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De 7 a 18 de março, integrantes do projeto “Educação, Paisagem e Comunidade”, realizado no Espírito Santo, visitaram outros projetos do IPÊ na Mata Atlântica, promovidos em conjunto com comunidades e assentados rurais. Participaram desse intercâmbio, coordenadores técnicos e mediadores do projeto.
“O projeto “Educação Paisagem e Comunidade”, que acontece em assentamentos das cidades de Águia Branca e Alto Rio Novo (ES), é inspirado em ações já consolidadas do IPÊ em áreas de Mata Atlântica e, por essa razão, a visita dos técnicos e mediadores é relevante para o andamento dos trabalhos. A inspiração para o desenho nessa iniciativa foi a experiência bem sucedida do IPÊ no Pontal do Paranapanema”, explica Eduardo Badialli, coordenador.
As visitas começaram em Nazaré Paulista, onde fica a sede do IPÊ e onde o Instituto realiza o projeto Semeando Água, iniciativa patrocinada pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal. Na região do Sistema Cantareira, produtores realizam plantios de árvores e também produções mais sustentáveis, com o objetivo de melhorar os ganhos econômicos e conservar a água. Na sequência, a visita ocorreu no Pontal do Paranapanema, onde o IPÊ realiza há 30 anos projetos de pesquisa de fauna, plantios florestais para formação de corredores e também iniciativas de geração de renda a partir dos Sistemas Agroflorestais e viveiros comunitários.
“São muitos os pontos de convergência entre ambos os projetos, principalmente pelo fato de trabalhar junto à comunidade, no caso, assentamentos da reforma agrária, para a restauração de paisagens e conservação dos recursos, entendendo a educação como a base de todo o processo, capaz de trazer soluções socioambientais, mesmo em cenários tão distintos. A metodologia de envolvimento comunitário, capacitação de agricultores, jovens e mulheres, de pensar o desenvolvimento rural e a restauração de paisagens junto às famílias, são pontos comuns entre os projetos”, explica Vanessa Silveira, educadora ambiental e responsável técnica na inserção territorial.
A visita dos técnicos também é uma preparação para a ida de alguns produtores rurais ao Pontal do Paranapanema, ver de perto o resultado das ações do IPÊ e trocar informações com outros produtores.
“Muitos aspectos observados são também de interesse dos assentados daqui, como a capacitação técnica e geração de renda para as famílias, trabalho e oportunidades para jovens e mulheres do campo através de negócios sustentáveis, produção de mudas nativas, viveiros comunitários, SAf’s, Café com Floresta, assim como a conservação dos recursos naturais”, diz Vanessa.
Para Edmilson Teixeira Jr, responsável pelo extensionismo rural do projeto, a visita foi importante para desenhar os próximos passos das ações de maneira mais integrada às atividades já executadas pelo IPÊ, especialmente com relação a questões técnicas.
“O que estamos desenvolvendo no ES é muito parecido com o que se faz no Cantareira com relação à área técnica, mas já vamos aprimorar ações como plano de voo com drones, demarcação de APPs e nascentes. A partir da troca de ideias sobre restauração também identificamos como implementar novas técnicas que vão nos ajudar na região do Espírito Santo”, comenta.
Utilizar a experiência com viveiros de mudas e café é, segundo Edmilson, o próximo passo para apoiar os agricultores locais na inovação da produção e geração de renda.
“Acredito ser essencial a capacitação para o trabalho com viveiros de mudas. Isso é algo que a gente consegue replicar aqui. A maioria aqui sabe trabalhar com cacau e café, mas com cursos, poderão ver como o plantio de nativas pode fortalecer a produção e isso vai agregar muito valor dentro do assentamento. Além disso, depois de conhecer de perto, entendemos que o café com floresta pode ser sim uma iniciativa inovadora e interessante para os assentados”, conclui.
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