Já imaginou ter a oportunidade de conhecer de perto alguns dos projetos de conservação da biodiversidade que são referência no mundo? Na ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, os alunos do Mestrado Profissional em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável e da Pós-Graduação em Gestão de Negócios Sustentáveis visitam os projetos realizados pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, assim como os negócios socioambientais fomentados a partir dele. Essa é apenas uma das formas de integração, em breve aqui no site do IPÊ, você vai conferir outros exemplos.
Na visita da atual turma do Mestrado Profissional ao Pontal do Paranapanema, no extremo Oeste paulista, como parte integrante da disciplina Biologia da Conservação ministrada pelo professor e reitor Claudio Padua, os alunos tiveram a oportunidade de:
1. Conhecer de perto os Corredores de Vida na região do Pontal do Paranapanema, no extremo Oeste paulista, incluindo o maior corredor já restaurado na Mata Atlântica com 2,4 milhões de árvores. Saiba mais sobre o trabalho realizado por Laury Cullen, pesquisador à frente do projeto;
2. Acompanhar como é feito o plantio de mudas de árvores nativas que vão formar os Corredores de Vida. Na ocasião, os alunos conversaram com a equipe da CA Manutenção e Serviços Florestais, do Luis Augusto Ciqueira Alves que também realiza a manutenção das mudas. Saiba mais sobre a importância da restauração no contexto da crise climática;
3. Percorrer a trilha no Parque Estadual Morro do Diabo e arredores para avistar grupo de mico-leão-preto, com monitoria do veterinário Daniel Fellipi, do Programa de Conservação do Mico-leão-preto. Entre os resultados do Programa está o fato de que a espécie passou de “Criticamente Ameaçada” para “Em Perigo” na lista vermelha internacional da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Saiba mais sobre o trabalho realizado por Gabriela Rezende, pesquisadora à frente do projeto;
4. Conhecer o Viveiro Mata Nativa, da Maria Regina Santos;
5. Conferir o Sistema Agroflorestal implementado na propriedade do Sr. Francisco Gomes de Deus, onde ele produz café;
6. Participar da Sexta Consciência, um momento em que a comunidade é atualizada sobre as ações que o IPÊ vem realizando na região. Aproveite e confira a última edição da Sexta ConsCiência de 2023.
Os alunos em duplas receberam um capítulo do livro Biologia da Conservação e foram provocados a associar o capítulo ao trabalho realizado por cada um. A ida dos alunos ao Pontal contou com monitoria de Paulo Roberto Ferro, Gustavo Brichi e João Francisco Coelho, os três são engenheiros florestais no IPÊ.
Confira os depoimentos dos mestrandos :
“Ver os projetos desenvolvidos pelo IPÊ na prática é fundamental, pois amplia o conhecimento do tema para poder ser mais assertivo na hora de agir na sociedade, ou seja, para realizar projetos de desenvolvimento sustentável. Também foi válido compreender melhor o contexto social dos projetos de meio ambiente”, Fabiano Porto, jornalista, cofundador e diretor executivo na Regeneração Global.
“Vi um olhar amplo da comunidade voltado para a integração da paisagem. Os viveiristas, os proprietários e colaboradores das empresas de plantio e manutenção sentem muito orgulho do trabalho que desempenham em prol da restauração florestal. Percebi que a capacitação que o IPÊ fornece é de grande valia para o aprimoramento de tecnologias no campo, como por exemplo, na utilização dos equipamentos para o plantio e irrigação das mudas. Ao participar da Sexta ConsCiência percebi que a gestão da paisagem não inclui só plantio de árvores, o trabalho vai muito além. É toda uma comunidade envolvida para restaurar florestas, para pesquisar os pontos positivos dessa restauração para o clima, comunidade e biodiversidade”, Jaqueline Orlando, bióloga, gerente de projeto na Cerrado de Pé.
“A forma de trabalho do IPÊ é uma experiência que vai muito além do aprendizado acadêmico. O conhecimento técnico/científico somado às práticas em campo apresentadas por pessoas que foram diretamente beneficiadas pelos projetos do IPÊ, fazem com que o aluno se sinta parte de algo maior. Eu sempre fico com a sensação de que a conservação é uma ótima ferramenta de promoção humana, de crescimento e engajamento social, de transformação econômica… e que o IPÊ com as estratégias que ele aplica nesses projetos age como uma cola que faz com que tudo funcione em um sistema onde todos saem ganhando, principalmente o meio ambiente. Por isso digo que este mestrado tem sido um aprendizado para a vida! Os projetos são todos maravilhosos, são sistemas integrados entre vários atores onde todos se beneficiam. Mas o que me chamou atenção são os sistemas com os viveiros ofertando as mudas que vão para as áreas onde serão recuperadas as florestas e que por fim formam os Corredores de Vida do mapa dos sonhos. Esse sistema deveria ser replicado no país inteiro!”, Harisson Luiz Pires Pereira, gestor ambiental, proprietário da Guará Projetos Ambientais.