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Oficina de Planejamento Participativo de Propriedades Rurais na região dos Pontões Capixabas

3 de outubro de 202427 de setembro de 2024 Por Carol Campos

Mais de 40 pessoas se reuniram no Rancho Maciel, localizado no assentamento Rosa de Saron, Córrego do Café em Águia Branca no Espírito Santo para a primeira oficina do Projeto Paisagens Climáticas: Planejamento Participativo de Propriedades Rurais. A oficina teve a participação da comunidade local, agricultores familiares, assentados, mulheres, jovens, técnicos extensionistas, professores e representantes de associações de agricultura familiar dos munícios de Águia Branca, Alto Rio Novo e Pancas, na região dos Pontões Capixabas. 

As refeições foram especialmente preparadas por Edileusa e Claudia, ambas lideranças locais, beneficiárias das duas Unidades Demonstrativas que estão sendo implementadas pelo projeto. Através das refeições os participantes puderam experimentar os sabores da região, com destaque para os cafés locais, fornecidos pela Associação Alto-Rionovense de Cafés especiais. 

A primeira atividade foi a apresentação conduzida por Vanessa Silveira, coordenadora do Projeto Paisagens Climáticas. Vanessa apresentou o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, as ações que aconteceram previamente na região através do Projeto Educação, Paisagem e Comunidade (ESCAS – IPÊ) e o Projeto Centro de Educação e Cooperação Socioambiental (CECSA/Clima, patrocinado pelo FNMA), que está em andamento. Durante a oficina, foi enfatizado o potencial da região para o planejamento sustentável das propriedades, destacando a importância da sustentabilidade produtiva. 

Rodrigo, representante do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), abordou a relevância dos cafés especiais, convidando os produtores presentes a explorar essa oportunidade. Muitos cafeicultores demonstraram grande interesse, o que enriqueceu à discussão sobre a o papel da sustentabilidade associada à produção. Cafés com maior qualidade, orgânicos ou agroecológicos e produzido de maneira sustentável, agregam valor ao produto. 

Leitura da Paisagem 

Em seguida os participantes realizaram uma caminhada pela propriedade, com a orientação de Alexandre Uezu, especialista em Ecologia de Paisagem, coordenador de projetos do IPÊ e professor da ESCAS.  Do alto da propriedade, fizeram uma leitura detalhada da paisagem, onde identificaram o caminho da água, as características geológicas e culturais da área e o potencial de transformação da propriedade e entorno. A beleza natural do local foi apontada como uma oportunidade para o agroturismo. 

Durante a atividade foi possível observar o evidente processo de transformação sustentável pelo qual a propriedade vem passando, além do cuidado dedicado pela família de Claudia e Toinzinho. Os benefícios proporcionados pelas árvores levaram a conversas sobre o zoneamento da propriedade, a delimitação das áreas de produção e preservação e como essas zonas podem se interseccionar, especialmente em Áreas de Preservação Permanente (APPs). 

Corredores Ecológicos 

Uezu destacou que pensar a paisagem envolve uma compreensão multiescalar, reconhecendo a importância da paisagem dentro de escalas maiores e em relação a outras regiões. Este é o objetivo do Projeto Paisagens Climáticas, a criação de paisagens multifuncionais inteligentes que garantam a continuidade da produção agropecuária, o bem-estar de seus moradores e a conservação da biodiversidade e serviços ecossistêmicos. 

A presença de animais como aves e onças, que estão perdendo seus habitats naturais, foi citada como um indicador da necessidade de se pensar na construção de corredores ecológicos. O planejamento das propriedades precisa considerar uma escala regional. Isso implica o envolvimento dos vizinhos e da comunidade como um todo. Pensar a paisagem é, portanto, pensar em sua totalidade,  especialmente quando se considera o risco de desertificação da região e os impactos das Mudanças Climáticas. 

Planejamento Rural Participativo: Construindo Coletivamente a Conservação 

A oficina continuou com a apresentação de Gustavo Brichi, Engenheiro Florestal e Técnico Extensionista do IPÊ. Gustavo falou sobre as regiões cafeeiras de São Paulo, que historicamente foram ricas em solo e água, mas que agora enfrentam sérios problemas de degradação. O Espírito Santo pode seguir o mesmo caminho se não houver uma mudança significativa no planejamento, produção e percepção do potencial da região. Embora a região ainda tenha água e solos férteis, esses recursos têm sofrido uma degradação acentuada nos últimos anos. 

Gustavo apresentou exemplos de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Quando o café fica sob a sombra de outras árvores, produz mais e com maior qualidade. Nos SAFs é possível consorciar a produção de café com outras plantas e espécies produtivas, o que gerou grande interesse entre os participantes. Esse sistema produtivo também aumenta o potencial de certificações que podem agregar valor à produção. 

O tema dos créditos de carbono também foi abordado, despertando a curiosidade de vários participantes que relataram dificuldade em acessar informações claras sobre o assunto. Este ainda é um mercado de difícil acesso para pequenas propriedades, mas que pode ser alcançado por meio de projetos coletivos. 

Paisagem em Ação 

Vanessa Silveira apresentou o jogo “Paisagem em Ação” criado pela equipe de Educação Ambiental do IPÊ, através da ESCAS, para o planejamento participativo de paisagens rurais. O jogo despertou o interesse dos participantes, especialmente professores e extensionistas, que demonstraram vontade de utilizá-lo e adaptá-lo às suas necessidades. 

Família anfitriã 

Na propriedade rural a família de Cláudia e Toinzinho produzem café e cacau, tem uma pequena criação de gado, realizam a hospedagem de cavalos e também organizam eventos. Esta é uma das Unidades Demonstrativas que será implementada pelo projeto, apoiando um processo de transformação que servirá de exemplo para a rede que está sendo fortalecida na região. 

Cláudia e Toinzinho também compartilham parte de sua história. Toinzinho ainda trabalha fora como pedreiro, mas tem planos para se dedicar exclusivamente a propriedade. As atividades de gestão e produção são protagonizadas por Claudia, com o apoio das filhas Elisa e Aline. O sítio é motivo de muito orgulho pelo casal, que ampliou as possibilidades da família. 

Na trajetória rumo à construção de sua “propriedade dos sonhos”, que envolve sustentabilidade ambiental e financeira, destacaram a importância do apoio de instituições como o IPÊ, o SENAR e os coletivos regionais nesse processo de transformação. 

Cláudia enfatizou a necessidade de apoio financeiro para facilitar a transição agroecológica, mencionando que, quando as pessoas estão focadas apenas na subsistência, é difícil pensar em alternativas. No entanto, com recursos mais abundantes e apoio técnico é possível planejar e iniciar uma transição para práticas mais sustentáveis. 

Unidades Demonstrativas do Projeto Paisagens Climáticas 

A segunda Unidade Demonstrativa que será implementada pelo projeto é o sítio Vovô João, onde Edileusa, sua mãe e seus filhos tem uma pequena quantidade de gado e produção de cacau. Edileusa Sgrancio falou sobre a chegada do IPÊ e seu processo de autoconscientização em relação a uma nova visão da natureza e produção. Também compartilhou as dificuldades enfrentadas, especialmente pelas mulheres no campo. Com o apoio do IPÊ conseguiram restaurar a esperança, uma palavra fortemente enfatizada pela agricultora. 

Uma terceira Unidade Demonstrativa será o sítio Três Marias. O sítio de Wagner Lopes é uma referência na produção de cafés especiais na região. Será implementada com o apoio do Incaper e da Associação Alto-Rio Novense de Cafés Especiais, a fim de unir e apoiar outros produtores da região. 

Planejamento Participativo 

A última atividade da oficina foi a prática de planejamento. Os participantes se dividiram em grupos para pensar em planos de ação para as três Unidades Demonstrativas. Foram disponibilizados mapas impressos, produzidos a partir de imagens de drone captadas nas semanas anteriores, onde os participantes puderam discutir ideias e possibilidades para o zoneamento das propriedades. 

A leitura da paisagem, as necessidades e desejos das famílias e os referenciais teóricos apresentados foram aplicados no exercício. A troca de experiências e ideias também é um importante instrumento para a adequação ambiental das propriedades, de maneira que estejam de acordo com as diretrizes estabelecidas no Código Florestal e com as ações planejadas para o futuro. 

Após a atividade de planejamento, cada grupo apresentou o mapa elaborado em uma grande roda de conversa. Na atividade de encerramento, as palavras compartilhadas por cada participante foram ainda mais carinhosas e esperançosas do que as compartilhadas na abertura da oficina, mostrando a potência do trabalho em rede.  

O Projeto Paisagens Climáticas é financiado pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima do Governo Federal (FNMC) do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

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