Suzana e Claudio Padua receberam no dia 22 de agosto o prêmio Margot Marsh de Excelência na Conservação de Primatas (The Margot Marsh Award for Excellence in Primate Conservation), durante o Congresso da Sociedade Internacional de Primatologia, que acontece em Chicago (EUA). A premiação, entregue pelo primatólogo Russell Mittermeier, reconhece o trabalho de conservação do mico-leão-preto, iniciado pelo casal no Pontal do Paranapanema há mais de 30 anos e que deu origem ao IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas.
O prêmio foi entregue durante reunião que define, a partir de dados de pesquisas científicas de todo o mundo, quais são os 25 primatas mais ameaçados no mundo entre os anos de 2016 e 2018. Felizmente, o mico-leão-preto não faz parte desta lista e hoje, graças aos esforços do IPÊ e diversos parceiros, encontra-se em uma situação mais esperançosa que há uma década quando era “criticamente ameaçado”, segundo a lista vermelha internacional da IUCN – International Union for Conservation of Nature (União Internacional para a Conservação da Natureza). Atualmente, o mico-leão-preto é uma espécie “em perigo”, segundo a lista e é considerado a espécie símbolo do Estado de São Paulo.
Além dessa conquista, por meio do Programa de Conservação do Mico Leão Preto, que usa pesquisa, educação ambiental e envolvimento comunitário para a proteção do primata na região do Pontal do Paranapanema, o IPÊ também foi uma das organizações que estimulou a criação da Estação Ecológica Mico-Leão-Preto (EE Mico-Leão-Preto), Unidade de Conservação essencial para a conservação da espécie. Outro grande destaque do Instituto para a proteção do mico é também o Corredor de Mata Atlântica criado a partir do plantio de mais de 2,3 milhões de árvores, conectando as principais Unidades de Conservação locais: a EE Mico-Leão-Preto e o Parque Estadual Morro do Diabo. A conexão da paisagem é uma das principais estratégias para a sobrevivência do mico e diversas outras espécies de fauna.