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Vinte e cinco projetos na Amazônia de três cooperativas, 10 associações extrativistas e 12 associações indígenas estão aprovados pelo Fundo LIRA e iniciaram as ações em março de 2022. O apoio a esses projetos é realizado via Fundo LIRA, uma parceria entre o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, a Fundação Gordon and Betty Moore e o Fundo Amazônia/BNDES. O Fundo tem como objetivo aportar recursos financeiros para associações representantes de povos e comunidades tradicionais que exercem seus propósitos como guardiões das florestas.
Os projetos aprovados participaram de uma seleção via edital que contou com três fases: manifestação de interesse; capacitação em elaboração de projetos; e inscrição do seu projeto.
Confira as associações e cooperativas que tiveram os projetos aprovados:
12 associações indígenas: Pupykary, Apij, Olatawawa, Aippy, Agir, CWP, Pykore, Kapot Jarina, Oibi, Aikp, GAP EY, Assiza.
10 associações extrativistas: Amaru, AMA II, APCT, Amarjuma, Asmacaru, Julião, Amaflec, Asarc, Acaje, Aguape.
Três cooperativas: Coopeab, Cooperar, Coopaflora.
Cada projeto selecionado vai receber um aporte de até R$ 150 mil reais – totalizando R$ 3,75 milhões – e deve ser executado no período de até 18 meses. O Fundo LIRA gerencia no total R$ 6 milhões em investimento. Os 25 projetos serão realizados em 22 áreas protegidas da Amazônia com um total de 1.300 beneficiários diretos. Os projetos vão promover ações de governança, monitoramento, vigilância e de fomento a sete cadeias da bioeconomia florestal (castanha, farinha, cacau, pimenta, óleos, artesanato e turismo). Como resultado, 14 negócios socioprodutivos serão implementados, 12 obras de infraestrutura realizadas, 15 publicações e estudos desenvolvidos, além da capacitação de 700 pessoas.
A partir desse momento, os projetos vão seguir uma Trilha Formativa voltada à capacitação em diversas frentes das organizações: administrativa, financeira, gestão, captação de recursos e comunicação, além de visitas técnicas e intercâmbios entre elas. Dessa forma, o LIRA fortalece a gestão das organizações para que possam ter mais autonomia nos territórios.
O início
Nos dias 07 e 11 de março, os profissionais das organizações participaram do 1º Encontro do Fundo LIRA. No evento realizado de forma 100% online, além da apresentação de cada projeto, os participantes também levantaram possibilidades de trocas e sinergias entre eles. A equipe do LIRA compartilhou o Manual de Execução de Projetos que norteará a implantação das ações nas esferas técnica, financeira e de comunicação.
Alexandra Borba Suruí, da Associação Gap Ey, conta que mesmo dentro da Amazônia parece existir falta de conexão entre as associações e vê neste projeto uma oportunidade de mudança. “Se estivermos conectados, podemos, inclusive, consumir produtos uns dos outros”, diz. Para Adjair Mota, da Associação ACAJE, o Fundo LIRA é inovador pois todos os projetos visam desenvolver as capacidades dentro da comunidade. “O que é construído, fica na comunidade, isso é genial! Além da oportunidade de desenvolver a gestão institucional, por que muitas vezes a associação não tem possibilidade de gerir seus próprios recursos e precisa de terceiros”, afirma.
Esses novos parceiros integram agora a Rede LIRA, que conta com nove projetos em desenvolvimento há mais de um ano, contemplados por outro edital. O objetivo do LIRA é ampliar e dar visibilidade a todas as vozes da Amazônia. Rafael Almeida, analista do Fundo Amazônia/BNDES, também participou do evento e reforçou o potencial da aliança entre as iniciativas. “Essa conexão entre pessoas que estão, de fato, lidando com as questões da floresta é essencial, um legado que vai ficar para o futuro, para além do projeto LIRA”.
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