Projeto leva cursos de capacitação e organização comunitária para mulheres do Baixo Rio Negro e Médio Juruá, no Amazonas
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O projeto Navegando Educação Empreendedora na Amazônia, do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, promoveu, nos dias 22 a 26 de agosto, em Manaus, uma série de atividades de capacitação destinadas exclusivamente à moradoras de unidades de conservação do Baixo Rio Negro e Médio Juruá, no Amazonas. A iniciativa reuniu 64 mulheres de 3 UCs: Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, RDS Uacari e Reserva Extrativista Médio Juruá.
Realizado em parceria com a Associação Mãe da RDS Puranga Conquista, Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (SEMA), Produtos Yara Amazonas e o grupo Sitawi Finanças do Bem, organização de soluções financeiras para impacto social, o evento contou com oficinas de artesanato, cursos de Plantas Medicinais e Biocosméticos, rodas de conversas e visita ao Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), em Manaus.
“Esse evento foi muito produtivo. em todos os sentidos. E isso só aconteceu graças a parceria de várias instituições. Além da oportunidade dos cursos de capacitação, essa iniciativa funcionou como um intercâmbio para que mulheres de diferentes comunidades pudessem trocar conhecimentos, trocar experiências e discutir a partir de suas vivências a importância da organização comunitária. E o resultado dessa troca de aprendizados foi o melhor possível”, destaca Fernanda Freda, pesquisadora do IPÊ e mobilizadora do evento.
No curso de Plantas Medicinais e Biocosméticos, realizado durante dois dias na comunidade Bela Vista do Jaraqui, na RDS Puranga Conquista, as participantes aprenderam sobre geração de renda, boas práticas de produção e técnicas de extração de compostos bioativos. No módulo de plantas medicinais as mulheres produziram xaropes e pomadas. No módulo de biocosméticos foram produzidos sabonetes e cremes faciais de mulateiro, creme hidratante de andiroba, e óleo de massagem.
Durante o curso de capacitação também foi firmada uma parceria entre as mulheres da RESEX Médio Juruá, que fornecerão o óleo de andiroba, matéria-prima em abundância na região, para as produtoras de biocosméticos da RDS Puranga Conquista.
Para Quilvilene da Cunha, tesoureira da Associação de Mulheres do Médio Juruá-(ASMANJ) o curso foi uma oportunidade de aperfeiçoar as técnicas de produção e trocar experiências e saberes tradicionais sobre a elaboração de produtos gerados pela floresta. “Essa formação nos ajudou a ter mais noção sobre o aproveitamento de forma sustentável de nossos recursos naturais, principalmente sobre as plantas medicinais que temos dentro da nossa própria unidade de conservação e que muitas vezes não são tão utilizadas quanto deveria”, ressaltou.
Encontro de Mulheres da RDS Puranga Conquista
Durante a semana de atividades também foi ofertado uma oficina de artesanato, onde quatro artesãs da comunidade Terra Preta ensinaram as demais mulheres a confeccionar colares, pulseiras e filtros dos sonhos. Além dos cursos de capacitação, a programação também contou com uma roda de conversa para discutir a importância da organização comunitária entre as participantes.
O encontro de formação, realizado na comunidade Santa Maria, apresentou o histórico de 25 anos de luta da Associação de Mulheres do Médio Juruá -ASMANJ, os projetos realizados na área de geração de renda e bem-estar para as mulheres integrantes da organização e os planos para o futuro da entidade. A oportunidade gerou como encaminhamento a decisão das mulheres da RDS Puranga Conquista de criar a sua própria associação, que deverá ser formalizada nos próximos meses.
“O objetivo agora é mobilizar mais mulheres da RDS para o segundo Encontro, onde elas pretendem organizar uma feira de talentos, com exposição de várias atividades e produtos confeccionados por elas”, explica Fernanda.
Para finalizar a semana de atividades, as produtoras de biocosméticos das UCs atendidas pelo projeto visitaram o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), em Manaus, para conhecer os laboratórios de análises e conversar com os pesquisadores. Além de compreender de perto o processo de produção, a visita também teve o objetivo de firmar parcerias com o CBA na obtenção de laudos técnicos de produtos e na agregação de tecnologias sustentáveis aos negócios produzidos pelas comunitárias.
Navegando Educação Empreendedora na Amazônia – Promovido pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológica na região do Baixo Rio Negro, no Amazonas, o projeto percorre comunidades realizando levantamentos sobre negócios e seus empreendedores para traçar estratégias que possam dar impulso a esses trabalhos. Tudo acontece com suporte do barco escola Maíra I, que navega as águas dos rios para alcançar os moradores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga-Conquista. A iniciativa conta com o apoio do projeto LIRA/IPÊ – Legado Integrado da Região Amazônica e parceria do LinkedIn, a maior rede social profissional do mundo.
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O Giga Gloob celebra o Dia da Amazônia nesta segunda-feira (05) levando diversão, enquanto promove a conscientização da preservação ambiental. O aplicativo infantil da Globo criou uma programação especial, incluindo o lançamento do jogo Missão Amazônia, um desafio interativo que envolve atenção, agilidade e conhecimentos gerais, e do trilho Floresta Tropical, que reúne episódios de séries que levam a uma imersão lúdica no meio-ambiente, a partir do contato com diferentes animais.
Nos países em desenvolvimento, de acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), 40% da força de trabalho no campo é constituída por mulheres. O protagonismo feminino vem ganhando espaço e tem modificado realidades inclusive na agricultura familiar.
A ESCAS/IPÊ – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade o ELTI/YALE – Environmental Leadership Training Initiative da Yale School of the Environment, o Programa de Liderança (Leadership Program) na área ambiental, promovem no próximo dia 1º de setembro, às 18h, o webnário “Liderança Socioambiental no Brasil”. O evento, realizado na plataforma Zoom, destacará iniciativas de conservação socioambiental no Sul da Bahia apoiadas pela parceria entre as duas instituições.
Trainees da empresa Alpargatas, dona da marca Havaianas, visitaram, nos dias 15 e 16 de agosto, a sede do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, em Nazaré Paulista (SP). Na oportunidade, os jovens colaboradores conheceram de perto o trabalho de conservação da biodiversidade, por meio de ciência, educação e negócios sustentáveis, desenvolvido há 30 anos pela instituição.
Reunidos no sítio de sr Geraldo Peixoto, produtor de cacau e café, pequenos produtores rurais que vivem no assentamento Laje, em Alto Rio Novo (ES), falaram sobre desafios socioambientais e sobre os seus sonhos para a região, uma importante área de produção de água e também de alimentos.
A atividade foi liderada por Leonardo Rodrigues, do IPÊ (em pé na foto), que atua com mediação de atividades participativas com comunidades. Segundo ele, o formato é o melhor caminho para que um projeto tenha sucesso. “O caminho ideal é aquele que permite a construção conjunta, a troca de conhecimento e informações entre as pessoas para que a comunidade se reconheça naquele planejamento, entendendo que foram os moradores que escolheram seguir por este ou aquele caminho, e não algo que foi trazido de fora e imposto por alguém. Essa é a base de um relacionamento de confiança entre os envolvidos em um projeto de transformação socioambiental”, explica.
Lançado pela parceria entre a ESCAS/IPÊ e ELTI/YALE – Environmental Leadership Training Initiative da Yale School of the Environment, o Programa de Liderança (Leadership Program) na área ambiental selecionou, em sua primeira edição, quatro ex-alunos para serem apoiados no desenvolvimento de seus projetos de conservação socioambiental no Sul da Bahia.