rápido e atrapalham a formação das nativas. Agora minha empresa, que trabalha com produção de mudas e plantio no campo, vai redobrar os cuidados, pois o ideal é atacar o problema na base, ou seja, não coletar sementes e não produzir espécies exóticas”, comentou Marta Aparecida da Silva, sócia na Mafran. 

Para Tamires Ferreira de Lima , colaboradora do viveiro Viva Verde, o aprendizado sempre é bem-vindo. “Sou o tipo de profissional que gosta de aprender mais e mais sobre as árvores nativas”.  

Na avaliação de Nivaldo Ribeiro Campos, técnico do IPÊ e coordenador dos viveiros comunitários, o curso fortalece os viveiros e assim os resultados com a restauração florestal na região. “Com conhecimento é possível avançar com qualidade. A cada dia os viveiristas da região se tornam mais especializados no mercado de mudas nativas do bioma Mata Atlântica de interior, o que traz ainda mais benefícios para toda a cadeia da restauração”. 

 

Quais as árvores mais adequadas para restauração no Pontal do Paranapanema?

Durante a capacitação, Guilherme Faganello, engenheiro florestal da Embira Consultoria, pontuou a importância de elaborar uma lista de árvores nativas que são interessantes para a restauração florestal na região, com a função de aumentar a eficácia da iniciativa e reduzir custos, por exemplo, com o replantio de árvores. Nesse contexto, é possível, inclusive, refinar as espécies com melhor desempenho no campo, principalmente aquelas que resistem a longos períodos de seca, pois este é um dos fatores ocasionado pelas mudanças climáticas. 

Para a elaboração da lista, os participantes priorizaram dois pontos: a presença de espécies do grupo funcional/diversidade – aquelas que atraem animais dispersores de sementes, como pássaros e a anta-brasileira (Tapirus terrestris) e do grupo estruturante/recobrimento – árvores que contribuem para a formação mais rápida da floresta, como por exemplo, a Sangra d’água (Croton urucurana), de crescimento rápido, com formação de copa que oferece sombra e ajuda a combater o capim braquiária. 

Com base nessas orientações a lista de espécies prioritárias na região inclui: 

Aroeira Pimenteira (Schinus terebinthifolius) – grupo estruturante/ recobrimento

Cabreúva (Myroxylon Peruiferum) – grupo funcional/ diversidade

Espinho de Maricá (Mimosa bimucronata) – grupo estruturante/ recobrimento

Fedegoso (Senna macranthera) – grupo estruturante/ recobrimento

Fruta de Lobo (Solanum lycocarpum) – grupo estruturante/ recobrimento

Ipê Amarelo (Tabebuia chrysotricha) – grupo funcional/ diversidade

Jatobá (Hymenaea courbaril) – grupo funcional/ diversidade

Louro Pardo (Cordia trichotoma) – grupo funcional/ diversidade

Mutambo (Guazuma ulmifolia) – grupo estruturante/ recobrimento

Pau formiga (Triplaris americana) – grupo funcional/ diversidade

Sangra d’água (Croton urucurana) – grupo estruturante/ recobrimento

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Pequenos produtores participam de curso sobre Água e Bacias Hidrográficas no ES

6 de dezembro de 2021 Por Paula Piccin

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Curso agua assentamento rosaA primeira ação pedagógica realizada pelo IPÊ em assentamentos rurais no Espírito Santo tratou sobre o tema Água e Manejo de Bacias Hidrográficas. Dois cursos gratuitos foram realizados pelo Projeto Educação, Paisagem e Comunidade, beneficiando 50 pessoas nos assentamentos Beija-Flor e Rosa de Saron, nos municípios de Alto Rio Novo e Águia Branca, respectivamente. Os encontros tiveram participação de assentados, técnicos, representantes do sindicato rural e lideranças comunitárias, e foram aplicados por Felipe Senna, do Instituto Socioambiental de Viçosa.

“O tema água foi escolhido para iniciar o diálogo sobre as questões ambientais deste território, que é prioritário na conservação dos recursos hídricos e que influencia a produção de água de várias cidades do estado. Essa conversa com os participantes buscou enfatizar a importância de uma melhor relação com os recursos hídricos, imprescindíveis para a sustentabilidade local”, afirma Vanessa Silveira, educadora ambiental e responsável técnica na inserção territorial.

Os cursos foram os primeiros de uma série de capacitações e diálogos com os assentados rurais, que serão cocriadores desse trabalho junto com o IPÊ e outros atores sociais, pela conservação socioambiental no

WhatsApp Image 2021 12 06 at 14.50.46 território.

“A metodologia do curso foi pensada para que os participantes possam ler a paisagem a partir do comportamento e dinâmica da água na bacia hidrográfica. A ideia é que eles identificassem, nas próprias ações que realizam, as formas de atenuar os impactos já vividos em suas propriedades e como suas práticas cotidianas podem melhorar a disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos disponíveis”, complementa Vanessa.

Nos encontros foram abordados temas como: conceito e definição de Bacia Hidrográfica, Ciclo Hidrológico, leitura e interpretação de Bacias Hidrográficas, Comitês de Bacias Hidrográficas, legislação (Lei das Águas; Código Florestal), problemas e conflitos relacionados à água, consequências do uso de agrotóxicos e por fim, técnicas e tecnologias para manejo sustentável da água na propriedade.

“Com a atividade, também começamos a preparar o olhar para a construção participativa dos PIPs (Projetos Individuais das Propriedades) que serão realizados ao longo do Projeto e identificar os principais problemas relacionados à água vividos hoje nas comunidades”, comenta Edmilson Teixeira Jr., responsável pelo extensionismo rural do projeto.

O projeto é uma iniciativa que tem apoio financeiro da Fundação Renova.

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Unidades de Conservação do Amazonas recebem Encontro dos Saberes – ferramenta de apoio à gestão  nas áreas protegidas

2 de dezembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Na Amazônia, os resultados obtidos com o monitoramento de três alvos da biodiversidade mobilizaram mais de 70 pessoas no Encontro de Saberes realizado em novembro (11 e 12) na Comunidade Pupuaí, na Reserva Extrativista do Médio Juruá. O compartilhamento dos dados e dos aprendizados sobre o automonitoramento da pesca, monitoramento do pirarucu e de quelônios deu o tom ao Encontro que reuniu monitores da Reserva Extrativista do Médio Juruá e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari, gestores das Unidades de Conservação (UCs), pesquisadores de universidades, representantes do ICMBio – Instituto Chico Mendes da Biodiversidade e de organizações da sociedade civil.  

O evento integra o projeto MPB – Monitoramento Participativo da Biodiversidade, uma parceria entre IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, por meio do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade – MONITORA  e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica – CEPAM.

“Todos os alvos, resultados, interpretações e experiências foram debatidos amplamente entre todos os monitores, o que trouxe novos olhares, insights interessantes e novas impressões. Esse é um momento muito importante para percebermos pontos de fragilidade, lacunas e questões que devem ser melhoradas”, comentou Leonardo Rodrigues, coordenador pedagógico do MPB-IPÊ. 

ENCONTRO

Gilberto Olavo, gestor da RDS Uacari, destacou a importância de garantir a continuidade da troca de conhecimentos entre os mais diversos públicos. “O Encontro dos Saberes tem que ser permanente e contínuo, assim contamos com  uma ferramenta necessária para fazer a gestão das Unidades de Conservação e ajudar na preservação e conservação da biodiversidade em todas as suas cadeias, seja na pesca, no manejo do pirarucu, na preservação e conservação dos quelônios”. 

Nesta edição do Encontro de Saberes, estiveram reunidos monitores da Reserva Extrativista do Médio Juruá e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari,  pesquisadores do IPÊ,  gestores das Unidades de Conservação, pesquisadores e representantes do ICMBio – Instituto Chico Mendes da Biodiversidade, da SEMA – Secretaria do Estado de Meio Ambiente, da UFAM – Universidade Federal do Amazonas, ASPROC – Associação dos Produtores Rurais de Carauari, AMECSARA – Associação dos Moradores Extrativistas da Comunidade São Raimundo e Instituto Juruá. 

Pesca

O automonitoramento é o acompanhamento das mudanças nas condições dos rios, lagos e igarapés e também nas relações entre os peixes e o ambiente em que vivem.  Acompanhar o comportamento deste indicador ao longo dos anos ajudará na estruturação de medidas que garantam o uso sustentável dos recursos pesqueiros. 

As informações  compartilhadas no Encontro são o resultado do monitoramento em duas Unidades de Conservação, desde 2018, sendo: 823 formulários, de 13 comunidades e 47 famílias que monitoram suas pescarias na Resex Médio Juruá; e de 756 formulários, de 15 comunidades e 38 famílias que monitoram suas pescarias na RDS Uacari.  No período de 2018 a 2020, os monitores informaram  a captura de 6.479 peixes, e identificaram cerca de 40 grupos de espécies de peixes, dentre elas, surubim (Pseudoplatystoma corruscans), matrinxã (Brycon cephalus), tambaqui (Colossoma macropomum), curimatá (Prochilodus lineatus) e aruanã (Osteoglossum bicirhossum).

Pirarucu (Arapaima gigas)

Quanto ao monitoramento do maior peixe com escamas de água doce do mundo é possível observar as variações ambientais dos locais onde vivem, avaliar o  nível de estoque e definir se houve aumento ou diminuição dos peixes. A partir dessas informações é possível inclusive obter dados sobre como as comunidades se organizam para realizar o manejo, gerar renda e evidenciar a importância dessas pessoas para a conservação do pirarucu.

No Encontro, os participantes compartilham conhecimentos sobre os resultados do monitoramento do pirarucu, entre 2018 e 2019, que registrou  aumento de pirarucus contados e pescados nas três áreas monitoradas (Resex, RDS e Acordo de Pesca).  A proporção de adultos e bodecos (pirarucus jovens com menos de 1,5m) está equilibrada, com leve predominância de bodecos, alinhada  aos índices de conservação favoráveis para a espécie manejada. Além disso, a proporção de machos e fêmeas também apresenta harmonia com leve prevalência dos machos em relação às fêmeas. 

O manejo do pirarucu no Médio Juruá, garante renda familiar anual entre R$ 1.500,00 e R$ 4.500,00 dependendo da área de manejo. A participação de homens, mulheres e jovens no monitoramento do pirarucu também revela proporcionalidade, sendo 38%, 32% e 30% respectivamente.

Sr. Francisco da Gama, monitor da comunidade Bom Jesus, localizada no Médio Juruá,  ressalta o monitoramento como estratégia para a conservação da biodiversidade.  “Considero esse momento muito importante  para o conhecimento e desenvolvimento social de toda a nossa comunidade. O trabalho que a gente faz aqui e que foi debatido no Encontro não é apenas para cuidar do nosso peixe, mas sim cuidar de toda a natureza, preservá-la como um todo”.

Quelônios

Os resultados do monitoramento de quelônios, apoiado pelo projeto MPB, nos últimos três  anos, mas que já ocorre  há cerca de 30 anos nas comunidades, mostraram um valor estável  de filhotes soltos de tracajá (Podocnemis unifilis) e o aumento da desova no número de fêmeas da tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) no território. Além de uma preocupação nos resultados da espécie Iaçá, trazidos pelos pesquisadores do projeto Pé-de-Pincha (UFAM). “Essa espécie recebe maior pressão de pesca, principalmente pelo comércio ilegal e precisa de um maior foco de monitoramento para entendermos o estado de conservação e manutenção da espécie no rio Juruá”, comenta Virgínia Bernardes, pesquisadora do IPÊ. 

Antecedendo o Encontro dos Saberes, o IPÊ realizou uma mobilização nas duas Unidades de Conservação, no início do mês, com objetivo de interpretar e discutir junto com os monitores os resultados de Monitoramento do pirarucu e do Automonitoramento da pesca.

O que é o encontro de saberes – O Encontro de Saberes tem se revelado uma experiência muito rica e tem aumentado o interesse das comunidades na luta pela conservação da biodiversidade. Os encontros de saberes oferecem aos pesquisadores, monitores e gestores, um diálogo entre eles para que cada um, com o saber que possui, com a sua experiência, com sua vivência no monitoramento, dialogue olhando para a biodiversidade a partir da lente da ciência, no caso dos pesquisadores; jurídico-administrativa, no caso dos gestores; e da lente do conhecimento tradicional e da sua experiência vivencial, no caso dos monitores.

A atividade faz parte da parceria entre IPÊ e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (CEPAM), que faz parte do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (MONITORA), Subprograma Aquático Continental.

A iniciativa faz parte do projeto de “Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação da Amazônia”, desenvolvido pelo IPÊ em parceria com o ICMBio, com apoio de Gordon and Betty Moore Foundation e USAID.

Sobre o MPB

O Projeto de Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação da Amazônia (MPB) apoia a implementação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e conta com apoio da Fundação Gordon e Betty Moore, USAID, Programa ARPA e mais de 20 instituições locais.

Desde 2013, o projeto realiza o monitoramento participativo da biodiversidade e promove o envolvimento socioambiental para o fortalecimento da gestão e da conservação da biodiversidade em unidades de conservação da Amazônia. Esse processo é estratégico para entender e moderar a extensão de mudanças que possam levar à perda de biodiversidade local, subsidiar o manejo adequado dos recursos naturais e promover a manutenção do modo de vida das comunidades locais e a obtenção de renda de maneira sustentável. A principal motivação do MPB é fomentar a participação social como alicerce para compreensão e conservação da biodiversidade.

 

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Graziella Comini é a nova vice-presidente do IPÊ

30 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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A professora Associada do Departamento de Administração da FEA/USP e Coordenadora do Centro de Empreendedorismo Social e Administração do Terceiro Setor (CEATS), foi eleita pelo IPÊ como nova vice-presidente da Instituição. Ela ocupa agora o lugar de Claudio Padua, fundador do Instituto, que hoje permanece no Conselho do IPÊ e como Reitor da ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, que também ajudou a criar por meio da ONG.

“A escolha por Graziella Comini não poderia ser mais acertada. Extremamente conhecedora da Instituição, suas necessidades e desafios, ela já vinha tendo um papel fundamental para nós como conselheira e professora. Com a nossa escola, ajudou a trazer inovação em temas que nos são caros, como o empreendedorismo, para a área socioambiental. Agora na vice-presidência, será ainda mais importante para nosso desenvolvimento”, afirma Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ. 

Graziella soma a um time de maioria feminina na instituição. “Mais de 56% dos cargos de liderança na instituição são compostos por mulheres e agora divido essa responsabilidade com ela, em uma presidência integralmente feminina”, comenta Suzana Padua, presidente.

Economista, com mestrado, doutorado e livre-docência em administração pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, FEA/USP, Graziella Comini possui especialização na Harvard Business School e Universidade de Bologna. Além disso, coordena o Mestrado Profissional em Empreendedorismo da FEA/USP e é representante do Brasil no SEKN – Social Enterprise Knowledge Network. Ela também é conselheira de empreendimentos socioambientais e negócios sociais no Brasil. Desenvolve projetos relacionados a empreendedorismo social, ecossistema de negócios de impacto, negócios sociais e inovação social.

“É uma grande honra e responsabilidade ocupar a posição de vice-presidência do IPÊ, uma organização pautada por valores éticos e com excelência técnica na área socioambiental, meu objetivo é ampliar a vertente educacional para que o conhecimento gerado no IPÊ possa ser ainda mais disseminado nos diferentes setores (primeiro, segundo e terceiro setor). O IPÊ tem capacidade e competência de diálogo com diferentes atores e serve como um dinamizador de inovações socioambientais”, afirma Graziella.

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Dia de doar: Doação cabe em todos os tipos de negócio

30 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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O Dia de Doar de acontece hoje, 30 de novembro. É um dia que nos lembra que as doações fazem a diferença para as causas sociais e ambientais do mundo. Iniciativas como as do Elio, da ODI, mostram como é possível apoiar organizações com criatividade e inovação.

Desde 2021, a ODI Treinamentos Corporativos, empresa de educação e capacitação por meio de jogos corporativos, passou a ser parceira do IPÊ no desenvolvimento de materiais sobre sustentabilidade. Da parceria, surgiu a ideia que trouxe inovação para o negócio e que envolve os clientes da empresa: a cada contrato de treinamento fechado, 2% do valor é destinado ao IPÊ, em favor da causa socioambiental.

“Você às vezes acha que não adianta querer doar porque precisa ser um alto valor, acha que é pouco, mas não é assim. Pensamos em como, dentro da nossa capacidade de ação, poderíamos ajudar e lançamos essa ideia que está dando muito certo”, afirma Elio Luís Ferrucci, diretor da ODI.

Iniciada em maio deste ano, a atividade rendeu cerca de 7.000 reais ao Instituto. Para se ter uma ideia, o montante ajuda a manter 2.400 mudas em um viveiro de espécies nativas ou ainda 350 árvores restauradas.

“Empresas de todos os portes podem e devem se mobilizar pelas causas socioambientais, já que vivemos atualmente uma emergência climática e uma crise ambiental sem precedentes. Com inovação e criatividade, é possível desenvolver estratégias que apoiem as causas e ainda agregam mais valor ao negócio”, afirma Andrea Peçanha, coordenadora da unidade de negócios do IPÊ.

Elio concorda. Ele afirma que a receptividade da iniciativa tem sido boa e que as perspectivas são de ampliar o número de doações, conforme o crescimento do negócio. Para o futuro, além da doação, Elio já traça outros projetos em conjunto com o Instituto. “Nossa ideia é agora expandir nossos jogos dentro do tema da sustentabilidade e da conservação ambiental em parceria com o IPÊ, respondendo às demandas de empresas que estão desenvolvendo projetos nessa área e estimular com que elas olhem para essa questão”, afirma.

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Moderadores apoiam projeto Educação, Paisagem e Comunidade

26 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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Elisa moderadora rosa de saronPara atuar muito mais próximo aos produtores da área rural do Espírito Santo, o projeto “Educação, Paisagem e Comunidade”, selecionou quatro moderadores jovens, que têm um papel de criar articulação entre as ações do projeto e os moradores dos assentamentos. Os moderadores também são assentados rurais e suas famílias são produtoras na região, dos assentamentos Rosa de Saron (em Águia Branca) e Boa Esperança, Laje e Beija-Flor (em Alto Rio Novo).“Temos o papel de mediar informações entre o IPÊ e os assentados que participam do projeto, com uma linguagem que as pessoas consigam entender. Sou como um fio entre o instituto e o assentamento. Quando se tem alguém que é morador de assentamento, conversando a mesma língua do assentado, isso motiva as pessoas”, comenta Elisa Marins Maciel (foto), estudante de veterinária de 21 anos, do assentamento Rosa de Saron.

A proposta da mediação é criar uma identidade entre o projeto e os assentados, compreendendo a realidade em que a população está inserida, conectando as necessidades e desejos das comunidades às necessidades e desejos de conservação socioambiental do projeto. “É um caminhar junto para fazermos a diferença”, diz Elisa.

Os moderadores iniciaram as atividades em novembro e já colaboraram na mobilização dos moradores para a participação nos cursos sobre recursos hídricos e também para os encontros para planejamento dos projetos. Para Elisa, a participação tem agregado não só na sua vida profissional, já que passou a fazer parte da equipe do projeto, como sua vida pessoal.

“Ser mediadora agregou muito na minha vida e eu tenho mudado a minha visão sobre muita coisa. Eu produzia, mas não tinha a real noção do todo, de quanto a produção impacta ao redor e como você pode preservar o que você usa. Esse olhar diferenciado sobre o impacto na natureza do que a gente consome todos os dias, eu vou passar para as próximas gerações e meus futuros clientes”, afirma.

O projeto “Educação, Paisagem e Comunidade” tem apoio financeiro da Fundação Renova.

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Programe-se para o lançamento do livro Monitoramento Territorial Independente na Amazônia: reflexões sobre estratégias e resultados

26 de novembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Na segunda-feira 29 de novembro às 15:00, Cristina Tófoli e Pollyana Lemos, pesquisadoras do IPÊ, participam do lançamento do livro “Monitoramento Territorial Independente na Amazônia: reflexões sobre estratégias e resultados” no canal do YouTube do FGVces e do canal de facebook do Ledtam/UFPA. 

Dividido em duas seções Monitoramento de grandes empreendimentos e de pressões e ameaças sobre territórios e Monitoramento da sociobiodiversidade e dos bens comuns, o livro traz importantes reflexões sobre a potência do monitoramento territorial independente para proteção de territórios e modos de vida, bem como sobre os desafios para sua realização.

A obra é organizada em parceria por Daniela Gomes e Kena Chaves (FGVces), professoras Andrea Leão e Socorro Pena (Gepesa/UFOPA) e professor José Antônio Herrera (Ledtam/UFPA), com editoração de Samir Luna (FGVces) e reúne as experiências de mais de 70 autores representando cerca de 20 organizações e instituições de pesquisa.

Cristina Tófoli e Pollyana Lemos assinam Contribuições do Projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação na Amazônia, para a sociedade e conservação da biodiversidade com integração de conhecimentos tradicionais e científico ao lado de mais de mais 16 pesquisadores* do IPÊ e de duas organizações da sociedade civil, Verde Perto e Ação Ecológica do Guaporé (Ecoporé).  

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Desde 2013, o Projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade, experiência compartilhada pelos pesquisadores do IPÊ, apoia a implementação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e conta com apoio da Fundação Gordon e Betty Moore, USAID, Programa ARPA e de mais de 20 instituições locais.

O projeto realiza o monitoramento participativo da biodiversidade e promove o envolvimento socioambiental para o fortalecimento da gestão e da conservação da biodiversidade em unidades de conservação da Amazônia. Esse processo é estratégico para entender e moderar a extensão de mudanças que possam levar à perda de biodiversidade local, subsidiar o manejo adequado dos recursos naturais e promover a manutenção do modo de vida das comunidades locais e a obtenção de renda de maneira sustentável. A principal motivação do MPB é fomentar a participação social como alicerce para compreensão e conservação da biodiversidade.

Cristina F. Tofoli

Pollyana F. Lemos

Leonardo S. Rodrigues

Débora Lehmann

Fernanda Freda

Marcela Silva

Virgínia Bernardes

Fernando Lima

Rafael Moaris Chiaravalotti

Gabriel Mendes

Livia Maciel

Rúbia Maduro

Ana Maira Bastos Neves

Camila Lemke Moura

Paulo Henrique Bonavigo

Roselma Carvalho

Cibele Tarraço Castro

Fabiana F. Prado

 

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Comunidades da Amazônia monitoram atividade pesqueira para conservar a biodiversidade no bioma

25 de novembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Cerca de 30 comunidades na Amazônia estão em intensa atividade com o monitoramento de biodiversidade em Unidades de Conservação da Amazônia. Na  Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari (AM), o destaque está no automonitoramento de pesca. Segundo Fernanda Freda, pesquisadora local do IPÊ, entre os principais ganhos que a atividade traz para as comunidades está o entendimento sobre a importância do controle desse recurso, que além de alimento, também faz parte da economia e geração de renda dessa região. “Apenas em 2020, no automonitoramento da pesca registramos 5.382 peixes pescados e 43.740 kg de peixe consumido localmente na Resex Médio Juruá”, comenta. 

O IPÊ acompanha o automonitoramento da pesca desde 2017, pelo projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade (MPB) que apoia a implementação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora), do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). A atividade  integra o Subprograma Aquático Continental, do ICMBio, sob a coordenação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (Cepam).

IMG 20210919 110507629 HDR min min min okoko Crédito da foto: Adão Ferreira da Silva

Monitoramento do pirarucu

Em recente visita à comunidade Morada Nova, localizada na Resex Médio Juruá, Fernanda participou  de reunião com os manejadores de pirarucu sobre custos do manejo da espécie,  lucros com a venda, bem como a repartição do efetivo para todos os envolvidos. Segundo o gestor da RESEX, Manoel Cunha, “desde o início do manejo em 2013, a quantidade de pirarucu vem aumentando significativamente todos os anos, permitindo que a população possa consumir esse peixe e vendê-lo em larga escala. Apenas em 2020, tivemos 28.933 indivíduos contados  (15.145 jovens e 13.788 adultos), sendo 1.356 pirarucus pescados, totalizando  85.156 kg de peixe”, afirma.

Na comunidade Toari, localizada na RDS Uacari, durante a atividade de despesca, Fernanda encontrou monitores que participaram das capacitações do MPB/ IPÊ e do Programa Monitora/ICMBio. “Foi admirável ver o nível de organização, experiência e animação do grupo de manejadores durante a atividade, além de observar a significativa contribuição dos nossos monitores para o manejo”. 

O monitoramento do pirarucu também está entre os protocolos que compõem o Subprograma Aquático Continental, que consiste em realizar a coleta de informações de forma participativa. Para executar essa atividade, os voluntários das comunidades recebem capacitações para: preenchimento dos dados, durante o período de contagem e pesca do manejo do pirarucu, anotando as características dos ambientes, número de peixes existentes, número de peixes pescados, bem como a biometria dos animais, os custos e lucros da produção, comercialização e organização social. 

A metodologia desenvolvida a partir de reuniões com especialistas das áreas de ictiologia, gestão e manejo foi testada e adaptada, a partir das demandas das comunidades, contribuindo para o ordenamento da cadeia sustentável de manejo e conservação da espécie.

Sobre o MPB

O Projeto de Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação da Amazônia (MPB) apoia a implementação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e conta com apoio da Fundação Gordon e Betty Moore, USAID, Programa ARPA e mais de 20 instituições locais.

Desde 2013, o projeto realiza o monitoramento participativo da biodiversidade e promove o envolvimento socioambiental para o fortalecimento da gestão e da conservação da biodiversidade em unidades de conservação da Amazônia. Esse processo é estratégico para entender e moderar a extensão de mudanças que possam levar à perda de biodiversidade local, subsidiar o manejo adequado dos recursos naturais e promover a manutenção do modo de vida das comunidades locais e a obtenção de renda de maneira sustentável. A principal motivação do MPB é fomentar a participação social como alicerce para compreensão e conservação da biodiversidade.

Conheça mais o projeto

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Pesquisa avalia qualidade do solo e infiltração de água em seis bacias hidrográficas no Pontal do Paranapanema

29 de agosto de 202324 de novembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Enxadão, facão e trado são as ferramentas que as doutorandas Vanêssa Lopes Faria e Maria Cecília Vieira Totti, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), utilizam para coletar amostras de solo na região do Pontal do Paranapanema, extremo Oeste do Estado de São Paulo.  Sob a orientação de Bruno Montoani Silva, Junior César Avanzi e Sergio Henrique Godinho Silva, elas integram a frente “Impacto das Estratégias de Recuperação da Vegetação na Qualidade do Solo e Seus Serviços Ecossistêmicos Prestados”, do projeto “Desenvolvimento de Procedimentos Simplificados para a Valoração Econômico Monetária de Serviços Ecossistêmicos e valoração não monetária de Serviços Ecossistêmicos Culturais Associados à Restauração Florestal”.

A iniciativa é uma parceria do IPÊ com a CTG Brasil, uma das líderes de geração de energia limpa do País, por meio do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da ANEEL. O objetivo da pesquisa é avaliar a qualidade do solo com destaque para densidade, textura e infiltração da água, em seis bacias hidrográficas, na região do Pontal do Paranapanema. A partir desses indicadores serão identificadas as áreas que estão perdendo solo e fertilidade, o que interfere na produção agrícola. 

 solo

Segundo Alexandre Uezu, pesquisador do IPÊ à frente deste trabalho, entre os critérios utilizados para selecionar as seis bacias do estudo estão os principais tipos de solos presentes no Pontal do Paranapanema (latossolo e argissolo), as formações geológicas e os diferentes usos do solo na região.  

“Selecionamos áreas totalmente cobertas por florestas, por pasto, por cana-de-açúcar, mandioca e milheto, além dos corredores ecológicos restaurados pelo IPÊ e de Área de Proteção Permanente (APP). Nos trechos mais suscetíveis à erosão, com predominância de pastagens e cultivos anuais, temos mais de 30 pontos de coleta”, comenta. 

Com a pesquisa será possível avançar na valoração da recuperação e avaliar a relação entre qualidade do solo e produção agrícola. Também estão previstas orientações aos produtores rurais sobre o manejo de solo adequado com potencial de reverter esse processo e aumentar a produção. Assim como apresentar os benefícios proporcionados pela recuperação da vegetação quanto à capacidade de infiltração de água no solo viabilizando a recarga dos lençóis subterrâneos, beneficiando assim grandes, médios e pequenos produtores rurais.  

“O objetivo é definir critérios e ferramentas que auxiliem na tomada de decisão relacionados às atividades de restauração florestal, ou seja, diretrizes que orientem a aplicação adequada e consistente de técnicas de valoração econômica. Essa valoração deve facilitar a análise corporativa de viabilidade de projetos e investimentos em geral. Além disso, o projeto conta com a originalidade da aplicação da valoração não monetária de serviços ecossistêmicos culturais, com o objetivo de captar os benefícios intangíveis que a restauração florestal provê para as relações sociais das comunidades de interesse das Áreas de Conservação Ambiental”, explica Leandro Barbieri, coordenador de Meio Ambiente da CTG Brasil.

Para a doutoranda Vanêssa, são medidas simples, mas com potencial de transformar a paisagem. “O produtor para fazer mudanças precisa entender qual será o custo-benefício. A pesquisa fornecerá dados de valoração a partir de investimentos no manejo do solo com ganhos para os produtores e também para a usina hidrelétrica, pois quanto menos sedimento chegar aos rios, mais a usina ganha em vida útil dos seus equipamentos, principalmente, as turbinas”.  

Para obter benefícios no quesito recuperação de solo é necessária uma aliança. “À primeira vista pode até parecer que cada produtor está em um degrau, isolado, mas na verdade estão interligados na paisagem, pela mesma bacia hidrográfica”, pontua a doutoranda Vanessa. 

Crise hídrica

Uezu destaca a relação entre a maior absorção de água pelo solo com a segurança hídrica.  “O solo tem papel fundamental na produção de água com o abastecimento do lençol freático via infiltração da água da chuva. Pesquisas como essa têm o potencial de orientar modelos a serem implementados em diferentes cenários conservacionistas com o intuito de contribuir com o fornecimento de recursos hídricos na região do Pontal. A pesquisa dará subsídios para planejar formas de manejo do solo com benefícios tanto para a produtividade dos proprietários rurais quanto para a biodiversidade das florestas e a segurança hídrica na região”, conclui.   

São parceiros do projeto: a FEALQ – Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz da ESALQ; o Lastrop – Laboratório de Silvicultura Tropical, da Esalq/USP; a Universidade Federal de Lavras; GVCes, da Fundação Getúlio Vargas; Weforest e Rainforest Connection.

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