Indígenas e comunidades tradicionais da Amazônia com baixa conexão à internet vão contar com um Portal que possibilitará por meio de tecnologias abertas, o acesso a uma série de cursos, com foco em atender quem enfrenta os desafios da exclusão digital. Na prática, tecnologias abertas como PWA (Aplicação Web Progressiva), criação de páginas estáticas e otimização de mídia, por exemplo, vão consumir menos internet de quem acessa, o que contribui para que mesmo pessoas com dificuldade de conexão online consigam ter acesso às aulas e aos materiais. O Portal TEIA será desenvolvido em 2025 pelo projeto LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica, do IPÊ, e contará com recurso de chatbot que poderá ser acessado via aplicativos de mensagens.
Nesse contexto, o TEIA passa a integrar o LIRA como tecnologia educacional com potencial de mitigar problemas sociais utilizando tecnologias web aberta. “O Teia contribuirá para o fortalecimento das organizações, conservação da Amazônia e no desenvolvimento de ambientes digitais de aprendizagem mais leves, amigáveis e acessíveis.” destacou Beatriz Cardoso, coordenadora pedagógica do TEIA.
O curso de estreia no Portal TEIA será a Trilha Formativa das Organizações, do Fundo LIRA, sobre letramento digital, liderança, gestão e comunicação. O público-alvo do curso são as 40 organizações que compõem o Fundo LIRA. São representantes de associações e de povos e comunidades tradicionais que buscam implementar ações complementares para promover a participação social na gestão do território e a promoção da bioeconomia, fortalecendo assim as comunidades locais e a floresta Amazônica. O Fundo LIRA é uma parceria entre o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, a Fundação Gordon and Betty Moore e o Fundo Amazônia. No futuro, será possível oferecer por meio da plataforma novos cursos.
O início da jornada
No início deste mês (02 de dezembro), Beatriz Cardoso e Neluce Soares, coordenadora do LIRA, participaram do primeiro encontro de integração entre os projetos selecionados de várias regiões do Brasil. A troca de experiências entre as lideranças dos projetos foi o destaque na busca por soluções para os desafios tecnológicos de suas iniciativas. A partir deste momento, cada organização terá 12 meses para desenvolver suas tecnologias. Durante 2025, estão previstos ao menos mais quatro encontros do grupo, o que tem o potencial de favorecer o compartilhamento de aprendizados até a entrega dos produtos previstos por cada iniciativa.
Saiba mais sobre o TEIA
O TEIA é um dos 20 projetos selecionados da chamada Mover-se na web, uma iniciativa idealizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e executada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), por meio do Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br).