::cck::644::/cck::
::introtext::
Documentários e curtas-metragens desenvolvidos por pesquisadores em conjunto com tropeiros, quilombolas, pescadores, produtores rurais e jovens estão entre as estratégias da Rastro Ecologia Criativa, produtora de conteúdo educativo e documental, que tem como sócio o ecólogo Gustavo Arruda, especialista em Gestão de Negócios Socioambientais, pelo MBA da ESCAS. “Na Rastro, o nosso diferencial é tornar o processo de se fazer um vídeo uma ação de educação ambiental. O resultado não é a entrega do vídeo, mas a forma como a gente produz o vídeo com a comunidade, alunos e os pesquisadores. Esse é o foco do nosso negócio”, explica o egresso da ESCAS/IPÊ – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade.
O trabalho mais recente de Arruda é realizado na Comunidade Quilombola São Roque, em Praia Grande (Santa Catarina) com o objetivo de fomentar o Turismo de Base Comunitária (TBC) no Parque Nacional dos Aparados da Serra e Serra Geral. “O potencial do turismo na região pode beneficiar cerca de 60 famílias, 170 pessoas quilombolas. Ações de comunicação social e educação ambiental são essenciais para promover o diálogo e a troca de saberes sobre o tema. Essa dinâmica tem muito do que vi o IPÊ desenvolver na Amazônia, durante as aulas do MBA. No curso adquiri uma visão mais profunda da responsabilidade de chegar em uma comunidade, conhecer as expectativas e buscar atendê-las. É preciso estar alinhado com o que aquelas pessoas querem mudar na vida delas. E monitorar se o que você fez atenderá aquela demanda. Os indicadores estão mais presentes no trabalho que desenvolvo, uma vez que são a base do Negócio Social”, pontua Gustavo.
Legenda: Imersão educativa dos alunos da Universidade Federal de Pelotas na Feira Viva, evento promovido pela comunidade quilombola, que contou com apoio da Rastro, Hubittat, ICMBIo e DNIT. Crédito da foto: Acervo Rastro
Para alcançar esse objetivo Gustavo trabalha em duas frentes. “Estamos bem próximos ao Eliseu, uma liderança do quilombo. O maior desafio dele é fazer com que a comunidade queira receber os turistas. Fizemos dois eventos de formação voltados para o Turismo de Base Comunitária (TBC). De maneira paralela, estamos desenvolvendo um documentário sobre os atrativos do Parque como forma de chamar o público”, explica Gustavo. O lançamento do vídeo está previsto para até o fim do ano.
O trabalho na Comunidade Quilombola São Roque é uma parceria entre a Rastro, a Gestão Ambiental da BR-285/RS/SC DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e o Hubittat – Laboratório de Inovação Aberta em Infraestrutura, Mobilidade e Sustentabilidade. As próximas ações inloco serão retomadas após a pandemia.
Estação Ecológica do Taim
Entre as produções da Rastro, após Gustavo concluir o MBA, está o curta Peixe das Nuvens, do Instituto Pró-Pampa. O vídeo tem como objetivo compartilhar informações sobre os peixes anuais, também conhecidos como sazonais, com destaque para a importância da conservação do habitat, que inclui a zona de amortecimento da Unidade de Conservação, onde são desenvolvidas atividades antrópicas. “A pesquisa não chegava à comunidade do entorno e a maior parte dos conflitos acontecia por conta da degradação do habitat. Com o vídeo criamos um diálogo mais sensível e atrativo sobre o tema para as comunidades do entorno”, esclarece Gustavo. Além de produções audiovisuais, em três anos de divulgação científica e de ações voltadas ao turismo educativo foram realizadas excursões e oficinas.
Mas esse projeto reservava mais. “Por conta do trabalho com os peixes anuais, a Rastro passou a integrar o Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção (PAN do Rivulídeos/ICMBio), ajudando a planejar e executar ações de comunicação social que contribuem para a divulgação de pesquisas sobre os peixes e o habitat”, revela Arruda.
De Plano B a Plano A
Há mais de 10 anos, Gustavo conciliava as produções no Rastro com o trabalho em uma empresa da área de Engenharia Consultiva. “Com o MBA consegui organizar a Rastro de forma que hoje eu vivo só da Rastro, tenho contrato de longo prazo e com estabilidade consigo olhar para o horizonte. Durante o MBA, vi que poderia testar novas possibilidades. Me reuni com meu sócio e começamos a testar iniciativas com as quais até então não estávamos à vontade. Fizemos o reposicionamento da empresa, de Rastro Selvagem para a Rastro Ecologia Criativa. Descobri que eu deveria ter medo da inação, não de errar. Existem caminhos para que os sonhos impactem a sociedade e ao mesmo tempo deem estabilidade financeira. Conseguimos ter uma linguagem empreendedora e com propósito”.
Seja aluno da ESCAS também:
Cursos Curtos ou Pós Graduações: cursos@ipe.org.br / whatsapp 11 99981-2601
www.escas.org.br
::/introtext::
::fulltext::::/fulltext::
::cck::644::/cck::