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O encontro de estreia da Formação de Jovens Lideranças Transformando Territórios Amazônicos reuniu 75 jovens amazônidas entre indígenas, ribeirinhos, extrativistas, ativistas, na quinta-feira 26/05, em evento online. Durante o curso que segue até dezembro, o grupo terá a oportunidade de ampliar conhecimentos práticos sobre temas-chave, como governança, sociobiodiversidade e gestão de territórios para o desenvolvimento sustentável e a conservação da biodiversidade no Amazonas.
A iniciativa é do LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica, projeto do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, que mobilizou jovens que vivem no bioma e atuam em Áreas Protegidas vinculadas a dois projetos das Soluções Integradas do IPÊ na Amazônia, o LIRA e o MPB – Monitoramento Participativo da Biodiversidade, além de integrantes de redes de juventude e movimentos sociais. Entre os participantes, 40 são mulheres e 35 homens, dos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Acre, Amapá e Mato Grosso.
Fortalecer a compreensão política dos jovens sobre a importância das áreas protegidas, biodiversidade e floresta é uma questão central para o desenvolvimento sustentável e a conservação da floresta e por isso o principal objetivo do curso, como revela Fabiana Prado, coordenadora do Projeto LIRA/IPÊ. “O curso é uma construção das Soluções Integradas do IPÊ na Amazônia para atender à necessidade de qualificar a atuação do jovem para o advocacy na agenda socioambiental. Já vínhamos apoiando redes de juventude da região com os projetos das Soluções Integradas do IPÊ e com o LIRA/IPÊ entendemos que poderíamos começar a desenhar esse processo de formação política”.
O curso é resultado da construção coletiva de pesquisadores que há anos atuam na região: Fabiana Prado, Neluce de Soares e Letícia Lopes, do LIRA/IPÊ, Cristina Tófoli, Pollyana Lemos e Leonardo Rodrigues, do MPB/IPÊ, além dos consultores Marcio Ortiz e Marcelo Rodrigues.
A iniciativa conta com a colaboração da CNS – Conselho Nacional Das Populações Extrativista e da ESCAS/IPÊ – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, RELLAC-Jovem e tem como parceiros financiadores Fundo Amazônia e Fundação Gordon and Betty Moore.
Fortalecimento do território
Durante o primeiro encontro, os organizadores apresentaram a dinâmica da formação que vai contar com aulas online, mentoria, momento de discussão, além do encontro presencial. Aliás, o primeiro módulo será o Seminário de Abertura – Ciência Política e Histórias das ocupações da Amazônia, de 03 a 05 de junho, em Manaus. Depois serão mais sete módulo virtuais e como resultado final os alunos vão elaborar um plano de ação para seus territórios.
A expectativa dos organizadores é que os jovens aprimorem a atuação nas agendas das políticas socioambientais da Amazônia, que fortaleçam ações coletivas já desenvolvidas, incluindo a comunicação sobre elas além dos pares. “O curso abordará desde o funcionamento do estado, linguagem jurídica, direitos e deveres, cidadania,o que passa pelos direitos dos povos tradicionais, por marcos e convenções nacionais e internacionais sobre os povos tradicionais e as questões ambientais, além do poder da articulação. Com mais clareza sobre esses temas os jovens terão mais condições de analisar a dimensão sociopolítica e de promover incidência política nas esferas nacional e internacional. A parte da mentoria também é destaque na programação, tendo em vista a formação de lideranças políticas”, pontua Leonardo Rodrigues, coordenador pedagógico do projeto MPB/IPÊ.
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