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1823
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Descrição da espécie “Jacchus chrysopygus” feita por Johann Mikan, com base nos primeiros exemplares de mico-leão-preto descobertos por Johann Natterer em Vargem Grande e Floresta de Ipanema (Iperó, SP).
1823
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1905
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Último registro de mico-leão-preto antes de desaparecer por mais de 60 anos e ser considerado extinto.
1905
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1970
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“Finalmente, no dia 14 de maio de 1970, por volta das 16 horas, após um hiato de 65 anos, reen-contramos a espécie, quando nossa atenção voltou‑se para um pequeno símio escuro que se deslocava pelos ramos mais baixos das frondes das árvores, justamente no estrato equivalente ao que costumavam ocupar as duas outras formas de Leontideus. Ao nos aproximarmos, conseguimos identificá‑los como sendo L. chrysopygus […].” Coimbra‑Filho, 1970, p. 610
1970
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1973
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Formação da primeira colônia (primeiro grupo de micos-leões-pretos) em cativeiro no Banco Biológico da Tijuca (RJ), transferido posteriormente para o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ/FEEMA).
1973
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1976
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Encontrada a segunda população de micos na natureza, na Fazenda Paraíso, em Gália (SP), atual Estação Ecológica de Caetetus.
1976
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1980
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Claudio Valladares‑Padua, estudante de Biologia na época, começa a trabalhar com Coimbra‑Filho no CPRJ.
1980
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1983
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Vem a público a notícia da construção de três barragens no Pontal do Paranapanema. Uma delas (UHE Rosana) inundaria 10% da Reserva Florestal do Morro do Diabo, onde residia a maior população de micos-leões-pretos conhecida.
1983
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1984
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Início dos trabalhos do Projeto de Salvamento do Mico-leão-preto, para retirada dos micos-leões da área de inundação.
1984
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Claudio Valladares-Padua inicia seu mestrado na Universidade da Florida, desenvolvendo estudos de demografia e genética de mico‑leão‑preto, para determinar o estado das populações selvagens. Este seria, no futuro, o primeiro componente (pesquisa) do Programa de Conservação do Mico-leão-preto (PCMLP), do IPÊ.
1984
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1986
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Os micos-leões resgatados da área alagada são encaminhados ao Zoológico de São Paulo, onde se estabelece a segunda colônia de cativeiro para a espécie.
1986
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1987
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Suzana Padua dá início a ações educativas no Pontal do Paranapanema, que se tornariam a base do componente de Educação Ambiental do PCMLP.
1987
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Primeira equipe de trabalho do PCMLP é formada, inicialmente por estagiários e voluntários, além de Claudio e Suzana Padua.
1987
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Criação do Comitê Internacional de Recuperação e Manejo do Mico-leão-preto (IRMC), para traçar recomendações para a população de cativeiro.
1987
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1988
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Programa de Educação Ambiental do PCMLC é iniciado dentro do Parque Estadual Morro do Diabo (PEMD), para crianças da comunidade.
1988
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O Comitê (IRMC) publica o primeiro studbook para o mico-leão-preto (livro com os registros de todos os que estão no cativeiro) e um plano de manejo para a população de cativeiro.
1988
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1990
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Quatro novas populações são registradas em fragmentos florestais no Pontal do Paranapanema pelo IPÊ. Alguns desses fragmentos integrariam a Estação Ecológica Mico-leão-preto/ICMBio, futuramente.
1990
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Primeira população de cativeiro de mico-leão-preto fora no Brasil é formada, no Zoológico de Jersey, UK (atual Durrell Wildlife Park).
1990
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Primeiro Seminário de Análise de Viabilidade Populacional (PVA) dos micos-leões, para traçar estratégias de conservação para as 3 espécies conhecidas até então (mico-leão-preto, mico-leão-dourado e mico-leão-da-cara-dourada).
1990
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1991
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Começam os trabalhos de censo e monitoramento de mico-leão-preto na Fazenda Rio Claro, em Lençóis Paulista, após registro de nova população no local.
1991
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1992
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Criação do IPÊ, originalmente denominado Instituto de Pesquisas e Projetos Ecológicos, a partir da equipe que havia se formado pelo Programa de Conservação do Mico-leão-preto (PCMLP).
1992
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1993
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Mais uma população de micos-leões-pretos é encontrada no fragmento da Fazenda Santa Maria I no Pontal do Paranapanema.
1993
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O componente de Educação Ambiental do PCMLP inicia atividades na Estação Ecológica de Caetetus.
1993
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1995
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Primeira translocação de um grupo de micos-leões-pretos da Fazenda Rio Claro, em Lençóis Paulista (SP), para a Fazenda Mosquito, em Narandiba (SP), estabelecendo uma nova população em um fragmento não habitado pela espécie.
1995
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1997
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Outra população é encontrada, dessa vez na Fazenda Santa Mônica, também no Pontal do Paranapanema.
1997
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II Seminário de Avaliação de Viabilidade de População e Hábitat (PHVA), dessa vez para as quatro espécies de micos-leões (incluindo o mico-leão-da-cara-preta descoberto em 1990).
1997
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1998
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Publicado o primeiro Plano de Manejo de Metapopulações do Mico-leão-preto.
1998
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1999
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A Fazenda Mosquito recebe a segunda translocação de um grupo de micos-leões-pretos, também vindos da Fazenda Rio Claro.
1999
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A equipe do PCMLP realiza a primeira dispersão manejada (movimentação conduzida pela equipe do projeto de indivíduos que já estavam em idade de dispersão), com o objetivo de testar essa ferramenta de manejo populacional.
1999
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O Zoológico de Sorocaba recebe um mico-leão-preto proveniente das matas ciliares do município de Buri, onde é, então, registrada uma nova população pela equipe do PCMLP, ampliando o limite sul da distribuição da espécie.
1999
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Os quatro Comitês Internacionais para as espécies de micos-leões se fundem em um único Comitê Internacional para Conservação e Manejo dos Micos-Leões.
1999
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2000
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Primeira reintrodução de grupo misto (constituído por animais da natureza e do cativeiro) de micos-leões-pretos.
2000
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Construção do primeiro viveiro comunitário de mudas, em um dos assentamentos no Pontal do Paranapanema, como estratégia de geração de renda para a comunidade local e que futuramente apoiaria a conservação dos micos.
2000
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2001
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Registrada mais uma população na Estação Ecológica de Angatuba (IF/SP).
2001
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I Econegociação no Pontal do Paranapanema, uma oficina participativa onde são debatidas as prioridades socioambientais para tomada de decisões e desenvolvimento de políticas públicas locais.
2001
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2002
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Encontrados micos-leões na Fazenda João XXIII, em Pilar do Sul (SP), deslocando o limite leste de ocorrência da espécie.
2002
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Primeiro estudo de genética populacional mais abrangente para a espécie, incluindo material de seis populações do Pontal e centro do estado de São Paulo.
2002
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Início do projeto “Corredores da Mata Atlântica” para reconexão dos fragmentos florestais da Mata Atlântica do Pontal do Paranapanema por meio do plantio de corredores de floresta. O corredor é uma estratégia para conservar o mico.
2002
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Início do projeto “Café com Floresta”, que estabelece áreas de plantio agroflorestal (café e árvores) nas pequenas propriedades. As árvores servem como “trampolins” para espécies, uma outra estratégia para conservação do mico.
2002
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Criação da Estação Ecológica Mico-leão-preto/ICMBio (ESEC-MLP), ampliando a proteção dos grandes fragmentos florestais da região, a partir de um estudo desenvolvido pelo IPÊ.
2002
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2003
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Mico-leão-preto é classificado como “criticamente ameaçado” em avaliação da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da UICN (União Internacional para Conservação da Natureza).
2003
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Equipe do PCMLP realiza busca por novas populações em 87 fragmentos entre os rios Tietê e Paranapanema, encontrando a espécie em 20 desses locais.
2003
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PCMLP expande sua área de atuação para a região de Buri, no Alto Paranapanema.
2003
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2004
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Novo censo populacional no Parque Estadual Morro do Diabo estima população de cerca de 1200 indivíduos vivendo na área.
2004
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2005
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Terceira translocação de micos-leões para a Fazenda Mosquito, feita em caráter emergencial, a partir do resgate de dois grupos provenientes de um fragmento desmatado em Buri.
2005
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Terceiro (e último) Seminário de Avaliação de Viabilidade de População e Hábitat (PHVA) para as quatro espécies de micos-leões.
2005
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2008
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Mais um grupo de micos translocado para a Fazenda Mosquito, como parte do Plano de Manejo Metapopulacional da espécie, totalizando 22 indivíduos manejados.
2008
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Extinto o Comitê Internacional para Conservação e Manejo dos Micos-Leões. Micos-leões passam a integrar os Planos de Ação Nacional (ICMBio).
2008
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Nova Avaliação da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da UICN sobe a classificação do mico-leão-preto de “criticamente ameaçado” para “em perigo”.
2008
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2010
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Elaborado Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Mamíferos da Mata Atlântica Central, com estratégias para a conservação do mico-leão-preto e de outras 26 espécies de mamíferos.
2010
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2013
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Publicação do livro “MICO-LEÃO-PRETO: A história de sucesso na conservação de uma espécie ameaçada”.
2013
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Registrado um grupo de micos-leões-pretos no Parque Estadual Carlos Botelho, na Serra de Paranapiacaba (SP).
2010
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2014
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Mico-leão-preto declarado Patrimônio Ambiental do Estado de São Paulo e o animal símbolo da conservação da fauna no Estado.
2014
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2015
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Programa de Conservação do Mico-leão-preto vence, na categoria ONG, o Prêmio Nacional da Biodiversidade, que reconhece as melhores iniciativas de conservação da biodiversidade no Brasil.
2015
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2016
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2017
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2018
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IPÊ finaliza o plantio do maior corredor reflorestado do Brasil, totalizando mais de 1000ha que conectam o PEMD a um dos fragmentos da ESEC MLP.
2018
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Oficina para elaboração do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas e Preguiça da Mata Atlântica, do qual o mico-leão-preto faz parte.
2018
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2018
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Programa de Conservação do Mico-leão-preto completa 35 anos de existência e ações em prol da conservação dessa espécie.
2019