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A Oficina Integrada de Monitoramento e Cadeia de Valor da Castanha do Brasil recebeu representantes comunitários, gestores, pesquisadores e instituições para debaterem as ações voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva de castanha do Brasil. O evento foi organizado na Embrapa Rondônia, em Porto Velho, e discutiu a experiência implementada na Reserva Extrativista (Resex) Cazumbá-Iracema. A ideia é replicar o modelo de monitoramento para as Resex Rio Ouro Preto, Rio Cautário e Lago Cuniã, que também trabalham com a castanha. O encontro é uma iniciativa do projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade, realizado pelo IPÊ, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Ali, foram debatidas informações atuais sobre ecologia da castanha e suas variações geográficas e temporais, os resultados preliminares do monitoramento participativo do produto na Resex Cazumbá-Iracema, bem como dados de pesquisa, produção e monitoramento de algumas cadeias de valor sustentáveis. A partir dessas informações, foram encontrados pontos em comum bem como os principais desafios que envolvem a produção sustentável de castanha do Brasil na região.
Foram priorizadas discussões acerca da produtividade e do monitoramento dos castanhais, o nível de envolvimento social e aspectos voltados ao acesso a mercados e comercialização da produção. “É muito importante que produtos resultantes do extrativismo sejam objetos de monitoramento, só dessa forma será possível uma melhor análise sobre a sustentabilidade no uso dos recursos pelas populações tradicionais que habitam as Unidades federais, além de permitir estimarmos, com maior segurança, os quantitativos extraídos, bem como e, caso necessário, implementarmos adequações nas práticas produtivas adotadas em nossas Resex”, afirmou o analista ambiental e representante da Coordenação de Produção Sustentável (COPROD) Robson Silva.
“Na oficina pudemos construir um entendimento coletivo sobre os pontos chave da cadeia da castanha, visando sua sustentabilidade, com vinculação das questões relacionadas à comercialização, ao fortalecimento do manejo de base comunitária, assim como à ecologia da castanheira e ecossistema em que se insere. Esses são insumos muito importantes para consolidar a estratégia de monitoramento, criando também um elo mais forte entre a biodiversidade e a comercialização, pensando inclusive no subsídio a instrumentos como a certificação”, ressaltou a coordenadora Geral de Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio, Katia Torres Ribeiro.
Os próximos passos são a apresentação da proposta de monitoramento nas UCs, junto aos conselhos e comunidades. Depois da aprovação, será feita a adequação dos protocolos de monitoramento já para implementação na próxima safra. “Espera-se também a boa gestão dos dados, aportando informações qualificadas sobre a produção de castanha nessas reservas extrativistas, apoiando a implementação de políticas públicas”, destaca Katia.
A Oficina foi organizada pela Coordenação de Monitoramento da Biodiversidade (COMOB) e pela Coordenação de Produção e Uso Sustentável (COPROD) do ICMBio, ARPA, USAID, Embrapa, Fundação Moore e IPÊ. A ação faz parte do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade, coordenado pelo ICMBio.
Com informações do ICMBio.
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