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Paula Piccin

Programa Mico-Leão-Preto recebe mais uma temporada de apoio da Disney

10 de novembro de 202210 de dezembro de 2021 Por Paula Piccin

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O Programa de Conservação do Mico-Leão Preto, realizado no Pontal do Paranapanema pelo IPÊ, receberá por mais dois anos o aporte do Disney Conservation Fund (DCF) para suas atividades de pesquisa, educação ambiental e conservação da espécie.

O DCF tem apoiado o Programa por diversos ciclos, desde 2005. De 2017 a 2020, o fundo financiou a instalação de ocos artificiais, ações de educação ambiental e suporte para ações no corredor de Mata Atlântica, o maior do Brasil, reflorestado pelo IPÊ. Os ocos foram uma grande evolução para o projeto, ajudando a entender a dinâmica de movimentação dos micos e uso do corredor e fragmentos próximos a ele. Tudo isso porque, para os micos-leões-pretos, as fontes de alimento (frutas, insetos e pequenos vertebrados) e locais de dormitório (buracos de árvores) são componentes vitais do habitat que afetam diretamente o número de indivíduos que podem usar e viver em uma área. Entretanto, as árvores do corredor, por serem mais novas, não possuem ocos naturais. Para promover o uso dessas áreas restauradas pelos micos, uma das ações do projeto apoiado pelo DCF foi justamente a instalação de ocos artificiais, caixas de madeira que funcionam como abrigo e dormitório para a espécie. Outro avanço do projeto foi a utilização de GPS nos micos, em mochilas instaladas nos indivíduos para monitoramento, cujo apoio da Disney viabilizou os primeiros testes dessa tecnologia.

Para os próximos anos, o programa continua com as frentes de ação de Pesquisa, Educação Ambiental e Conservação. As pesquisas de campo incluem monitoramento dos grupos que vão fazer parte do manejo de populações.

“É importante dizer que tudo faz parte de um processo pensado e planejado conjuntamente por um grupo de especialistas, com a chancela dos órgãos governamentais responsáveis. Inicialmente, vamos avaliar a viabilidade da translocação para cada população, para definir quais delas farão parte dessa estratégia [já usada pelo Programa desde 1995]. A partir das necessidades identificadas, desenharemos as estratégias e protocolos, que são aprovados por um Grupo de Assessoramento Técnico ligado ao PAN, para finalmente realizar a movimentação de grupos de micos entre essas populações. Estamos bastante felizes para seguir essa nova etapa, evolvendo diversos atores em prol desse passo importante para a espécie”, afirma a bióloga Gabriela Cabral Rezende. Todas as ações de pesquisa e conservação com o mico-leão-preto apoiam e estão em concordância com o Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e da Preguiça-de-coleira, que é parte da estratégia nacional e global de conservação da biodiversidade.

Assim como nos anos anteriores, as ações de Educação Ambiental vão ocorrer nas escolas públicas em municípios estratégicos para a proteção do mico, no Pontal do Paranapanema. Uma das atividades mais relevantes é levar informação científica e capacitar professores para iniciativas de educação ambiental nas salas de aula. Já estão sendo produzidos materiais didáticos sobre o assunto.

Como ação complementar para a conservação do mico-leão-preto, o programa vai continuar a mobilizar a sociedade levando conhecimento sobre a espécie e elaborando métodos que possam ajudar na manutenção da vida desse animal, que é símbolo do estado de São Paulo. Já está em curso o planejamento de instalação de passagens seguras para os micos, passando por cima de estradas que cortam áreas verdes de uso da espécie. Essas passagens conectam-se  aos corredores de floresta para garantir ainda mais espaço para os micos e as demais espécies que habitam a região, trazendo segurança para eles se movimentarem pela paisagem.

O Programa também recebe apoio de Durrell Wildlife Conservation Trust, Margot Marsh Biodiversity Foundation/Re:wild e Whitley Fund for Nature.

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Pequenos produtores participam de curso sobre Água e Bacias Hidrográficas no ES

6 de dezembro de 2021 Por Paula Piccin

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Curso agua assentamento rosaA primeira ação pedagógica realizada pelo IPÊ em assentamentos rurais no Espírito Santo tratou sobre o tema Água e Manejo de Bacias Hidrográficas. Dois cursos gratuitos foram realizados pelo Projeto Educação, Paisagem e Comunidade, beneficiando 50 pessoas nos assentamentos Beija-Flor e Rosa de Saron, nos municípios de Alto Rio Novo e Águia Branca, respectivamente. Os encontros tiveram participação de assentados, técnicos, representantes do sindicato rural e lideranças comunitárias, e foram aplicados por Felipe Senna, do Instituto Socioambiental de Viçosa.

“O tema água foi escolhido para iniciar o diálogo sobre as questões ambientais deste território, que é prioritário na conservação dos recursos hídricos e que influencia a produção de água de várias cidades do estado. Essa conversa com os participantes buscou enfatizar a importância de uma melhor relação com os recursos hídricos, imprescindíveis para a sustentabilidade local”, afirma Vanessa Silveira, educadora ambiental e responsável técnica na inserção territorial.

Os cursos foram os primeiros de uma série de capacitações e diálogos com os assentados rurais, que serão cocriadores desse trabalho junto com o IPÊ e outros atores sociais, pela conservação socioambiental no

WhatsApp Image 2021 12 06 at 14.50.46 território.

“A metodologia do curso foi pensada para que os participantes possam ler a paisagem a partir do comportamento e dinâmica da água na bacia hidrográfica. A ideia é que eles identificassem, nas próprias ações que realizam, as formas de atenuar os impactos já vividos em suas propriedades e como suas práticas cotidianas podem melhorar a disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos disponíveis”, complementa Vanessa.

Nos encontros foram abordados temas como: conceito e definição de Bacia Hidrográfica, Ciclo Hidrológico, leitura e interpretação de Bacias Hidrográficas, Comitês de Bacias Hidrográficas, legislação (Lei das Águas; Código Florestal), problemas e conflitos relacionados à água, consequências do uso de agrotóxicos e por fim, técnicas e tecnologias para manejo sustentável da água na propriedade.

“Com a atividade, também começamos a preparar o olhar para a construção participativa dos PIPs (Projetos Individuais das Propriedades) que serão realizados ao longo do Projeto e identificar os principais problemas relacionados à água vividos hoje nas comunidades”, comenta Edmilson Teixeira Jr., responsável pelo extensionismo rural do projeto.

O projeto é uma iniciativa que tem apoio financeiro da Fundação Renova.

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Graziella Comini é a nova vice-presidente do IPÊ

30 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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A professora Associada do Departamento de Administração da FEA/USP e Coordenadora do Centro de Empreendedorismo Social e Administração do Terceiro Setor (CEATS), foi eleita pelo IPÊ como nova vice-presidente da Instituição. Ela ocupa agora o lugar de Claudio Padua, fundador do Instituto, que hoje permanece no Conselho do IPÊ e como Reitor da ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, que também ajudou a criar por meio da ONG.

“A escolha por Graziella Comini não poderia ser mais acertada. Extremamente conhecedora da Instituição, suas necessidades e desafios, ela já vinha tendo um papel fundamental para nós como conselheira e professora. Com a nossa escola, ajudou a trazer inovação em temas que nos são caros, como o empreendedorismo, para a área socioambiental. Agora na vice-presidência, será ainda mais importante para nosso desenvolvimento”, afirma Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ. 

Graziella soma a um time de maioria feminina na instituição. “Mais de 56% dos cargos de liderança na instituição são compostos por mulheres e agora divido essa responsabilidade com ela, em uma presidência integralmente feminina”, comenta Suzana Padua, presidente.

Economista, com mestrado, doutorado e livre-docência em administração pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, FEA/USP, Graziella Comini possui especialização na Harvard Business School e Universidade de Bologna. Além disso, coordena o Mestrado Profissional em Empreendedorismo da FEA/USP e é representante do Brasil no SEKN – Social Enterprise Knowledge Network. Ela também é conselheira de empreendimentos socioambientais e negócios sociais no Brasil. Desenvolve projetos relacionados a empreendedorismo social, ecossistema de negócios de impacto, negócios sociais e inovação social.

“É uma grande honra e responsabilidade ocupar a posição de vice-presidência do IPÊ, uma organização pautada por valores éticos e com excelência técnica na área socioambiental, meu objetivo é ampliar a vertente educacional para que o conhecimento gerado no IPÊ possa ser ainda mais disseminado nos diferentes setores (primeiro, segundo e terceiro setor). O IPÊ tem capacidade e competência de diálogo com diferentes atores e serve como um dinamizador de inovações socioambientais”, afirma Graziella.

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Dia de doar: Doação cabe em todos os tipos de negócio

30 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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O Dia de Doar de acontece hoje, 30 de novembro. É um dia que nos lembra que as doações fazem a diferença para as causas sociais e ambientais do mundo. Iniciativas como as do Elio, da ODI, mostram como é possível apoiar organizações com criatividade e inovação.

Desde 2021, a ODI Treinamentos Corporativos, empresa de educação e capacitação por meio de jogos corporativos, passou a ser parceira do IPÊ no desenvolvimento de materiais sobre sustentabilidade. Da parceria, surgiu a ideia que trouxe inovação para o negócio e que envolve os clientes da empresa: a cada contrato de treinamento fechado, 2% do valor é destinado ao IPÊ, em favor da causa socioambiental.

“Você às vezes acha que não adianta querer doar porque precisa ser um alto valor, acha que é pouco, mas não é assim. Pensamos em como, dentro da nossa capacidade de ação, poderíamos ajudar e lançamos essa ideia que está dando muito certo”, afirma Elio Luís Ferrucci, diretor da ODI.

Iniciada em maio deste ano, a atividade rendeu cerca de 7.000 reais ao Instituto. Para se ter uma ideia, o montante ajuda a manter 2.400 mudas em um viveiro de espécies nativas ou ainda 350 árvores restauradas.

“Empresas de todos os portes podem e devem se mobilizar pelas causas socioambientais, já que vivemos atualmente uma emergência climática e uma crise ambiental sem precedentes. Com inovação e criatividade, é possível desenvolver estratégias que apoiem as causas e ainda agregam mais valor ao negócio”, afirma Andrea Peçanha, coordenadora da unidade de negócios do IPÊ.

Elio concorda. Ele afirma que a receptividade da iniciativa tem sido boa e que as perspectivas são de ampliar o número de doações, conforme o crescimento do negócio. Para o futuro, além da doação, Elio já traça outros projetos em conjunto com o Instituto. “Nossa ideia é agora expandir nossos jogos dentro do tema da sustentabilidade e da conservação ambiental em parceria com o IPÊ, respondendo às demandas de empresas que estão desenvolvendo projetos nessa área e estimular com que elas olhem para essa questão”, afirma.

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Moderadores apoiam projeto Educação, Paisagem e Comunidade

26 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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Elisa moderadora rosa de saronPara atuar muito mais próximo aos produtores da área rural do Espírito Santo, o projeto “Educação, Paisagem e Comunidade”, selecionou quatro moderadores jovens, que têm um papel de criar articulação entre as ações do projeto e os moradores dos assentamentos. Os moderadores também são assentados rurais e suas famílias são produtoras na região, dos assentamentos Rosa de Saron (em Águia Branca) e Boa Esperança, Laje e Beija-Flor (em Alto Rio Novo).“Temos o papel de mediar informações entre o IPÊ e os assentados que participam do projeto, com uma linguagem que as pessoas consigam entender. Sou como um fio entre o instituto e o assentamento. Quando se tem alguém que é morador de assentamento, conversando a mesma língua do assentado, isso motiva as pessoas”, comenta Elisa Marins Maciel (foto), estudante de veterinária de 21 anos, do assentamento Rosa de Saron.

A proposta da mediação é criar uma identidade entre o projeto e os assentados, compreendendo a realidade em que a população está inserida, conectando as necessidades e desejos das comunidades às necessidades e desejos de conservação socioambiental do projeto. “É um caminhar junto para fazermos a diferença”, diz Elisa.

Os moderadores iniciaram as atividades em novembro e já colaboraram na mobilização dos moradores para a participação nos cursos sobre recursos hídricos e também para os encontros para planejamento dos projetos. Para Elisa, a participação tem agregado não só na sua vida profissional, já que passou a fazer parte da equipe do projeto, como sua vida pessoal.

“Ser mediadora agregou muito na minha vida e eu tenho mudado a minha visão sobre muita coisa. Eu produzia, mas não tinha a real noção do todo, de quanto a produção impacta ao redor e como você pode preservar o que você usa. Esse olhar diferenciado sobre o impacto na natureza do que a gente consome todos os dias, eu vou passar para as próximas gerações e meus futuros clientes”, afirma.

O projeto “Educação, Paisagem e Comunidade” tem apoio financeiro da Fundação Renova.

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Seleção de jornalista para projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade (nova data)

22 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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O Projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade seleciona profissional de comunicação, com formação em jornalismo. O prazo de inscrição é até dia 26/11. 

Acesse o TDR aqui.

Sobre o projeto MPB

O Projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade faz parte do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (MONITORA), Subprograma Aquático Continental, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), sob a coordenação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (CEPAM).

O MPB tem apoio de Gordon and Betty Moore Foundation e USAID.

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Artigo: Ansiedade climática ou ecoansiedade e a educação ambiental

10 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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Por Suzana Padua (Publicado em Fauna News e Folha de S.Paulo)

 

O clima vem assustando a todos, principalmente os jovens. Hoje existem termos novos, como “ansiedade climática” e “ecoansiedade”, que derivam da falta de perspectiva de futuro ou, pelo menos, de um futuro sadio. Entre a juventude, o sentimento é uma mistura de raiva dos tomadores de decisão, medo do futuro e culpa cada vez que desejam algo que pode afetar ainda mais a qualidade de vida planetária.

O símbolo máximo dessa tendência é, sem dúvida, Greta Thunberg, a jovem que vem alertando os líderes dos países para tomarem uma posição efetiva em relação às emissões de gases e priorizarem escolhas sustentáveis. Greta está em Glasgow, na Escócia, para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 26, e representará os que já perceberam a gravidade da situação. Os ambientalistas têm consciência há muito da severidade dessas questões, mas até pouco tempo eram solitários. Hoje não se questiona mais a importância das mudanças climáticas, mesmo porque estamos sentindo seus efeitos com chuvas torrenciais ou estiagens prolongadas, tufões, nuvens de poeira e outros fenômenos que antes eram esporádicos ou inexistentes e agora ocorrem cada vez com maior frequência e intensidade.

Porém, a espécie humana reage de maneira diferente das demais. Segundo George Monbiot em artigo recente para o The Guardian, algumas espécies migram ou hibernam para se protegerem do frio no inverno, mas o ser humano tende a criar situações que melhoram suas condições sem refletir, mesmo tendo a capacidade de o fazer, e quando algo assusta, como é o caso das mudanças climáticas, por exemplo, “camufla” a realidade e busca uma distração, como sair às compras ou viajar para não mais pensar no assunto. Cria uma falsa noção de que se fosse realmente perigoso alguém já teria alertado e tomado providências. Assim, deixa de tomar decisões, o que no correr do tempo agrava ainda mais os problemas em curso.

O que acontece agora é que a maior parte dos sistemas do planeta está no seu limite e quando um é agredido, outros são afetados em cascata. O fato de tudo estar interligado nunca esteve tão claro. Exemplos incluem o desmatamento da Amazônia e do Cerrado, que já mudou o sistema hídrico do restante do Brasil, causando chuvas intensas ou falta de água em muitas partes do país.

Mesmo com dados científicos que comprovam determinados fatos, há uma dificuldade de percebermos que são os nossos atos os responsáveis pelas consequências que estamos experimentando. Assim, a agricultura inconsequente contamina lençóis freáticos com agrotóxicos, rios e mares recebem dejetos infindáveis, inclusive plásticos, que em breve serão mais numerosos do que peixes. Esses são apenas alguns exemplos de ações insustentáveis da humanidade.

William Rees, um dos “pais” dos cálculos das pegadas ecológicas, há anos chama atenção para as “ilusões” que temos em relação a determinadas questões que nos ajudam a adiar decisões. São elas: (1) a tecnologia é capaz de nos salvar, (2) o aumento populacional não afeta a qualidade de vida no planeta e (3) o crescimento econômico pode ser ilimitado. Sua conclusão é que países muito desenvolvidos consomem recursos naturais além do tamanho de seu território e do que seu meio ambiente é capaz de fornecer. Por isso, “invadem” e extraem de outros locais do mundo, acirrando as desigualdades sociais e explorando a natureza onde ela é mais exuberante.

Mas, é chegada a hora de deixarmos de responsabilizar uma esfera específica da sociedade, seja científica, governamental, jurídica, empresarial ou outra que não a nossa. A responsabilidade precisa não mais ser de outrem, deixando de sermos alheios às decisões do que precisa ser feito. É preciso uma mudança estrutural. E é essa a grande angústia dos jovens que já perceberam que não se pode adiar a proteção da vida no planeta Terra, agora seriamente ameaçada.

O momento é agora e os jovens sabem disso. Greta acaba de declarar que se sente “traída”, às vésperas da COP 26. E ela não está sozinha. O Washington Post tem trazido inúmeras matérias sobre a ansiedade climática ou ecoansiedade. Em algumas entrevistas com jovens obteve respostas como: “não vamos morrer de velhice – vamos morrer de mudanças climáticas”, ou “por que estudar para um futuro que não teremos?” ou ainda “minha vida seria melhor sem os riscos das mudanças climáticas”.

Um estudo recente realizado pela Universidade de Bath e financiado pela Avaaz envolveu 10 mil jovens entre 16 e 25 anos e revelou que 75% acham o futuro assustador e 45% sentem angústia e ansiedade climática. O governo brasileiro foi o pior avaliado no que se refere a ouvir os jovens, enquanto o finlandês e o indiano se destacaram como os melhores. A juventude não acredita que os governantes se importam e acham que não priorizam as decisões que reduziriam os riscos das crises climáticas que ameaçam o futuro. Manter a temperatura do planeta estável precisa ser tema tratado como urgência máxima para toda e qualquer escolha feita, principalmente na redução do uso de combustíveis fósseis. Mas a angústia aumenta porque a surdez permanece.

Monbiot aponta o que leva o cérebro humano a adiar tudo o que o incomoda e criar mecanismos que o ajudam a ignorar aquilo com a qual não sabe lidar. Acata informações manipuladas que são repassadas por líderes políticos ou por grandes empresas em suas propagandas e meios de comunicação dominados por interesses econômicos.

Neste cenário nos deparamos com um imenso desafio: não fomos criados para sermos questionadores. Muito ao contrário, ser cordato, obediente, passivo sempre tem sido incentivado há séculos ou milênios. Não crescemos com incentivos a sermos críticos para percebermos o que se passa e a história nos mostra que temos a tendência de não irmos contra aquilo que a maioria aceita como certo. Foi assim que o nazismo de Hitler prosperou, é como os negacionistas das ciências e líderes populistas se popularizam, e que o sistema capitalista de consumo desenfreado seduz e se propaga como um bem a ser alcançado por todos. Há uma ilusão disfarçada que, segundo Monbiot, só poderia ter solução com total desobediência. Uma ruptura radical com os sistemas estabelecidos.

Mas, ao contrário da tendência de passividade, a juventude atual tem mostrado um lado de ativismo inovador e surpreendente. Não é justo que esperemos dos jovens soluções que não fomos capazes de assumir. Mas, pelo menos que eles nos inspirem a trazer respostas para suas angústias com o respeito que merecem.

Como disse John Lennon certa vez: “Há duas principais forças motivadoras: medo e amor. Quando estamos com medo, nos retraímos da vida. Quando estamos apaixonados, nos abrimos para tudo o que a vida tem a oferecer”.

Não creio que o medo tem levado os jovens de hoje, as Gretas mundo afora, a se retraírem. Demostram raiva pelos adultos inconsequentes, é verdade, mas também amor pela vida, pelo planeta. Expressam a vontade eminente de buscar soluções.

Kate Raworth, economista que propõe a economia “donut” (ou rosquinha), percebeu os limites do planeta e como a humanidade deveria cooperar para que nem a pobreza e nem a riqueza em excesso ultrapassem os limites que ameaçam o que o sistema vivo da Terra suporta e pode suprir. Ela prega a cooperação e não a disputa entre os setores governamentais, empresariais e da sociedade civil. Cada um tem responsabilidades próprias que precisam ser assumidas para oferecerem à coletividade o que é necessário, mas sempre de forma conjunta. Ou seja, é no tripé desses setores que está a solução, pois se só o governo prevalecer, teremos um regime autoritário; se o setor privado for o único a ditar as regras, as necessidades socioambientais ficam a deriva; e se a sociedade civil estiver só, não alcança a escala que suas iniciativas precisam para fazer as diferenças necessárias. É na cooperação entre todos os setores que se encontram as soluções para problemas coletivos.

São muitos os exemplos de sucesso que derivam da integração das esferas de decisão. Na saúde de São Paulo, por exemplo, Roberto Kikawa (infelizmente não mais entre nós faz alguns anos) revolucionou o Sistema Único de Saúde quando se juntou ao governo estadual para implantar unidades de atendimento com alto padrão e eficiência, contando também com apoio de empresas ligada à saúde. Em termos da proteção da água, Extrema (MG) passou a ser modelo ao mostrar ser possível manter os mananciais produzindo água em abundância com a participação dos governos local e estadual e proprietários de terras, por meio de Pagamentos por Serviços Ambientais, os PSAs, mecanismo que os compensa por reflorestarem, protegerem suas florestas em locais de nascentes e mananciais.

Na própria educação ambiental, o Pontal do Paranapanema tornou-se uma região pioneira ao adotar oficialmente temas ligados à educação socioambiental em seu conteúdo programático, envolvendo a diretoria de ensino estadual, os diretores de escolas e o corpo docente, juntamente com uma organização sem fins lucrativos, o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas. O destaque tem sido a valorização do meio ambiente e da biodiversidade regional, sempre com apoio de comunidades locais e alternativas sustentáveis de renda, que ajudam os menos privilegiados a terem uma vida digna com iniciativas que favorecem a natureza. Em outra região do país, na Amazônia, o IPÊ firmou parceria com uma empresa, Grupo Martins, que com um barco escola implanta um programa fluvial para capacitar e envolver populações ribeirinhas do Baixo Rio Negro, em programas socioambientais variados que visam melhorar as condições sociais e beneficiar a proteção da riqueza natural local. Nesses exemplos se evidenciam ganhos coletivos e créditos compartilhados. Todos colaboram de forma integrada para se chegar a um resultado almejado.

Como minimizar a angústia climática ou o ecoansiedade?

O tema é novo e por isso vai exigir cuidados com auxílio de profissionais da Psicologia e outras áreas do conhecimento. O mais importante é sair da zona de conforto e empoderar todos à ação. Todavia, esse é um enorme desafio, pois teremos que sair da passividade e romper com a inércia. Precisamos ser desobedientes, como sugere Monbiot, pois a urgência bate à nossa porta. Temos que corresponder à angústia dos jovens, que precisa ser nossa também.

Em geral descobrimos nossa força interna quando somos capazes de fazer algo que nos permite perceber nossa capacidade de realização. Cada um de nós tem algum talento, mesmo que nem sempre aparente ou bem explorado, mas que pode ser utilizado para transformar realidades indesejadas em situações melhores. Começar pequeno não quer dizer que o que fizermos é pequeno, pois muitas vezes é o incentivo para que passemos a acreditar em nós mesmos e nos preparar para algo maior.

Um bom exemplo entre jovens é o movimento chamado Engajamundo, que começou com uma jovem, Raquel Rosenberg, convencida de que a ONU não a representava por estar defendendo o que não fazia sentido para ela. Acabou sendo convidada a ir a COP de Paris, em 2015, para expor suas ideias, o que fez com qualidade e coragem. Hoje são centenas ou milhares de jovens ligados por ideais comuns. É o mesmo princípio da jornada da Greta – acreditar na força da expressão e ter coragem de ir contra a corrente. É sair da inércia da aceitação que emudece.

A educação ambiental pode, sem dúvida, ser um caminho, porque leva o educando (ou deveria levar) a refletir sobre o que quer que permaneça e o que precisa ser mudado. Como preconizou Bill Stapp em 1977, quando ajudou a estruturar o que seria o campo da educação ambiental em Tbilisi, então União Soviética, a resolução de problemas é uma forma de engajamento. Só queas mudanças climáticas são um problema monumental que ultrapassam fronteiras e exigem a integração de diferentes saberes e muita colaboração, como propõe Kate Haworth em sua economia “donut”.

Sendo assim, a educação ambiental não pode caminhar só. Precisa de todos os setores e segmentos sociais unidos por ideais que visam a proteção da vida no planeta, seja humana ou de outras espécies e elementos da natureza. Aliás, esse desafio só parece ter chance de ser enfrentado se todos os campos estiverem juntos, integrados, coesos. John Lennon tem razão quando defende que é no amor que nos abrimos para as questões do mundo. Devemos trilhar um caminho educacional pautado no amor à vida, no “reencantamento” por toda a teia da qual fazemos parte e dependemos, despertando para a interconexão e para a vontade de contribuir para salvar o planeta, nossa Gaia, nosso lar.

Gostaria de agradecer a Paula Piccin, que sempre lê e sugere melhoras nos meus artigos. Agradeço também os valiosos palpites da Dorothea Werneck, amiga antenada para todas as tendências que podem trazem benefícios para o planeta.

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Large wild herbivores reduce the fast biodiversity decline of plants in a tropical forestry hotspot

9 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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For 10 years, in the Atlantic Forests, researchers compared forests used by herbivorous mammals, including the lowland tapir (Tapirus terrestris) and the white-lipped peccary (Tayassu pecari), and areas in which these animals have been barred from access due to exclosure plots (fences). The main conclusion is that the areas used by these herbivores show lower loss of diversity than fenced areas.

The new study on tropical forests has generated an article recently published in the Journal of Applied Ecology of the British Ecological Society (BES). The research was performed at Morro do Diabo State Park, in the far west of the state of São Paulo. The work warns of the importance of conservation of animals that are facing extinction. The lowland tapir, for example, is classified as Vulnerable in the IUCN (International Union for Conservation of Nature) Red List throughout its distribution range. The white-lipped peccary, in turn, is listed as Critically Endangered in the Atlantic Forest.

Patrícia Medici, coordinator of the Lowland Tapir Conservation Initiative (LTCI) at IPÊ (Institute for Ecological Research), authors the article alongside Nacho Villar, a researcher of the NIOO-KNAW Dutch Institute for Ecology. “In this study, we recorded the results of a first experiment on the effects of conservation and protection of large herbivores on the maintenance of biodiversity in tropical forests and, to the extent we know, in any other forest biome. The study shows that large herbivores play an important role in the deceleration of the loss of forest diversity”, says Medici.

According to the study, mature forests with great diversity were those that benefited the most from the presence of large herbivores. “The results show how forest composition is severely affected when the animals are excluded from the biome, a sign of what may be happening in a series of other fragments of the Atlantic Forest, one of the most endangered biomes on the planet,” points out the researcher.

With the launching of the Decade on Restoration of the United Nations (2021 -2030), the results of this study also serve as guidance for future initiatives on forest conservation and restoration. “Conservation of these animals and trophic rewilding (without human participation) are gaining momentum as important tools to restore forest ecosystems and avoid the acute effects of global changes on biodiversity. However, such nature-based solutions are not yet recognized as a conservation option, especially in tropical forests. We believe that this study strengthens the strategic aspect of following in this direction,” points out the researcher.

Such findings demonstrate that species conservation and the restoration they promote may be more efficient in protecting against strong declines of diversity in the long run, particularly in well preserved tropical forests with high levels of forest diversity. “Throughout the 10 years of the study, the abundance of plants in the initial stage of germination, their recruitment and species richness fell by some 20% or more, providing a unique natural experiment to test the functional significance of large herbivores to avoid the collapse of biodiversity in the long run,” says Medici.

Researchers also observed whether large herbivores have a different effect on mature and secondary forests. “This is an important question and has not yet been explored in trophic rewilding. In secondary forests, we identified ca. half the number of species when compared with mature forests. In secondary forests, the results show limited protection by large herbivores against the loss of diversity. Long-run regional environmental changes place the restoration of such secondary forests at risk, and their transition to more mature and diversified forests,” says Nacho Villar.

Details of the research in practice

The discoveries are the result of monitoring 200 m2 of Atlantic Forest in Morro do Diabo State Park, São Paulo, Brazil, between 2004 and 2014. “We studied the potential role of large herbivores against the collapse of plant diversity through time, examining their effect on the abundance of plants in the initial phase of germination, as well as species richness and diversity, the temporal diversity and the rate of change of forest composition. These animals contribute directly to the plants in the forest understory, through seed dispersal and how they affect plants in the early phase of germination. Thus, biodiversity strongholds are highly sensitive to the disappearance of animals like the lowland tapir (Tapirus terrestris) and the white-lipped peccary (Tayassu pecari), for example,” explains Villar.

Medici’s team established 200 plots in the monitored area, including 100 fenced plots to prevent the access of large herbivores, and 100 control plots, where there was no restriction to the entry of the animals. In order to understand the possible differences in the maturity of the forest, the fenced areas were divided into two large groups, being 25 pairs in areas of mature forest, and 25 pairs in secondary forest.

For insulation of the areas (exclosure plots), the researchers used wooden posts and poultry netting (2×2 cm). The exclusion areas had the following dimensions: 3 meters in width, 6 meters in length, and 1.20 meter in height. A 20 cm opening was maintained along the bottom of the plot, allowing for the entry of small terrestrial mammals, such as rodents and marsupials. Within the exclosure plots, a central sampling area of 1×4 m was established, and it was divided into four 1×1 m quadrants.

Control plots that were not fenced were 1 m wide and 4 m long, divided into 4 quadrants of 1×1 m. For each exclosure and control plot, each of the 1×1 m quadrants was chosen randomly for sampling throughout the study.

Forest sampling

In the monitored quadrants, all plants with a diameter of over 10 cm and diameter ≤ 5 cm were marked with PVC tags and received reference numbers. This methodology permitted the subsequent sampling of the same individuals. New plants that germinated during the study and complied with the criteria were incorporated into the monitoring protocol.

Throughout the first five years of the study (2004-2008), the researchers measured the plants twice a year, in the early rainy season (October) and in early dry season (April). From 2009 to 2012, data collection took place once a year. The final measurements took place in 2014, ending 10 years of data collection, with a total of 14 measurements. “We followed the fate of 7,287 plants and traced the decline of diversity over 10 years,” points out Medici.

Threats and opportunity

The conservation of large herbivores and the restoration of forests affected by them, especially tropical forests, is a challenge due to a series of threats that these animals face. According to the researchers, advances in this direction must consider measures for species protection. “Effective management of the landscape, protection and conservation aimed at increasing the populations of these animals and the facilitation of dispersal and movement between remaining forest areas are strategic. Furthermore, it is worth pointing out the need for reintroduction and translocation initiatives, given that large extensions of mature forest, rich in diversity, are currently being deprived of these animals due to hunting, roadkill and so many other threats.” 

Based on the results, the researchers point out that the active restoration of neotropical forests with large herbivores may, in fact, be the most efficient solution to improve the state of conservation of many species of large herbivores, contributing to the diversity of tropical forests in the long run. “We suggest that the measures begin in mature forests and then proceed to secondary forests with high levels of diversity.”

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Quatro assentamentos participam de projeto no ES

9 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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O projeto Educação, Paisagem e Comunidade atua em quatro assentamentos rurais, no interior do estado do Espírito Santo. As áreas foram selecionadas pelo potencial em desenvolver atividades que possam impactar de forma positiva a bacia do Rio Doce.

Conheça quais são eles:

ASSENTAMENTO ROSA DE SARON – ÁGUIA BRANCA

No início dos anos 2000, chegaram as primeiras famílias de diversos estados do país, para constituir terras que até então estavam sem uso nas mãos de um único dono. Os primeiros chegaram a morar debaixo de lonas até o início da repatriação. Em 2001 chegou a maior proporção de famílias. Jovens e adolescentes plantaram as primeiras Paineiras (Ceiba speciosa) dentro de um lote de até 100 metros na época.

Em 2003 foi formada a primeira associação legal, mantida até os dias atuais. Em 2005, as primeiras casas foram construídas e os assentados iniciaram seus primeiros plantios de café Conillon. Em 2010, o padre Domênico, italiano, criou o primeiro projeto social (horta comunitária e artesanato), outra peça chave da história, também esteve no período da repatriação e ajudou a abrir o assentamento.

O assentamento foi se desenvolvendo de acordo com a demanda de produção agrícola e, em 2012, a associação adquiriu secadores de café e máquinas de pilar café.

Um grande destaque no assentamento é a associação de mulheres, chamada Rota das Paineiras.

ASSENTAMENTO BEIJA FLOR  – ALTO RIO NOVO

Em 2001 chegaram as primeiras famílias, 18 beneficiários na época, localizada próximo a cidade de Alto Rio Novo. Relatos dos assentados afirmam que 80% da área era composta de Eucalipto da espécie (Eucalyptus grandis). Com o passar do tempo, foi instalada não só a cultura predominante – café Conillon (Coffea canephora), mas também outros cultivos como banana prata, mamão, acerola e mandioca. Durante esse período quase não existia água, então era bastante limitada a quantidade de plantio, isso deixou marcado na história desse assentamento, sendo que o principal problema predominante ali na época era o eucalipto plantado de forma indiscriminada.

Em 2009, técnicos do INCRA trouxeram cerca de 1000 mudas nativas para serem plantadas em local definido. Foram realizadas a medição das áreas de plantio e o cercamento das mesmas, como contrapartida após a vistoria e constatado que foi feito o plantio dentro dos moldes estabelecidos pelo INCRA, foi liberado o recurso para a reforma das casas.

ASSENTAMENTO LAJE – ALTO RIO NOVO

Em 2004, as primeiras pessoas chegaram e, em 2007, iniciaram o primeiro sorteio dos lotes e das famílias contempladas. Ali, tiveram incentivo para construção das casas, compra de ferramentas, construção das fossas sépticas e compra de alimentos. Em 2008 iniciaram a associação e o corte das arvores de eucalipto, que era bastante predominante principalmente dentro da área do assentamento. No ano de 2010, por meio da CONAB, realizaram a coleta de alimentos, frutas e hortaliças produzidas dentro dos lotes de cada assentado. Um dos momentos que marcaram a vida desses assentados foi a construção das áreas comunitárias, como a igreja local. Hoje, Laje tem um total de 52 assentados.

ASSENTAMENTO BOA ESPERANÇA – ALTO RIO NOVO

As terras até então concentradas na mão de um dos maiores fazendeiros da região, foram desapropriadas para a criação desse assentamento caracterizado pelo INCRA. A criação e o sorteio dos lotes foram estabelecidos em 2007. Hoje são 38 assentados. Em 2014, os assentados tiveram acesso ao recurso para a reforma das casas e cursos. Um dos destaques desse assentamento foi a criação de viveiros de mudas de café.

Este projeto do IPÊ tem apoio financeiro da Fundação Renova

 

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Pesquisa vai medir produção de café em áreas de Sistemas Agroflorestais

8 de novembro de 2021 Por Paula Piccin

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WhatsApp Image 2021 11 08 at 17.53.06Evidências científicas sobre os benefícios das áreas com Sistemas Agroflorestais (SAFs) para o meio ambiente e a segurança alimentar estão entre os objetivos da pesquisa desenvolvida por Vitória Duarte Derisso, mestranda da Escola Superior Luiz de Queiroz (ESALQ), com acompanhamento de Haroldo Borges, pesquisador no IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas e de Aline Souza, extensionista do Instituto.  “A expectativa é a de que os dados possam fortalecer os produtores de SAFs e ainda incentivar a implementação dos SAFs nos assentamentos em que eles até o momento não estão presentes”, comenta Vitória.  

Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) são sistemas produtivos que potencializam a produção de forma sustentável equilibrando ganhos econômicos, sociais e ambientais. Unem produção agrícola com vegetação nativa florestal, além de produzir sem agrotóxicos.  O IPÊ vem trabalhando com esse sistema no Pontal do Paranapanema, junto a assentados rurais, em uma área de grande impacto para a proteção da Mata Atlântica e toda a sua biodiversidade, há mais de 20 anos. 

A pesquisa de Vitória será realizada em assentamentos rurais no Pontal do Paranapanema que possuem SAFs implementados com apoio do IPÊ. Cerca de 50 famílias são beneficiadas com o sistema e têm orientação dos pesquisadores do Instituto. No estudo, serão analisadas a produção de café em áreas manejadas de SAFs de diferentes idades, entre 18 e 20 anos em comparação aos mais novos que possuem entre cinco e seis anos. 

Para mensurar a produção de café nos SAFs, a pesquisadora vai avaliar se a frequência do manejo (poda e capina) influencia os indicadores ecológicos. A metodologia utilizada é o inventário florístico com medição das árvores (diâmetro do tronco, altura das copas), identificação de espécies, quantidade de regenerante natural (sementes transportadas pelo vento ou animais) em parcelas com 900 metros quadrados.

Vitória também vai estabelecer dados comparativos entre os SAFs e as florestas nativas, uma vez que as matas nativas possuem as condições ideais de ecossistema e servem como parâmetro para os SAFs. “A comparação dará um norte em termos de qualidade ecológica de um SAF para uma floresta conservada”, revela. 

Dessa forma será possível verificar se os SAFs estão atingindo os índices ecológicos (porcentagens de coberturas de copa e de solo, números de espécies e de indivíduos nativos regionais arbóreos) propostos pelo Anexo V da Resolução SMA 189, de dezembro de 2018. A medição tem como base o protocolo elaborado por profissionais do Grupo de Trabalho de Nativas que são os responsáveis pela construção do Anexo 5 da Resolução SMA 189. “Esse protocolo é inédito e está em fase de testes”, comenta Derisso.

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