A conservação da biodiversidade brasileira é um compromisso tanto do IPÊ quanto do SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
Foto principal: Vista para a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Conquista, em Manaus, Amazonas
Confira 10 destaques de nossas ações que somam esforços com o SNUC na conservação da biodiversidade
- Estudos do IPÊ apoiaram a criação de duas unidades de conservação: a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto, unidade de conservação de uso integral, na região do Pontal do Paranapanema/SP (2002) e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Conquista, de uso sustentável, em Manaus/AM de uso sustentável (2014), além da criação do Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Negro (2010).

- O CBBC – Centro Brasileiro de Biologia da Conservação que viria a se tornar a ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, a escola do IPÊ, foi a instituição escolhida pelo ARPA – Programa de Áreas Protegidas da Amazônia, maior Programa de conservação de florestas tropicais do mundo (Funbio/Ministério do Meio Ambiente) para ministrar o Introdução à Gestão de Unidade de Conservação da Amazônia, para gestores de mais de 180 UCs de todos os estados da Amazônia Legal (88% dos gestores de áreas protegidas da região). O curso realizado de 2004 a 2010 também contou com apoio do WWF-Brasil e dos órgãos federais e estaduais de meio ambiente.
- De 2012 a 2019, o IPÊ realizou o projeto MOSUC – Motivação e Sucesso na Gestão de Unidades de Conservação que identificou soluções inovadoras para os principais desafios de gestão, que incluem a questão financeira, o envolvimento da sociedade, o fomento a arranjos que ampliem o número de pessoas atuando junto com os gestores (parcerias e voluntariado), além de plataformas e canais que disseminem informação e conhecimento. O projeto beneficiou mais de 29 milhões de hectares de unidades de conservação nos estados de Roraima, Amapá, Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre. Saiba mais sobre as Boas Práticas na Gestão de Unidades de Conservação em três revistas também publicadas pelo projeto que podem ser baixadas no site do IPÊ gratuitamente.
“No MOSUC, conseguimos algo inédito para a gestão de áreas protegidas no Brasil, que foi o estabelecimento de parcerias em rede com organizações da sociedade civil para apoiar a gestão de Unidades de Conservação com a realização de ações similares às de um guarda-parque. Os resultados dessa experiência foram muito positivos com, por exemplo, o aumento da integração das UCs com as comunidades locais, o fortalecimento institucional de pequenas instituições parceiras e a ampliação da efetividade de gestão das áreas protegidas apoiadas”, conta Angela Pellin, coordenadora do projeto. O MOSUC contou com apoio da Gordon and Betty Moore Foundation.
- De 2013 a 2022, o IPÊ realizou o projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade (MPB) em Unidades de Conservação na Amazônia como apoio à implementação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora), do ICMBio para monitorar espécies da fauna e da flora que tanto dão respostas à efetividade das áreas, como aquelas definidas pela comunidade, com a participação de moradores do entorno das unidades de conservação. Dessa forma, o projeto também fortaleceu a gestão e a conservação da biodiversidade em unidades de conservação no bioma. Como previsto, o MPB encerrou seu ciclo em 2022, quando passou por um período de transição por conta das atividades absorvidas pelo ICMBio. As ações passaram a ser uma política pública nas Unidades de Conservação participantes do MPB.

- O IPÊ é parceiro do Programa de Voluntariado do ICMBio. Desde 2016, o ICMBio passou a considerar o voluntariado como uma estratégia de gestão voltada para o engajamento social em prol da conservação da biodiversidade. Nesse período, o IPÊ contribuiu com o desenvolvimento de ações estruturantes, como planejamento estratégico, identidade visual, elaboração do Guia do Gestor e do Caderno do Voluntário e publicação das Boas Práticas em Voluntariado em Unidades de Conservação disponível gratuitamente no site do IPÊ.
- Desde 2022, a Unidade de Negócios Sustentáveis passou a articular com a gestão do Parque Estadual do Jaraguá, em São Paulo, o Voluntariado para Conservação e Ação Climática. Até o momento, 170 profissionais, de quatro empresas e uma OSC – Organização da Sociedade Civil já participaram dessa ação. A atividade envolve muita mão na massa, com identificação e setorização de cerca de 20 espécies a partir de mudas, coleta de sementes, organização do viveiro, plantios, além de ações de zeladoria. Confira ação realizada com colaboradores do LinkedIn neste ano.
- Em 2023 e 2024, o IPÊ realizou o projeto Voluntariado no Manejo Integrado do Fogo para apoiar a estruturação da Estratégia Federal de Voluntariado no Manejo Integrado do Fogo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A ação de abrangência nacional tem potencial de contribuição junto ao sistema de Unidades de Conservação (UCs) e seu entorno, Terras Indígenas e Territórios Quilombolas, além de elementos integradores de paisagem como reservas legais e áreas de preservação permanente, no âmbito das propriedades particulares.
- No primeiro ciclo, de 2020 a 2024, o LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica, iniciativa do IPÊ, atuou em 59 áreas protegidas (58 milhões de hectares), em 62 municípios de cinco estados, envolvendo 36 povos indígenas e 50 comunidades extrativistas. São 50 projetos apoiados, envolvendo mais de 120 organizações multissetoriais, com ampliação de capacidades, infraestrutura local e implementação da bioeconomia. Fortalecer comunidades tradicionais está entre as estratégias que somam com a conservação da biodiversidade em áreas protegidas e assim também com a gestão dessas áreas. No ciclo 2 – 2025 a 2027, o LIRA atuará em 58 áreas protegidas (31 milhões de hectares) em terras indígenas, unidades de conservação e territórios quilombolas O LIRA tem como parceiros financiadores: Fundo Amazônia/BNDES e Gordon and Betty Moore Foundation.

- Áreas conservadas é também uma das frentes da Coalizão Pontes Pantaneiras que promove a contribuição para efetividade das áreas protegidas por meio da identificação conjunta de estratégias para gestão e conservação das áreas, apoio à aplicação de ferramentas de gestão e fornecimento de informação técnica para subsidiar a criação e implementação de novas unidades de conservação. Apesar do Pantanal ser considerado Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela Unesco, a área protegida por Unidades de Conservação públicas ou privadas ainda é pequena, 938 mil hectares (6,2% do bioma), sendo cerca de 587 mil hectares (3,9% do bioma) de áreas púbicas e 350 mil hectares (2,3% do bioma) de unidades de conservação privadas. Coalizão Pontes Pantaneiras envolve IPÊ, Embrapa Pantanal, Instituto Smithsonian e Universidade Colégio de Londres (UCL), com apoio financeiro da The Pew Charitable Trusts.
- Em 2024, com a expectativa de contar em um futuro próximo com novas Unidades de Conservação (UCs) federais, o IPÊ esteve entre os apoiadores técnicos do ICMBio na Oficina de critérios e priorização para criação de unidades de conservação federais realizada em Brasília. Cerca de 150 profissionais presentes, entre servidores do governo estaduais e federal e parceiros da sociedade civil (pesquisadores de universidades, comunidades e povos tradicionais), avançaram na definição das listas prioritárias para a criação de unidades de conservação nos biomas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal), além da zona costeira e marinha.