O IPÊ é um dos signatários de carta endereçada à Presidência da COP 30 e aos Ministros e Chefes de Delegação que estarão na Conferência da ONU. O texto convoca os líderes globais a fazerem da COP 30 um marco de coragem política, solidariedade internacional e visão de futuro em relação à adaptação climática, que é o caminho para proteger a vida das pessoas, a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais.
Segundo as OSCs, é essencial “adotar um conjunto robusto de decisões que consolide a adaptação como prioridade dentro do regime internacional sobre mudança do clima. A conclusão dos indicadores do Objetivo Global de Adaptação (GGA) em Belém representará um passo decisivo para fortalecer a arquitetura global de resiliência”. Para isso, será necessário financiamento previsível que sustente sua implementação.
A preocupação das OSCs é justa, já que, até o momento, não há incentivos claros para adaptação dentro do Novo Objetivo Coletivo Quantificado de Financiamento Climático (NCQG) e em 2025, vence o prazo do Pacto Climático de Glasgow para duplicação dos recursos para adaptação. Não há ainda um horizonte para financiamento de adaptação em 2026. Como sugestão, a carta aponta o roteiro de Baku a Belém e a necessidade de uma meta coletiva. “O Roteiro de Baku a Belém para US$1,3 trilhão oferece uma oportunidade concreta para ampliar o financiamento da adaptação dentro da arquitetura financeira global. E, como demonstrou o Glasgow target de duplicação até 2025, uma meta coletiva cria um referencial político que impulsiona fluxos e reorienta investimentos. Este é, portanto, o momento de dar um novo impulso político e financeiro à adaptação. A COP30 pode ser reconhecida como a COP que decidiu pelo menos triplicar o financiamento para adaptação até 2030, estabelecendo um compromisso para a implementação de ações inadiáveis em países em desenvolvimento”.
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