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Agregar diferenciais de sustentabilidade à marca de café da própria família e iniciar o próprio negócio estão entre os principais resultados obtidos pela oceanógrafa Gisela Sertório, a partir do Mestrado Profissional em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável na ESCAS. “O mestrado foi um divisor de águas em muitos aspectos da minha vida”, destaca a mestra pela ESCAS.
Gisela ingressou no Mestrado após a finalização do projeto sobre o peixe-boi-marinho em que atuava como educadora ambiental, na região Nordeste do Brasil. “Regressei para minha cidade natal Franca e estava em busca de um mestrado que ampliasse minha perspectiva da sustentabilidade, do desenvolvimento sustentável. Nesse momento, eu buscava dar um upgrade no meu trabalho, identificar novas oportunidades tanto de conhecimento, quanto de me descobrir também no mercado de trabalho”.
Negócio familiar
Em Franca, no interior de São Paulo, Gisela atuou na marca de café da própria família, a Santoro Cafés Especiais. “Durante cinco anos, trabalhei na área de qualidade e torrefação e comecei a introduzir a questão da sustentabilidade, como por exemplo o Selo Eu Reciclo de compensação da embalagem vinculado à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/2010)”, pontua.
Washington Luís Bueno de Camargo, Gisela Sertorio e Raphael Sallon
No mestrado, durante as aulas de Ana Coelho sobre Negócios Sustentáveis e do Roberto Palmieri sobre certificação da cadeia de custódia (rastreabilidade da procedência), Gisela encontrou o tema para o desenvolvimento da tese de conclusão do curso e que logo depois também contribuiu com o próprio negócio. “O mestrado da ESCAS é muito prático. As aulas da Ana Coelho abriram o horizonte do que é empreendedorismo sustentável. Ela mostrou a partir de uma série de cases de sucesso que mesmo sendo pequeno é possível trabalhar negócios sustentáveis. Já o Roberto Palmieri trouxe a perspectiva dos diversos alimentos sustentáveis no Brasil”, destaca Gisela.
Como trabalho de conclusão de curso, Gisela desenvolveu estudo de como transformar a marca de café da família em negócio sustentável. “Atualmente, a Santoro conta com o selo de indicação de procedência da AMSC – Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana, um aspecto de sustentabilidade do café de origem. Cafeicultores de pequeno, médio e grande porte estão juntos para o fortalecimento de café especial da Alta Mogiana”, explica a mestra pela ESCAS.
Empreendedorismo
No final do mestrado, Gisela conheceu a kombucha – bebida à base de chá verde (Camellia sinensis), fermentada por uma simbiose de bactérias e leveduras microbiologicamente ativas (Scoby). “Comecei a fazer a minha produção artesanal, me apaixonei pela fermentação e passei a sonhar em criar uma marca para ter minha própria história”, destaca. Há um ano, o negócio próprio se tornou realidade. “Solar Kombucha é um modelo de negócio sustentável desde a concepção. Realmente estou muito satisfeita, acredito na Solar tanto na autenticidade do modelo de negócio –na perspectiva do negócio sustentável que traz a origem, o território – quanto na qualidade da bebida que produzo”, completa a CEO.
Segundo Gisela, a SolarKombucha conta com uma série de diferenciais. “Todos os sabores advêm dos produtores agroecológicos da região Alta Mogiana. Com a rastreabilidade dos sabores conecto diretamente o consumidor com os produtores. Tenho o Selo Eu Reciclo de logística reversa da embalagem e também faço logística reversa consciente, estimulando os consumidores a devolverem as embalagens de vidro. Não é só de café que vive a região da Alta Mogiana”.
Angélica Facirolli ( Agroflorestaira), Talita Suzumura ( designer) e Gisela Sertorio. Crédito: Arquivo pessoal.
No momento, Gisela atua na microescala. “Estou no começo, minha produção é local comercializadas em lojas de produtores naturais e também faço venda direta. Muitas vezes tenho fila de espera, isso é um problema, mas estou expandindo, acabei de mudar de espaço para ampliar a produção”. A expectativa é chegar a 500 litros/mês durante o segundo semestre de 2022.
“Para quem está pensando em iniciar o mestrado, diria que o mestrado pode agregar muito na vida dessa pessoa porque realmente a ESCAS tem esse potencial de trazer um conhecimento de alta qualidade sobre diversas perspectivas do desenvolvimento sustentável, da conservação da biodiversidade, da sustentabilidade. Consegui encontrar um caminho para depois replicar no meu próprio negócio, na minha própria história”, Gisela Sertório, oceanógrafa, empreendedora, mestra pela ESCAS.
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