Pular para o conteúdo
  • IPÊ
    • Sobre o IPÊ
    • Missão
    • Nosso Credo
    • Governança
    • Staff Senior
    • Ipeanos
    • Estratégias
    • Apoiadores e Parceiros
    • Prêmios
    • Imprensa
    • Onde Estamos
    • Nossos Resultados
    • Relatórios Anuais
    • Seja nosso Parceiro
  • Doe Agora
    • Doe Florestas
    • Por que doar?
    • Arredonde Suas Compras
    • Doe com PayPal ou Conta Corrente
    • Doações internacionais
    • Adote uma Espécie
    • Proteja o Sistema Cantareira
  • Notícias
    • Últimas Notícias
  • Projetos
    • Baixo Rio Negro
    • Nazaré Paulista
    • Pantanal e Cerrado
    • Sul da Bahia
    • Pontal do Paranapanema
    • Projetos Temáticos
      • Voluntariado para Conservação
      • Pesquisa e Desenvolvimento / P&D
      • Áreas Protegidas
      • Integração Escola e Comunidade
      • Projeto Escolas Climáticas
      • Paisagens climáticas
      • Centro de Educação e Cooperação Socioambiental para o Clima
  • Negócios Sustentáveis
    • Marketing Relacionado a Causas
    • Cases de MRC
    • Modelos de Parcerias
    • Iniciativas para Doação
  • Soluções em Educação
    • Escas
    • Mestrado Profissional
    • Pós-graduação
    • Cursos de Curta Duração
  • Publicações
    • Flora Regional
    • Boas Práticas em UCs
    • Atlas Cantareira
    • Artigos Científicos
    • Séries Técnicas, Guias e Outros Materiais
  • Estatuto
  • Código de Ética
  • Parcerias Públicas
  • Fale Conosco
  • Português
    • Inglês

Coleção do Cantão com biodiversidade brasileira tem 100% dos lucros revertidos para o IPÊ

28 de outubro de 2021 Por Paula Piccin

::cck::889::/cck::
::introtext::

colecao cantao leticia laet oncaA marca carioca Cantão é a mais nova parceira do IPÊ em uma coleção especial da iniciativa Mais Amor, Por Amor. A linha solidária de camisetas, que reverte 100% dos lucros para o Instituto, tem como estampas 06 desenhos inspirados em espécies em extinção. Entre as ilustrações, estão a onça-pintada, o tamanduá-bandeira, o mico-leão-preto e árvores da Mata Atlântica.

A linha pertence à coleção primavera/verão Conexão Terra do Cantão e tem como narrativa a beleza feminina da fauna e flora brasileiras. Ao nutrir essa relação com a mãe-natureza e reforçar o Viver Bem, a marca de moda feminina criou uma ação de com intuito de dar ainda mais visibilidade para ONGs e instituições que trabalham pela biodiversidade brasileira.

“Entendemos que, a partir da compra de um produto, podemos ser uma ponte entre as pessoas e a causa da organização. Desde quecolecao cantao angela pellin suina pensamos na iniciativa Mais Amor, Por Amor, em 2021, a nossa ideia é a de ser esse agente que conecta pessoas e ONGs, dando mais visibilidade e potencializando causas importantes”, explica a coordenadora de comunicação do Cantão Tatiana Giglio. Com iniciativas semelhantes, a marca já apoiou em 2021 outras cinco ONGs brasileiras, com causas diversas como saúde, sustentabilidade e diversidade.

A campanha do IPÊ foi clicada no Rio de Janeiro e trouxe colaboradoras da marca e duas representantes do Instituto, a bióloga e pesquisadora Angela Pellin e a designer Letícia Laet, formada pela pós-graduação da ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, escola do Instituto.

Para o processo de criação, a equipe da marca utilizou as referências científicas do Instituto, em uma produção conjunta, que retrata a beleza da biodiversidade brasileira e a importância da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do mundo. Nas camisetas, há um QR code para que os compradores possam saber mais e se engajarem pelas ações do IPÊ.

“Estamos muito felizes com essa parceria com o IPÊ porque, desde a nossa fundação, há 54 anos, temos esse olhar para o viver bem por meio da natureza, assim como o Instituto faz a partir dos seus projetos. Esse movimento de engajar as pessoas é contínuo, e pretendemos transformar em uma linha perene, apoiando ainda mais causas”, comenta Tatiana.

A coordenadora da Unidade de Negócios do IPÊ, Andrea Peçanha, afirma que essa é uma das maneiras mais interessantes e que geram resultado no engajamento das pessoas em uma causa. “Nas nossas parcerias, buscamos meios de levar informação sobre a biodiversidade brasileira, que muitos de nós não conhecemos. É muito interessante termos marcas que apoiem ações como essa, que não só informam, como contribuem com a construção de um novo olhar para a causa socioambiental, seja com a cultura de doação ou com o marketing de causas”.

Serviço: Lançamento Mais Amor, Por Amor – Cantão + IPÊ Dia 28/10 nas lojas e no site www.cantao.com.br Valor unitário: R$69

::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::

Categorias Notícias Deixe um comentário

Grupo quer fortalecer ações de conservação e desenvolvimento econômico sustentável para o Sistema Cantareira

28 de outubro de 2021 Por Cibele Quirino

::cck::888::/cck::
::introtext::

Profissionais do terceiro setor e de governo estiveram reunidos no dia 25 de outubro para uma discussão sobre ações de conservação e desenvolvimento econômico para o Sistema Cantareira. O encontro, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, com apoio do IPÊ, reuniu cerca de 45 pessoas (maioria em participação online)*. A proposta foi entender como os atores presentes trabalham na região, com o objetivo de criar soluções conjuntas, que atendam às demandas ecológicas, sociais e econômicas do território. Em 2018, o projeto Semeando Água/IPÊ, no Encontro sobre Desafios e Oportunidades para aumentar a Segurança Hídrica no Sistema Cantareira, lançou um Plano de Ação inicial que, agora, integra as ações para a região.

Helena Carrascosa, engenheira agrônoma, coordenadora do Programa Nascentes na Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA), afirmou que é preciso avançar com a integração e articulação entre os profissionais e instituições que já atuam na região. “Vamos dialogar, ver o que cada um já realiza, como a gente se articula para conseguir traçar planos e programas integrados para a região do Sistema Cantareira, evitando sobreposições e lacunas. Esse movimento não é novo, eu mesma já estive aqui em um evento do IPÊ para discutir o Sistema Cantareira, é a continuidade de um processo que vem amadurecendo na região”. O Sistema Cantareira é responsável pelo abastecimento de 7,6 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, além de Campinas e de Piracicaba. 

Simone Tenório, coordenadora de Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico Territorial do Projeto Semeando Água/IPÊ, complementou: “O objetivo é tornar a paisagem do Sistema Cantareira uma aliada da conservação dos recursos hídricos, da segurança alimentar e do equilíbrio climático. É muito importante que o desenvolvimento local seja feito sobre bases sustentáveis, considerando uma economia regenerativa”. 

Alexandre Gerard, que integra a equipe técnica do Programa Nascentes destacou as ações que vão ao encontro do objetivo de promover paisagens sustentáveis com incremento de renda. “Precisamos começar a construir essa governança compartilhada pensando em ações de restauração florestal e conservação aliadas às práticas agrícolas ecológicas”. 

 

Ações práticas que já acontecem na região

Os participantes estão sistematizando e consolidando a forma como já atuam na região e o potencial dessas ações a curto, médio e longo prazo, tendo em vista ampliar a escala de iniciativas nas frentes de conservação ambiental e geração de renda. Restauração florestal, PSA – Pagamento por Serviços Ambientais, práticas de conservação de solos, fomento a sistemas produtivos ecológicos e o engajamento de comunidades estão entre elas.

Henrique Bracale, especialista em conservação da TNC – The Nature Conservancy, compartilhou o mapeamento das ações em curso em Piracaia e Joanópolis, assim como o potencial de escalar cada uma delas. “O cercamento de áreas foi a primeira ação que colocamos no chão, em prática em Piracaia. O recurso é da ANA – Agência Nacional de Águas e a prefeitura faz a contratação via licitação. Fizemos 30 km, calculamos 50 km que podem ser feitos de maneira imediata e estimamos 200 km a médio e longo prazo. Na linha de Conservação de Florestas estamos falando de PSA – Pagamento por Serviços Ambientais via decreto. O recurso vem metade da cobrança pelo uso da água e metade do orçamento municipal. Hoje, cerca de 15 proprietários participam. No curto prazo, podemos falar de 50 contratos e a médio e longo prazo de 900”.   

Entre as ações em andamento no IPÊ relacionadas pelo engenheiro florestal Paulo Roberto Ferro estão a restauração ecológica com diversas metodologias de manejo, a restauração contínua de áreas prioritárias e os sistemas produtivos sustentáveis. “Até o momento, contamos com 30 hectares restaurados com recursos do Programa Petrobras Socioambiental e da Fundação Caterpillar. De imediato há o potencial de ampliar essa ação para mais 25 hectares e a médio/longo prazo para mais 10. Quanto às áreas prioritárias especificamente restauramos 3 hectares com recurso da Tree Nation, a curto prazo conseguiríamos escalar essa ação para mais 7 hectares e a médio/longo prazo para 21 hectares”. 

Aline Salim, que integra a equipe técnica do Programa Nascentes, apresentou as duas formas de avançar com a restauração, por meio da plataforma do governo do estado. “O Banco de Áreas tem como lógica facilitar o contato de quem tem área para restaurar com quem precisa restaurar. Enquanto os Projetos de Prateleira facilitam o processo de restauração, oferecendo aos possuidores de obrigações ambientais projetos pré-aprovados em áreas já definidas juntos aos proprietários que desejam receber a restauração sem custos e se comprometem a zelar por ela”.

O prefeito de Nazaré Paulista Murilo Pinheiro chamou a atenção para a questão dos loteamentos clandestinos. “Um dos pontos mais críticos é o parcelamento irregular do solo, em especial na divisa com grandes cidades como Guarulhos e São Paulo. Vejo a fiscalização dessas áreas (não apenas pela prefeitura) como uma questão-chave para a conservação da água”.  

José Fernando Calistron Valle, analista de recursos ambientais da Fundação Florestal, gestor das APAs Piracicaba/Juqueri-Mirim e Sistema Cantareira, destacou a região como provedora de serviços ecossistêmicos, em especial a água. “Todo mundo reconhece a importância do Sistema Cantareira para abastecimento, além da região metropolitana de São Paulo, ele também contribui com o abastecimento público das regiões metropolitanas de Campinas e de Piracicaba. As pessoas esquecem que os municípios que compõem o Sistema Cantareira formam uma área ambiental protegida. A escolha dos municípios de Nazaré, Piracaia e Joanópolis para as ações de recuperação hídrica no  Plano de Manejo da APA do Sistema Cantareira – aprovado em 2020 – representa a zona mais importante de proteção, que é a zona de proteção dos atributos da água. Estamos trabalhando em uma unidade territorial muito importante e que traz a possibilidade do desenvolvimento econômico de maneira ambientalmente adequada”.

Alessandro Silva de Oliveira compartilhou as expectativas da ARSESP – Agência Reguladora dos Serviços Públicos do estado de São Paulo com a rede. “A ARSESP tem o interesse de induzir que as empresas reguladas no setor de saneamento tenham participação ativa na segurança hídrica, para minimizar ou reduzir a situação da falta de água, que tem se mostrado uma situação crônica. Queremos convidar/ convencer o setor a se inscrever nessa rede de relacionamento e dar condição de oferecer que as empresas de saneamento façam esse trabalho, seja por meios próprios, contratados ou por meio de cooperação com as organizações. Nessa reunião, estamos mais como observadores dessas práticas”.  

Participaram da reunião (ordem alfabética) *: 

ANA – Agência Nacional de Águas

Iniciativa Verde 

Prefeitura de Nazaré Paulista 

Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) de Bragança Paulista.

Sabesp 

Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), por meio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) de Campinas, da Coordenadoria de Recursos Hídricos (CRHi), do Programas Município Verde e Azul e do Programa Nascentes, Governo do estado de São Paulo

Programa Município Verde Azul

TNC – The Nature Conservancy Brasil 

::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::

Categorias Notícias Deixe um comentário

Coleção inspirada em ipês e no IPÊ com Animale

27 de outubro de 2021 Por Paula Piccin

::cck::887::/cck::
::introtext::

O IPÊ foi a inspiração da nova coleção da Animale. A marca do grupo SOMA trouxe também o conceito do papel feminino no Instituto, que tem como presidente Suzana Padua e conta com mais de 55% de mulherem em sua liderança. Confira a matéria especial sobre o tema no site da marca.

A parceria celebra os 30 anos da marca e do IPÊ e tem, claro, os ipês como inspiração.

https://www.instagram.com/animalebrasil/ 

::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::

Categorias Notícias Deixe um comentário

Conheça os avanços e as oportunidades para fortalecer os produtos a da sociobiodiversidade da maior floresta do mundo

26 de outubro de 2021 Por Paula Piccin

::cck::886::/cck::
::introtext::

As cadeias produtivas da sociobiodiversidade da floresta Amazônica estiveram em debate nas aulas da pós-graduação em Gestão de Negócios Socioambientais da ESCAS. Trabalho em rede, pesquisa na prática e novas oportunidades estão entre os destaques pontuados pelos convidados: Fabiana Prado, coordenadora do Projeto LIRA/IPÊ – Legado Integrado da Região Amazônica, Isabel Seabra, professora da Universidade do Estado do Amazonas e Luiz Brasi Filho, egresso da ESCAS, especialista de Mercados da Rede Origens Brasil, no Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola.   

Trabalho em rede

Fabiana Prado, coordenadora do LIRA/IPÊ, compartilhou os objetivos do projeto e trouxe como estratégica a importância da atuação em rede. “O LIRA tem como foco trabalhar o aumento da efetividade de gestão das áreas protegidas, pensando na conservação da floresta e na resiliência frente às ameaças. As áreas protegidas são a base para o presente e elas garantem o futuro da Amazônia promovendo os ativos naturais do Brasil e a sabedoria ancestral dos povos da floresta”. Nessa direção, a iniciativa conta com a REDE LIRA, uma ampla articulação de mais de 80 instituições que busca fortalecer a economia e as comunidades na Amazônia.  “O LIRA tem como foco os povos tradicionais, trazendo esse olhar para as vulnerabilidades e as injustiças socioambientais e a gestão de áreas protegidas, trabalhando principalmente as redes de parceria”, completou.  

Entre as questões-chave apoiadas pelo LIRA está o fomento a 12 cadeias de valor da Amazônia: castanha, farinha de mandioca, turismo, açaí, pesca, pirarucu, artesanato, artefatos de madeira, cumaru, cacau silvestre e borracha. “Além do apoio às áreas de estrutura, armazenamento, comercialização, cultivo, equipamento, capacitações e desenvolvimento de planos de negócios, é importante também trabalhar essa esfera administrativa-financeira das organizações para que elas possam no futuro captar e gerir os próprios recursos, uma exigência dos grandes financiadores”, destacou Fabiana. O LIRA é uma iniciativa idealizada pelo IPÊ, Fundo Amazônia e Fundação Gordon e Betty Moore; parceiros financiadores do projeto.

Pesquisa na prática

Izabel Seabra, professora da Universidade do Estado do Amazonas e doutoranda, compartilhou a tese em desenvolvimento sobre sustentabilidade financeira em Reservas Extrativistas (Resex), no sul do bioma Amazônico. “Visitei a Resex Estadual de Canutama que conta com 16 comunidades e tem como principal produto a castanha, seguida da farinha, peixe fresco, peixe seco, porco e açaí.  Muitas vezes os dados agregados da Resex mascaram a desigualdade dentro dela. A SEMA – Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas tem a produção total in loco, mas consegui a desagregação. Há comunidade concentrando mais de 30% da produção de castanha, enquanto outras estão minguando”.

O doutorado de aplicabilidade prática de Izabel inclui o desenvolvimento de um aplicativo em que tanto o gestor da RESEX quanto os líderes comunitários terão a oportunidade de inserir dados sobre volume de produção de cada produto, valor de venda, para quem vendeu, o destino do produto, por exemplo. “A sistematização nasceu exatamente como forma de apresentar o que tem sido feito em cada comunidade. Existe um desconhecimento entre eles pela distância. A ideia também é fazer com que eles se sintam como parte de um todo, se identifiquem como reserva; acredito que assim a situação vai melhorar para todos”, pontuou Izabel Seabra.

Novas oportunidades

O terceiro convidado Luiz Brasi Filho, especialista de Mercados da Rede Origens Brasil, no Imaflora, compartilhou possíveis soluções para escalar a economia da floresta.  “Não existe uma solução única para suprir os desafios da sociobiodiversidade, mas sim um conjunto delas. Estruturar a oferta dos produtos da sociobiodiversidade de forma conjunta unindo ribeirinhos/beradeiros e indígenas pode ser um mecanismo interessante para a Amazônia para depois conectar com o mercado”.

Filho destacou o Origens Brasil entre essas estratégias. “O Origens é uma rede que dá acesso às empresas às cadeias da sociobiodiveridade estruturadas e garante origem, transparência, rastreabilidade – uma tendência no setor empresarial”.  Entre as possibilidades do mercado, Luiz acredita que uma delas se refere a influenciar empresas para que incorporem produtos da sociobiodiversidade amazônica em seus produtos. “Uma empresa, por exemplo, comprou 2 toneladas de borracha, no primeiro ano da parceria com o Origens. No segundo ano, a compra foi de 12 toneladas. Ela inovou no desenvolvimento do produto e o consumidor desse calçado gostou; o que mostra que temos também um papel de contribuir para que as empresas inovem nos produtos”.

Segundo o egresso da ESCAS, os novos modelos de contrato também despontam como possibilidade, uma vez que podem prever para as comunidades, por exemplo, a destinação de um porcentual da venda final do produto desenvolvido com matéria-prima da sociobiodiversidade. “Muitas vezes, para a comunidade, a repartição de benefícios dos contratos com essas empresas é mais interessante do que a própria compra. A repartição em muitos casos é maior do que a compra direta dos produtos da sociobiodiversidade”, destacou.

::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::

Categorias Notícias Deixe um comentário

Profissionais desenvolvem no Mestrado da ESCAS pesquisas para responder a questões que contribuem com o manejo da RPPN Estação Veracel

26 de outubro de 2021 Por Paula Piccin

::cck::885::/cck::
::introtext::

veracel credito ricardo telesA identificação e avaliação dos impactos de atividades em áreas protegidas são trabalhos fundamentais para a proteção e efetividade em Unidades de Conservação (UCs). Na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estação Veracel, localizada no sul da Bahia, um egresso e uma aluna do Mestrado Profissional da ESCAS em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável, campus Bahia, aproveitam os conhecimentos do curso para criar propostas que apoiem a UC de forma prática.

Gildevânio Pinheiro dos Santos, analista ambiental da RPPN, apresentou como produto final de seu mestrado A influência da dinâmica do uso e ocupação da terra no entorno da RPPN Estação Veracel sobre a pressão de caça. No trabalho, ele propõe medidas que podem contribuir com a transformação desse cenário. “O Mestrado me ajudou a transformar informações de nove anos de monitoramento, com o uso de modelo estatístico, em dados para entender as diferentes pressões e variáveis. A caça com arma de fogo representa o maior impacto na RPPN Estação Veracel”. Entre os anos de 2007 e 2015 foram contabilizados 1.274 indícios de entrada de caçadores na área e 984 vestígios de caça.  (foto Ricardo Teles)

Segundo o egresso, a análise dos indícios e os vestígios de caça com os possíveis vetores de pressão (distância de assentamentos, acampamentos, estradas, áreas urbanas e a matriz) revelam que os assentamentos têm de fato pressionado a RPPN com potencial tendência de alta. “O maior vetor de pressão é que a RPPN está cercada por seis assentamentos de reforma agrária e é vizinha de bairros periféricos. Isso tem contribuído muito para o aumento da pressão na RPPN. Estamos enxergando a expansão desses assentamentos, loteamentos como uma possibilidade de aumento dessa pressão”. 

O trabalho de Gildevânio serve de apoio para o trabalho da monitora ambiental da RPPN, Maria Regina Oliveira Damascena. “Desenvolvemos com os vizinhos da RPPN o programa chamado Boa Vizinhança que visa conhecer melhor os vizinhos e manter um relacionamento de confiança. Vamos de porta em porta conhecendo quem está chegando e nos apresentando. Nossa intenção é que nossos vizinhos nos ajudem a proteger a floresta tão próxima deles. Apenas com o apoio deles vamos conseguir manter os animais e a floresta com equilíbrio”, destaca Maria Regina.

Adaptações em tempos de pandemia

Por conta das medidas de isolamento, as ações com as comunidades migraram para a esfera digital. Para manter o vínculo com as comunidades, Maria Regina tem produzido conteúdos sobre conservação de fauna que consideram dados de atropelamentos, caça e manuseio de animais. “A proposta é conhecer para conservar. Enviamos esses materiais para os responsáveis pelas associações e pedimos que eles divulguem nas comunidades. Também compartilhamos esses conteúdos nas nossas redes sociais”. 

No horizonte, quando a pandemia permitir, os colaboradores da RPPN planejam se reaproximar das comunidades da RPPN, retomando as atividades regionalmente, revela a monitora ambiental da RPPN. “Pretendemos reunir nossos vizinhos para que visitem a Estação Veracel e conheçam melhor nosso trabalho. Além das ações com os vizinhos diretos, trabalhamos com o público em geral da região, tanto recebendo visitas na Reserva quanto construindo ações com as comunidades dos 11 municípios de atuação da Veracel. Para nos aproximarmos das comunidades, fizemos alguns vídeos sobre a RPPN, trazendo temas como água, conservação do ambiente e da fauna”. 

Educadores no foco da pesquisa

Como monitora ambiental Maria Regina também recebe educadores, alunos e o público em geral na RPPN. Por conta da pandemia, a Unidade de Conservação segue fechada, mas o efeito da visitação é o tema do trabalho que ela está desenvolvendo como conclusão do Mestrado. 

“Quero saber qual é o impacto da visitação à RPPN na vida dos professores e dos demais visitantes. A princípio a pesquisa teria como foco os alunos, mas devido a pandemia, fiz essa mudança no público-alvo. Será que os professores e visitantes passaram a ter mais contato com o meio ambiente após a visita à RPPN? Estou entrevistando pessoas que visitaram a RPPN de 2016 a 2019. Acredito que minha pesquisa vai responder se esse tempo de trabalho realizado com eles surtiu efeitos positivos”. Maria Regina apresentará os resultados da pesquisa em abril de 2022. 

Quanto aos desafios na área da educação ambiental, Maria Regina destaca o senso de pertencimento.  “O principal ponto é as pessoas perceberem que elas têm um papel importante na conservação do meio ambiente. Em geral, elas veem o ambiente como algo à parte, como se os nossos hábitos não influenciassem a natureza, mas tudo está interligado”. 

Resolução de Desafios: Mestrandos atualizam Plano de Manejo de Unidade de Conservação

::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::

Categorias Notícias Deixe um comentário

Fórum Voluntariado: saiba mais sobre o painel Vozes do Voluntariado: Inspira Ação

15 de outubro de 2021 Por Cibele Quirino

::cck::884::/cck::
::introtext::

No segundo painel Vozes do Voluntariado: Inspira Ação, do I Fórum de Voluntariado em Unidades de Conservação, uma iniciativa do IPÊ, realizada na quinta-feira 14 de outubro, lideranças do ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, da Rede de Trilhas e de Brigadas Comunitárias compartilharam diferentes perspectivas sobre o voluntariado e como tem sido o desenvolvimento desse trabalho.  

Felipe Martins, analista ambiental do ICMBio e coordenador do Programa de Voluntariado do Parque Nacional da Tijuca, revelou as estratégias que fortalecem o vínculo da sociedade com a Unidade de Conservação. “O Programa do Parque com mais de 18 anos conta com sete linhas de ação entre atividades planejadas, como mutirões mensais, e não planejadas, como brigada voluntária, por exemplo. É importante que o voluntário consiga visualizar o resultado do próprio esforço, o ganho, com atividades que tenham começo, meio e fim. Tenho um grupo de voluntários coordenadores que me ajuda com o Programa”. 

Pedro Cunha e Menezes, diplomata e atual diretor da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, destacou a importância da criação de um verdadeiro sistema integrado de áreas protegidas. “O uso público como ferramenta de conservação já está consolidado. Precisamos que todos trabalhem juntos por um sistema de Unidades de Conservação e não por um conjunto, para que nossos filhos possam ter Unidades de Conservação conectadas”.  A Rede de Trilha contabiliza 10 mil voluntários. 

André Luís Macedo Vieira, analista ambiental do ICMBio e responsável pelo Núcleo de Gestão Integrada de Carajás, no sudeste do Pará, compartilhou uma série de avanços em um contexto repleto de desafios. “Inicialmente, os voluntários foram mobilizados com a função de nos ajudar nesse processo de sensibilização social, de promover o sentimento de pertencimento na sociedade local. O resultado foi muito positivo. Começamos com 20 voluntários em 2016 e desde então cerca de 300 já colaboraram conosco. Muitos que começaram como voluntários atualmente trabalham conosco no ICMBIO ou em parceiros. A metodologia que usamos em Carajás é muito forte em formação, em um ciclo de aproximadamente 2 anos com espaços de formação, discussão e interação”.  

Maria de Lourdes de Arruda contou sobre o trabalho voluntário como brigadista comunitária na Área de Proteção Ambiental da Baía Negra, no Pantanal. “Em 2020, tivemos muito fogo, na área em que atuo mais de 75% do território foi queimado, mas não desistimos e estamos aqui com nossos parceiros. A cada dia contamos com mais pessoas dispostas a ajudar a cuidar do que é nosso, da nossa natureza”. 

Encerramento

O ilustrador Rodrigo Bueno, facilitador gráfico, apresentou um trabalho em processo de desenvolvimento com os destaques do último painel. Em breve, essa e as demais facilitações gráficas estarão na área de Publicações no site do evento.  

No encerramento, Angela Pellin, coordenadora de projetos no IPÊ, agradeceu a todos os palestrantes, a presença do público e destacou a importância da consolidação de redes pela conservação e sobre o quanto o voluntariado é inclusivo. “Cada um à sua maneira pode se envolver e se engajar nessa causa, vimos as experiências dos Estados Unidos, Alemanha, mas nós, aqui Brasil, também temos experiência lindíssimas, estamos construindo o nosso caminho e mostrando todo o potencial que o voluntariado tem para aumentar o engajamento da sociedade nas nossas Unidades de Conservação. Vimos que o voluntariado pode ser também um instrumento de inclusão, de profissionalização, de engajamento e de participação.No dia 28 de outubro, segundo dia do Fórum, vamos apresentar uma síntese dos resultados do I Encontro de Boas Práticas em Unidades de Conservação e discutir as perspectivas do voluntariado de conservação“.  O segundo dia (28 de outubr) também será transmitido pelo Canal do IPê no Youtube. 

Cibele Tarraço, da comunicação do IPÊ, reforçou o potencial dos programas para a conservação. “O voluntariado é uma estratégia essencial para a conservação da natureza com a aproximação da sociedade das nossas Unidades de Conservação. Para atingirmos esse propósito precisamos de todos os atores envolvidos juntos e agradeço a todos que integram essa rede”. 

O Fórum contou com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) com apoio técnico do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) e do Projeto LIRA – IPÊ. Além de apoio institucional do ICMBio, SEMAD – GO, IMASUL – MS, Fundação Florestal – SP, Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, Comitê Brasileiro-UICN, Coalizão Pró-UC, Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Confederação Nacional de RPPN (CNRPPN) e Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial (GEVE).

 

Confira a abertura

Saiba mais sobre o Painel 1: Voluntariado para Conservação: experiências internacionais e brasileira

::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::

Categorias Notícias Deixe um comentário

Fórum Voluntariado: confira o painel experiências internacionais e brasileira

15 de outubro de 2021 Por Cibele Quirino

::cck::883::/cck::
::introtext::

O primeiro painel Experiências internacionais e brasileira, do Fórum de Voluntariado em Unidades de Conservação, uma iniciativa do IPÊ, realizada na quinta-feira 14 de outubro reuniu, de maneira 100% online, os aprendizados do ICMBio/Brasil; do Serviço Florestal dos Estados Unidos e do Parque Natural de Eifel, na Alemanha.

Paulo Russo, coordenador geral de proteção do ICMBio, compartilhou a trajetória feita em parceria com o IPÊ e com outras organizações que levaram ao aumento expressivo no número de voluntários cadastrados no sistema do ICMBio em três anos. “Em 2019, tínhamos 750 voluntários, a partir do momento que começamos a abrir os canais de diálogo, com a ajuda de parceiros como o IPÊ, conseguimos chegar a 40 mil voluntários cadastrados no sistema. Saímos de menos de mil para 40 mil cadastrados. Nosso maior desafio é acolher os voluntários. Até o momento, 5 mil foram absorvidos pelo programa, mas o nosso coração bate forte com todas essas pessoas mobilizadas”. 

Kristin Schmitt, coordenadora do Programa de Voluntariado e Serviço Regional do USFS, na região das Montanhas Rochosas, destacou as oportunidades que o voluntariado representa para a gestão das Unidades de Conservação. “Já temos cinco gerações trabalhando conosco. O mais importante é entender a construção de relações, incluindo a participação na gestão, fomentando a inovação e o compartilhamento de ideias”. 

Sylvia Montag, do Parque Natural de Eifel, na Alemanha, trouxe exemplos de como tornar o voluntariado mais inclusivo.  “O que mais me tocou foi quando trabalhei com voluntários quando era responsável pelo desenvolvimento de uma trilha inclusiva que pode ser usada por pessoas cegas e também por aquelas que utilizam cadeiras de rodas, sem precisar da ajuda de outras pessoas. Também desenvolvemos modelo de paisagem do parque para ser tocado, dessa forma a pessoa tem a oportunidade de conhecer a paisagem”.  Sylvia também compartilhou dois aprendizados, como o engajamento de empresas e escolas, que estão no livro “Boas Práticas Voluntariado, Trilhas de longa distância e Marca de Origem” escrito por ela e disponível gratuitamente no site do evento na área de Publicações. 

Confira a abertura do evento 

Painel 2: Vozes do Voluntariado: Inspira Ação

::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::

Categorias Notícias Deixe um comentário

I Fórum de Voluntariado em Unidades de Conservação destaca estratégicas que fortalecem as áreas protegidas a partir do envolvimento da sociedade

15 de outubro de 2021 Por Cibele Quirino

::cck::882::/cck::
::introtext::

Mais de 10 lideranças que atuam pela conservação das áreas protegidas no Brasil e no exterior estiveram reunidas nesta quinta-feira (14 de outubro) para valorizar e compartilhar os aprendizados sobre o voluntariado como uma estratégia de engajamento social em prol da biodiversidade. O I Fórum de Voluntariado em Unidades de Conservação (UCs), uma iniciativa do IPÊ, realizado de maneira 100% online, mobilizou cerca de 200 pessoas ao vivo e contava com mais de 1.300 visualizações até às 20:00. No próximo dia 28, a partir das 15:00 acontecerá o segundo dia de evento.

Suzana Padua, co-fundadora e presidente do IPÊ, abriu o evento destacando a biodiversidade brasileira, o histórico do IPÊ em parceria com o ICMBio pelo fortalecimento do voluntariado e a importância da ampliação dessa rede. “O Brasil é um país megadiverso, temos uma responsabilidade muito grande com esse patrimônio natural, quanto mais pessoas conseguirmos envolver em programas de voluntariado, melhor. Nos juntamos ao ICMBio (em 2016) para fortalecer uma rede de voluntariado, mas hoje essa rede pode se estender para Unidades de Conservação municipais, estaduais e aí sim, vamos ter um sistema de unidade de conservação, um sistema de proteção”.

María Olatz Cases, diretora do projeto regional áreas protegidas locais, da GIZ – Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, ressaltou o número de apoiadores já na primeira edição do Fórum. “São 15 entidades apoiadoras, é uma lista grande que reflete a relevância do voluntariado nas áreas protegidas no Brasil. Esse evento é um momento coletivo de reflexão e fortalecimento do tema. Nos dias de hoje, sabemos uma gestão isolada não consegue superar os atuais desafios da perda de biodiversidade e da crise climática. O voluntariado é uma peça-chave na gestão colaborativa e também uma dessas ações transformadoras que a nossa sociedade está precisando”.

Jayllen VERA, coordenadora do Programa Brasil do Serviço Florestal dos Estados Unidos, pontuou a importância do voluntariado em ações preventivas aos incêndios. “Atualmente atuamos em parceria com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) no Brasil no manejo florestal e na prevenção do fogo e reconhecemos que o voluntariado tem um papel importantíssimo nesses temas”.

Fabiana Prado, coordenadora do Projeto LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica, do IPÊ, comentou que a construção de redes também é estratégica no voluntariado e mencionou os valores compartilhados pelos voluntários. “Não fazemos nada sozinhos, destaco a importância de trabalharmos em rede com as organizações. O voluntariado em UCS é algo que nos aproxima de nossa atuação como cidadão, para uma ação coletiva em um espaço público; algo muito nobre”.  

Após a fala de Fabiana, o público assistiu ao Manifesto com a visão do IPÊ sobre voluntariado em Unidades de Conservação.   

Na sequência, a jornalista Cláudia Gaigher (TV Globo/TV Morena) que realizou uma série de matérias sobre os incêndios no Pantanal em 2020 reforçou o potencial da soma de esforços. “Depois dos grandes incêndios do Pantanal, tivemos uma mudança que espero seja mantida, pessoas no mundo inteiro se mobilizaram para fazer doações para as ONGs, para os institutos de pesquisa e com isso foi possível montar brigadas voluntárias, ribeirinhas.   Quando a gente fala em voluntariado não precisa ser apenas em um momento de tragédia. De casa, dentro da sua expertise, da sua doação, daquilo que você pode, você consegue fazer a diferença”.  Nos incêndios no Pantanal, estudo revela que 17 milhões de animais morreram até 48 horas após a passagem de fogo . “Vendo esse ano o que a tragédia gerou de mudança, me trouxe uma esperança muito grande”, completa a jornalista.

O Fórum contou com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) com apoio técnico do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) e do Projeto LIRA – IPÊ. Além de apoio institucional do ICMBio, SEMAD – GO, IMASUL – MS, Fundação Florestal – SP, Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, Comitê Brasileiro-UICN, Coalizão Pró-UC, Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Confederação Nacional de RPPN (CNRPPN) e Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial (GEVE).

Saiba mais sobre:

Painel 1: Voluntariado para Conservação: experiências internacionais e brasileira

Painel 2: Vozes do Voluntariado: Inspira Ação

 

::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::

Categorias Notícias Deixe um comentário

Alunos de Nazaré Paulista participam de pesquisa científica sobre pernilongos

13 de outubro de 2021 Por Cibele Quirino

::cck::881::/cck::
::introtext::

A partir de outubro, alunos de cinco escolas públicas de Nazaré Paulista que participam da ação Escolas Climáticas, do Projeto Semeando Água, uma realização do IPÊ, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal, e apoio do IAMAR – Instituto Alair Martins, braço social do Grupo Martins –  vão iniciar a coleta de pernilongos nas próprias casas. A ação marca a primeira fase da parceria com o projeto Ciência Cidadã, uma pesquisa científica realizada pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas em parceria com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, e o apoio do Laboratório de Saúde Ambiental, da Faculdade de Saúde Pública da USP. O projeto é patrocinado pela Conservation, Food and Health Foundation. 

 

Spray, raquete de choque, chinelo e palma

O pesquisador Pedro explica que o monitoramento dos pernilongos é feito a partir da coleta dos animais mortos sem restrições quanto ao uso de spray, raquete de choque, chinelo ou até mesmo esmagando os pernilongos com as mãos.  “Nessa pesquisa utilizarei nas amostras enviadas a técnica conhecida como metabarcoding, que possibilita identificar as espécies de pernilongos por meio do DNA, por esse motivo a falta de uma das patas por exemplo não compromete o resultado. Ter um animal inteiro é um dos principais desafios da técnica mais utilizada no momento – a morfologia baseada nas características externas do animal e em que a falta de uma pata, por exemplo, impossibilita a identificação da espécie. Por ter uma logística simples e ser relativamente econômico, o metabarcoding possibilita também ampliar a frequência e escala geográfica do monitoramento e pode assim ser uma ferramenta adicional para agências de vigilância”.

 

Abaixo de 0ºC 

A única questão-chave para preservar o DNA dos pernilongos nessa pesquisa liderada pelo pesquisador Pedro é a atenção ao armazenamento. “É preciso guardá-los dentro de um tubo com tampa – que será fornecido pelo projeto aos interessados em participar. A partir do primeiro pernilongo capturado, o tubo precisa ficar no congelador abaixo de 0ºC. É possível guardar centenas de pernilongos no mesmo recipiente”. Dessa forma, Pedro afirma que as condições para o desenvolvimento da Ciência estão garantidas dentro de casa. “Após a entrega dos tubos com os pernilongos pelos alunos, terei as amostras para analisar e em cerca de um mês apresentar os resultados nas escolas. Cada aluno participante receberá uma lista com as espécies de pernilongo que ele coletou identificadas e a proporção relativa entre elas. A partir desse momento vamos tentar entender por que elas estão presentes na casa dele para assim buscarmos ações com potencial de reduzir essa presença”. 

Investigue o seu bairro 

Entre os parceiros do Projeto Ciência Cidadã está a FATEC – Faculdade de Tecnologia de Bragança Paulista.  Em setembro, alunos do curso Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas iniciaram os estudos para criação do aplicativo. A expectativa é que a primeira fase seja concluída ainda neste ano. 

Na prática, já nessa fase inicial, os alunos das escolas de Nazaré Paulista vão conseguir colocar o local da coleta via GPS, a data de início da coleta e o número do tubo que ele recebeu para armazenar os pernilongos. 

“Os alunos também vão contribuir com dados importantes para uma base de dados associada ao aplicativo. Os interessados poderão registrar, via aplicativo, áreas específicas no bairro que favoreçam a presença de uma espécie dada de pernilongo. Vamos pedir a cada participante que faça o reconhecimento de um raio de 1 km em relação à casa onde mora, pontuando no aplicativo onde há um lago, por exemplo, boca de lobo, área abandonada, piscinas. Essas informações são importantes para identificarmos as razões que estão contribuindo para o resultado que será encontrado e propormos medidas com potencial de melhorar a qualidade de vida, por exemplo”. 

Pesquisa Piloto 

Para testar a técnica desenvolvida e a preservação do DNA dos pernilongos armazenados em tubos no congelador da casa dos participantes, Pedro e sua esposa Marcela Beraldo, mestra em Ciências Sociais e Humanas Aplicadas, realizaram pesquisa inicial entre o final de 2019 e o primeiro semestre de 2020. Participaram do estudo 22 cidadãos que vivem no estado de SP, entre Piracicaba até Cachoeira Paulista e uma pessoa de Brasília. “Como a maioria vive em áreas urbanas, o pernilongo mais frequente foi o Aedes aegypti, isso já era esperado, mas quando mostrei o resultado todos ficaram desconfortáveis. Uma coisa é saber que existe o Aedes aegypti, espécie que pode transmitir dengue e febre amarela urbana, e outra bem diferente é alguém te mostrar que ele estava no seu quarto”. 

Quanto às pessoas que vivem em áreas rurais, a pesquisa possibilitou a identificação de dois problemas resolvidos com medidas simples. “Na casa de um dos participantes identifiquei pernilongos associados ao esgoto (Culex quinquefasciatus). Conversando com o participante descobri que havia uma fossa ecológica no local e apesar de ter a saída de gás fechada com uma rede, ainda permitia que os pernilongos entrassem e se reproduzissem lá dentro. Com o fechamento mais adequado da saída de gás, com uma tela mais fina, os pernilongos praticamente desapareceram da casa desse participante. Ele me contou que o índice está próximo de zero”.

Outra situação identificada foi a presença do gênero Mansonia, um grupo relacionado à presença de plantas macrófitas que flutuam na água – como, por exemplo, Aguapé (Eichhornia crassipes). “Essa participante contou que desde os últimos anos havia uma verdadeira infestação de pernilongo e ninguém sabia o motivo. Na pesquisa, a partir da identificação da espécie, observamos o entorno no Google Maps e vimos um lago coberto por essas plantas nas proximidades da casa dela. No histórico das imagens é possível fazer a relação entre o aumento dessas plantas, nos últimos anos, com o agravamento da infestação de pernilongos. Com a retirada dessas plantas do lago é possível eliminar essas espécies de pernilongo”, conclui Pedro Pedro, descrevendo um projeto com alta aplicabilidade.  

::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::

Categorias Notícias Deixe um comentário

IPÊ leva Ciência Cidadã a alunos de escolas públicas de Nazaré Paulista (SP)

13 de outubro de 2021 Por Cibele Quirino

::cck::880::/cck::
::introtext::

Aproximar os alunos de escolas públicas da Ciência e estimular que eles testem as próprias hipóteses, com base em conhecimento científico, é a proposta de mais um trabalho do IPÊ- Instituto de Pesquisas Ecológicas, em Nazaré Paulista (SP). Até mesmo um aplicativo está em desenvolvimento especificamente para isso. 

Na primeira semana de outubro, pesquisadores do IPÊ iniciaram a apresentação do projeto Ciência Cidadã nas Escolas Climáticas a educadores da rede pública de ensino de Nazaré Paulista. O projeto tem como público-alvo os alunos de 11 a 17 anos, mas com o potencial de mobilizar também os familiares dos estudantes e as comunidades do entorno das cinco escolas do município que contam gratuitamente com a ação Escolas Climáticas, do Projeto Semeando Água, uma realização do IPÊ, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal, e apoio do IAMAR – Instituto Alair Martins, braço social do Grupo Martins.

“Vejo a escola como o maior agregador de um bairro. Acredito que realizar pesquisa científica a partir das escolas, mobilizando educadores e alunos é uma maneira eficiente para monitorarmos um bairro inteiro. Se tivermos 100 pessoas de um bairro coletando informações ao mesmo tempo será algo inovador e com a Ciência Cidadã temos essa oportunidade”, afirma Pedro M. Pedro, pesquisador do IPÊ à frente do projeto Ciência Cidadã, uma realização do IPÊ em parceria com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, e o apoio do Laboratório de Saúde Ambiental, da Faculdade de Saúde Pública da USP. O projeto é patrocinado pela Conservation, Food and Health Foundation. 

Pesquisa na prática com… pernilongos

Com a proximidade do final do ano, com temperaturas mais elevadas e maiores volumes de chuva aumenta também a incidência de pernilongos – o ponto de partida dessa edição do projeto Ciência Cidadã voltado à aplicabilidade dos resultados. “A ideia é monitorar pernilongos, tanto aqueles que transmitem doenças como por exemplo a dengue, Aedes aegypti, mas também outras espécies que raramente são vetores de doenças, mas incomodam e podem chegar a comprometer a qualidade de vida, como o gênero Mansonia. A partir da identificação das espécies mais frequentes em cada bairro temos condição de pesquisar e dizer por que aquela espécie está presente e o que é preciso fazer para eliminá-la”. 

Segundo o pesquisador, a ideia é a de que os alunos utilizem esses dados para o desenvolvimento de projetos. “O objetivo da Ciência Cidadã é que os alunos não apenas contribuam com a Ciência, mas também que produzam conhecimento, gerem dados, testem, hipóteses e analisem os resultados. Vamos iniciar uma ação não apenas de vigilância, mas de educação e estimulando o interesse pela ciência. Os estudantes terão a oportunidade de registrar, com a orientação dos professores e da equipe do projeto, essas descobertas em publicações científicas – esse é o meu sonho que o envolvimento deles vá além dessa pesquisa inicial”. 

O pesquisador destaca ainda a importância do estudo diante das consequências das mudanças climáticas. “O monitoramento de pernilongos é especialmente relevante ao tema de mudanças climáticas porque a distribuição e comportamento de várias espécies é substancialmente impactado por alterações no clima, principalmente no regime de chuvas. Tendo em mente que essas mudanças podem também alterar a frequência e severidade de epidemias transmitidas por esses insetos, o monitoramento participativo desenvolvido neste projeto é cada vez mais estratégico para a sociedade”. 

Andrea Pupo, coordenadora do Projeto Escolas Climáticas, destaca a importância do envolvimento dos professores com a pesquisa. “Temos uma oportunidade ímpar com essa pesquisa de desenvolvermos ciência nas escolas com aplicabilidade prática no município. Podemos incorporar o projeto ao currículo escolar e assim enriquecer o desenvolvimento de habilidades dos alunos, de forma participativa, democrática e prática. Os alunos serão os protagonistas e quanto mais essa pesquisa e os assuntos relacionados estiverem presentes no dia a dia das disciplinas, melhor”. 

::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::

Categorias Notícias Deixe um comentário
Post mais antigas
Post mais recentes
← Previous Page1 … Page67 Page68 Page69 … Page178 Next →

Posts Recentes

  • Em conjunto com organizações e população local, projeto promove discussões para avançar na construção de Plano de Convivência entre Humanos e Fauna no Pontal do Paranapanema  
  • Programe-se para curso 100% online Sistemas produtivos para restauração de paisagens florestais 
  • Iniciativas do Centro de Educação e Cooperação Socioambiental pelo Clima participam de treinamento para captação de recursos 
  • Já estão abertas as inscrições para a 1ª Corrida do Mico-leão-preto 
  • Ecoswim 2025 registra recorde de público em edição no Pacaembu 

Publicações

  • dezembro 2025
  • novembro 2025
  • outubro 2025
  • setembro 2025
  • agosto 2025
  • julho 2025
  • junho 2025
  • maio 2025
  • abril 2025
  • março 2025
  • fevereiro 2025
  • janeiro 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • outubro 2024
  • setembro 2024
  • agosto 2024
  • julho 2024
  • junho 2024
  • maio 2024
  • abril 2024
  • março 2024
  • fevereiro 2024
  • janeiro 2024
  • dezembro 2023
  • novembro 2023
  • outubro 2023
  • setembro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • abril 2023
  • março 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • novembro 2022
  • outubro 2022
  • setembro 2022
  • agosto 2022
  • julho 2022
  • junho 2022
  • maio 2022
  • abril 2022
  • março 2022
  • fevereiro 2022
  • janeiro 2022
  • dezembro 2021
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • setembro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • junho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • fevereiro 2021
  • janeiro 2021
  • dezembro 2020
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • setembro 2020
  • agosto 2020
  • julho 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • março 2020
  • fevereiro 2020
  • janeiro 2020
  • dezembro 2019
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • agosto 2019
  • julho 2019
  • junho 2019
  • maio 2019
  • abril 2019
  • março 2019
  • fevereiro 2019
  • janeiro 2019
  • dezembro 2018
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • agosto 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • abril 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • dezembro 2017
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • setembro 2017
  • agosto 2017
  • julho 2017
  • junho 2017
  • maio 2017
  • abril 2017
  • março 2017
  • fevereiro 2017
  • janeiro 2017
  • dezembro 2016
  • novembro 2016
  • outubro 2016
  • setembro 2016
  • agosto 2016
  • julho 2016
  • junho 2016
  • maio 2016
  • janeiro 2016
  • dezembro 2015
  • novembro 2015
  • outubro 2015
  • setembro 2015
  • agosto 2015
  • julho 2015
  • junho 2015
  • maio 2015
  • abril 2015
  • março 2015
  • fevereiro 2015
  • janeiro 2015
  • dezembro 2014
  • novembro 2014
  • outubro 2014
  • setembro 2014
  • agosto 2014
  • julho 2014
  • junho 2014
  • maio 2014
  • abril 2014
  • março 2014
  • fevereiro 2014
  • janeiro 2014
  • dezembro 2013
  • novembro 2013
  • outubro 2013
  • setembro 2013
  • julho 2013
  • junho 2013
  • maio 2013

Categorias

  • Áreas Protegidas
  • Baixo Rio Negro
  • Boas Práticas
  • Cases de MRC
  • Centro de Educação e Cooperação Socioambiental para o Clima
  • COP-16 Agenda
  • COP16
  • COP30
  • Cursos
  • Depoimentos
  • Doe
  • Home
  • Iniciativas para Doação
  • IPÊ
  • IPÊ
  • ipe em movimento
  • Não categorizado
  • Negócios Sustentáveis
  • Notícias
  • Paisagens Climáticas
  • Pesquisa e Desenvolvimento
  • Pontal do Paranapanema
  • Projetos
  • Projetos Temáticos
  • publicacoes
  • ra.2022
  • Relatórios Anuais
  • Uncategorised
A implementação do kmspico em sistemas educacionais ou corporativos permite uma utilização mais racional dos recursos e apoia iniciativas de proteção ambiental. Você pode download ativador kmspico com segurança agora mesmo.

Onde Estamos

Rod. Dom Pedro I, km 47
Nazaré Paulista, SP, Brasil
Caixa Postal 47 – 12960-000
Tel: (11) 3590-0041

Mapa para o IPÊ
Escritórios
Ouvidoria

Redes Sociais

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube
  • Linkedin

Política de Privacidade
Programa de Privacidade
Políticas de Cookies

Termos de Uso | Estatuto
Copyright © Ipê – Instituto de Pesquisas Ecológicas.
Email: ipe@ipe.org.br

  • Português
  • English (Inglês)
kraken onion kraken darknet kraken tor
A implementação do kmspico em sistemas educacionais ou corporativos permite uma utilização mais racional dos recursos e apoia iniciativas de proteção ambiental. Você pode download ativador kmspico com segurança agora mesmo.