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toca-tatu lobinho

Estudo no Pantanal (MS) revela papel do tatu-canastra como “engenheiro do ecossistema”

24 de outubro de 2013 Por Paula Piccin

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Resultado de um estudo de dois anos do projeto “Tatu-Canastra” (do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas e Royal Zoological Society of Scotland) revelou um papel até agora pouco notado, mas de grande valor desta espécie para a biodiversidade, o de “Engenheiro do Ecossistema”.

Um monitoramento realizado entre 2010 e 2012 identificou que o comportamento dos tatus-canastra de cavar tocas regularmente, e de maneira profunda, tem criado novos habitats e trazido novos recursos de sobrevivência para pelo menos outras 24 espécies de vertebrados no Pantanal (MS). Utilizando armadilhas fotográficas (cameras trap), os pesquisadores Arnaud Desbiez e Danilo Kluyber flagraram animais beneficiando-se da cavação do tatu, seja na própria toca ou fora dela, como refúgio térmico, abrigo contra predadores, área de alimentação ou de descanso. O fato agrega ainda mais importância para esta espécie tão pouco conhecida pela ciência e já ameaçada de extinção.

“O tatu-canastra é uma espécie fossorial. Isso significa que ele passa a maior parte de seu tempo sob a terra em tocas de sua própria construção. As tocas podem ser de até 5 metros de profundidade e até 35 cm de largura e a escavação gera uma grande quantidade de areia à sua frente”, explica Desbiez, coordenador do projeto.

As 15 câmeras instaladas ao longo de uma área de 250 quilômetros quadrados na área central do Pantanal (Nhecolândia/MS) registraram animais como queixadas e porcos selvagens descansando e resfriando-se no monte de areia fresco e úmido recém-cavado por tatus. O tamanduá-bandeira também foi fotografado tomando um banho de areia no monte. A anta e até mesmo onças-pardas foram fotografados usando o monte como um ponto de descanso. Muitas espécies também procuraram presas na areia (lagarto, teiú, pequenos roedores, quatis) e também na entrada da toca (seriema , pequeno roedores, guaxinim, jaguatirica, irara).

As tocas, o grande monte de areia e a abertura de galerias profundas afetam a geomorfologia, as características do solo, hidrologia, comunidades vegetais e a diversidade de animais em micro-escalas para a paisagem. A variedade de teias alimentares gerada pelas tocas e buracos e o fornecimento de abrigo ilustra a importância de animais escavadores como o tatu para o ecossistema.

“Embora raramente visto, o tatu-canastra desempenha um papel fundamental na comunidade ecológica e a espécie merece ser melhor compreendida e protegida. Esta função da espécie pode ser de grande valor para a comunidade de vertebrados nas regiões do Pantanal e também de outras áreas. Por exemplo, em nossas pesquisas, registramos que dentro da toca a temperatura se mantém constante (24 graus Celcius). Com as mudanças climáticas e a tendência das temperaturas aumentarem, as tocas de tatu-canastra podem ajudar as espécies a sobreviverem a essas mudanças e temperaturas extremas”, complementa Desbiez.

Os tatus-canastra são encontrados em quase toda a América do Sul e em uma diversidade de biomas. O uso de tocas de tatu-canastra foi documentado na Amazônia por Renata Leite Pitman (Leite Pitman et al . 2004), onde múltiplas espécies foram registradas utilizando-se dessa ação dos tatus . No Brasil, o biólogo Edson Lima já havia identificado que os cachorros do mato preferencialmente utilizam essa engenharia como abrigo. (Lima et al. 2012)

O trabalho dos pesquisadores foi publicado na revista científica Biotropica (The Journal of Tropical Biology and Conservations).

O que é Engenharia de Ecossistema?

Interações entre vertebrados terrestres são importantes na estruturação ecológica e podem desempenhar um importante papel na formação de comunidades ecológicas. Estas interações incluem o papel que muitos organismos desempenhar na criação, modificação e manutenção de habitats, um processo descrito como “Engenharia de Ecossistema”. Um engenheiro de ecossistema é um organismo cuja presença ou atividade altera seus arredores físicos ou muda o fluxo de recursos, criando ou modificando habitats e influenciando todas as espécies associadas. Eles, direta ou indiretamente, afetam a disponibilidade de recursos para outras espécies, alterando alguns componentes do meio ambiente.

Tatu-Canastra: Um dos Mamíferos Mais Misteriosos da América do Sul

O tatu-canastra (Priodontes maximus) é a maior espécie da Superordem Xenarthra e pode chegar até 1,50 metros (incluindo a cauda) e pesar até 50 quilos. Possui comportamento altamente fossorial, noturna e as informações existentes a seu respeito são incertas. Uma das mais impressionantes características desta espécie são suas enormes garras frontais, especialmente a localizada no terceiro dedo que pode chegar a medir até 20 cm. Apesar de sua ampla distribuição geográfica, o tatu-canastra é uma espécie rara, com baixas densidades populacionais. Ocorre em uma grande diversidade de hábitats por toda a América do Sul, desde florestas tropicais e no cerrado. Sua distribuição geográfica ocorre do leste dos Andes, da Colômbia e Venezuela, ao sul do Paraguai e norte da Argentina. Devido ao seu comportamento fossorial e baixa densidade populacional, o tatu-canastra é uma das espécies menos estudadas da família Dasypodidae.

Sobre o Projeto Tatu-Canastra (giantarmadillo.org.br)

O projeto de longo prazo dedicado ao tatu-canastra teve início em julho de 2010 no Pantanal Brasileiro, na fazenda Baía das Pedras. Este projeto é uma parceria entre IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas (www.ipe.org.br), Royal Zoological Society of Scotland – RZSS e a Fazenda Baía das Pedras (http://www.baiadaspedras.com.br/).

O principal objetivo do projeto é investigar a ecologia e biologia das espécies e entender sua função no ecossistema usando transmissores de rádio, armadilhas fotográficas , pesquisas , monitoramento de recursos, recursos de mapeamento e entrevistas .

A equipe é composta por Arnaud Desbiez (Coordenador Biólogo, PhD em Manejo de Biodiversidade e pesquisador associado da RZSS e do IPÊ), Danilo Kluyber (Médico Veterinário e pesquisador associado do RZSS e IPÊ) e Gabriel Massocato (Biólogo e pesquisador associado do IPÊ).

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