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Lideranças de assentamentos localizados em Teodoro Sampaio, Mirante do Paranapanema e Euclides da Cunha Paulista, no extremo Oeste do estado de São Paulo participaram da capacitação “Execução das Atividades de Capacitação para Comercialização”, na segunda quinzena de novembro, no escritório do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, em Teodoro Sampaio.
A capacitação teve como objetivo contribuir para comercialização de produtos dos SAFs – Sistemas Agroflorestais na região. Trata-se de uma ação que integra o Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado (PDRS) vinculado à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SMA), com recurso do Fehidro – Fundo Estadual de Recursos Hídricos.
Ministrada pelos técnicos Josenilton Xavier do Amaral e Natália Capellin, da Amater – Cooperativa de Trabalho e Assessoria Técnica, Extensão Rural e Meio Ambiente, a iniciativa teve como resultado prático o desenvolvimento conjunto de uma matriz estratégica para comercialização dos produtos dos SAFs com os supermercados locais e regionais. A matriz tem como base o Business Model Canvas, ferramenta de planejamento estratégico, que permite desenvolver e esboçar modelos de negócios novos ou existentes.
Para Zilma da Silva, agricultora e presidente da Associação Nova Esperança, de Euclides da Cunha Paulista, a capacitação foi positiva e reativou a pretensão de comercializar os produtos do SAF. “O curso me encheu de esperança”, revela.
Os participantes têm o compromisso de multiplicar as informações para os demais agricultores familiares que são beneficiados pelo Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado (PDRS) vinculado à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SMA).
Amaral, técnico da Amater, ressalta que a logística é um gargalo a ser resolvido e destaca o potencial do fortalecimento e da aliança entre as associações. “O importante é a união para buscar alternativas, como entregas em conjunto, por exemplo, com potencial de trazer melhorias para todos”, afirma.
Aline Souza, técnica do IPÊ, reforça os SAFs como aliados do desenvolvimento sustentável. “Vejo o SAF com um sistema essencial para agricultura familiar pelo fato de estar ancorado na questão socioeconômica com geração de renda e diversidade de produção, garantindo a segurança alimentar no campo e na cidade. Os SAFs também são ativos no quesito meio ambiente com produção de sementes, conservação da flora e da fauna.” Na região, 51 famílias implantaram em seus lotes SAFs sob a orientação dos técnicos do IPÊ.
Marilene Lima Santana, moradora do assentamento Ribeirão Bonito, em Teodoro Sampaio, compartilha da mesma opinião. “Concordo com a Aline quando ela ressalta a importância ambiental que o SAF proporciona. No meu lote a agrofloresta foi a salvação para um córrego que corta meu lote, caso contrário, o mesmo já estaria assoreado”, pontua.
Para o ano de 2022, estão previstas, pelo Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado (PDRS), três capacitações, na região, com datas a definir.
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