Experiência dos SAFs no Pontal do Paranapanema é compartilhada em curso em assentamentos do ES
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Reconhecido pelos resultados em trabalhos com assentados rurais, especialmente por meio dos Sistemas Agroflorestais (SAFs), o IPÊ dividiu os conhecimentos sobre o tema com pequenos produtores rurais de Águia Branca e Alto Rio Novo, municípios do Espírito Santo, por meio de um curso nos assentamentos Rosa de Saron, Laje e Boa Esperança, nos dias 5, 6 e 7 de abril de 2022.
Haroldo Borges Gomes (foto), facilitador do curso e pesquisador do IPÊ, falou sobre a importância dos SAFs para uma produção agrícola mais sustentável, que beneficie as pessoas e a natureza. Assim como os produtores, Haroldo é também um assentado rural. Morador do Pontal do Paranapanema (oeste de São Paulo), local onde o IPÊ realiza diversos projetos de pesquisa, reflorestamento, educação ambiental e extensionismo rural, ele hoje é mestre em Agronomia e Sistemas de Produção (Unesp) e há mais de 20 anos participa de projetos direcionados ao tema.
Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) são sistemas produtivos que potencializam a produção de forma sustentável equilibrando ganhos econômicos, sociais e ambientais. No Pontal, junto a assentados rurais, o IPÊ atua em uma área de grande impacto para a proteção da Mata Atlântica e toda a sua biodiversidade.
Os projetos direcionados para esse sistema já renderam resultados importantes como: levar benefícios socioeconômicos a mais de 200 pessoas ao longo dos anos, contribuir com a segurança alimentar de famílias a partir de uma produção agroecológica e também com a formação do maior corredor reflorestado de Mata Atlântica, que beneficia espécies da fauna. Um dos grandes destaques da produção no Pontal é o café sombreado, cultivado entre as árvores da Mata Atlântica.
Desde o início, a implementação dos SAFs na região foi realizada pelo IPÊ em parceria com os assentados rurais e pequenos produtores. “O grupo que participa do nosso projeto passou a cultivar alimentos 100% livres de adubos químicos, o que garante mais segurança para os produtores, desde o cultivo até o consumo”, afirma Haroldo.
Os agricultores do Espírito Santo tiveram acesso a informações essenciais para a produção dentro desse sistema. Por exemplo, o espaçamento entre as espécies de árvores e culturas como o café e espécies frutíferas. “Em consórcio com a floresta são cerca de 2 a 4 mil mudas de café por hectare. Além disso, junto com as árvores, os plantios funcionam como área segura de passagem para a fauna, o que ainda agrega valor ao produto A presença das árvores neste sistema torna o café menos suscetível à geada, e às pragas, que representam risco para a produção”, comenta.
Para entender melhor como a dinâmica poderia ser feita, os participantes foram convidados a desenhar o modelo ideal de SAF nos seus lotes, pensando em como a implementação do sistema seria interessante e como poderia fazer parte do PIP – Plano Individual de Propriedade, que está sendo construído em parceria com o projeto “Educação, Paisagem e Comunidade”, responsável por essa edição do curso, com financiamento da Fundação Renova.
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O curso reuniu cerca de 100 pessoas e tratou sobre um modelo de produção mais sustentável, que melhora a qualidade da produção e ao mesmo tempo conserva recursos naturais muito importantes para a região, como a água. Além disso, agrega valor também a produtos que já são cultivados na região (como o café), já que são produzidos com mais qualidade e sem o uso de agrotóxicos.
The history of IPÊ is closely linked to the history of conservation of the black-lion-tamarin (Leontopithecus chrysopygus), a species that is a symbol of the state of São Paulo and that only exists in its west. It was there that the institute began its first scientific research project to save the species form extinction, still in the late 1980s, and expanded its complementary studies for the sustainable development of the region, with reforestation, environmental education and income for the population. Leading this movement were Claudio and Suzana Padua (pictured), who together with students and young professionals, officially founded the institute in 1992.
Craftsman Célio Arago (pictured left), for example, is among those benefited by IPÊ. Workshops, the courses and exchanges contributed to the further development of his skills as an artisan, a craft he learned from his father. From the Nova Esperança community, Célio’s pieces won the world and were nominated for awards. After the project, Célio today shares what he learned with the young people.
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