O trabalho de restauração florestal promovido pelo IPÊ no Pontal do Paranapanema, oeste de São Paulo, ganhou agora um novo impulso com mais uma parceria recente do projeto ARR Corredores de Vida, realizado em parceria com a Biofílica Ambipar. A biofarmacêutica AstraZeneca anunciou no dia 6 de julho o investimento de mais de R$300 milhões no projeto, que irão resultar no plantio de 12 milhões de árvores na Mata Atlântica nesta região.
Ao todo, serão mais de 6 mil hectares, o equivalente a 38 Parques do Ibirapuera ou 6 mil campos de futebol, e a geração de 400 empregos, além de proporcionar um habitat seguro para espécies ameaçadas de extinção, ajudando com a restauração de um dos biomas mais ameaçados do mundo.
“O IPÊ já tem mais de 30 anos de atuação no Pontal do Paranapanema e começamos a implantação de corredores como uma estratégia de conservação da paisagem e de espécies ameaçadas como o mico-leão-preto. Ao longo do processo, vários parceiros foram se reunindo conosco para alavancar essa restauração florestal da Mata Atlântica, inclusive o setor privado. A nova parceria vai contribuir ainda mais com esse projeto e para a conexão da paisagem, em um bioma que é um dos mais desmatados no Brasil”, destaca Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ.
O plantio das árvores para restauração florestal segue uma estratégia criada pelo Instituto apelidada de “mapa dos sonhos”, que definiu as áreas mais importantes onde a restauração precisa ser executada a fim de beneficiar a biodiversidade e reconectar as áreas verdes desta porção do estado, que se encontram fragmentadas e vulneráveis. Os plantios criam corredores ecológicos, que são fundamentais para essa reconexão e já se mostram viáveis, sendo utilizados por diversos animais, como mostram estudos recentes do Instituto. Desde 2021, a parceria com a Biofílica Ambipar e o direcionamento esforços para a geração de créditos de carbono têm proporcionado a ampliação dessa estratégia para mais áreas do oeste de São Paulo.
O projeto de restauração no Pontal do Paranapanema existe há mais de 20 anos, mas é um processo caro e que depende de investimento contínuo para ser viabilizado e, principalmente, ganhar escala.”, diz Plínio Ribeiro, CEO da Biofílica Ambipar. “O financiamento via mercado de carbono é hoje a melhor alternativa, pois permite que grandes companhias como a Astrazeneca possam contribuir nesse processo. O investimento será revertido no plantio de 6 mil hectares de floresta na Mata Atlântica até 2025.”
A iniciativa local é parte do projeto global AZ Forest, que tem como objetivo plantar mais de 200 milhões de árvores em todo o mundo até o final de 2030 e visa ajudar no combate às mudanças climáticas, melhorando a saúde das pessoas, das comunidades e do planeta.
“O investimento da AstraZeneca no ARR Corredores de Vida visa ajudar no combate às mudanças climáticas, melhorando a saúde das pessoas, das comunidades e do planeta, que ao nosso ver estão intrinsicamente ligadas. Mais do que Corredores de Vida, estamos contribuindo para Corredores da Saúde”, diz Olavo Côrrea (diretor-geral, AstraZeneca Brasil).