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A história do IPÊ está intimamente ligada à história de conservação do mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus), espécie símbolo do estado de São Paulo e que só existe no oeste paulista. Foi ali que o instituto começou seu primeiro projeto de pesquisa científica para salvar a espécie da extinção, ainda no final dos anos 80, e expandiu seus estudos complementares para o desenvolvimento sustentável na região, com reflorestamento, educação ambiental e geração de renda para a população. Liderando esse movimento estavam Claudio e Suzana Padua (foto), que junto com estudantes e jovens profissionais, fundaram oficialmente o instituto em 1992.
O instituto que começou com menos de 10 pesquisadores conta atualmente com 30 projetos/ano realizados por cerca de 100 profissionais em quatro biomas. Como organização não governamental brasileira, completar três décadas está repleto de significados e, mesmo diante de tantos desafios, o IPÊ reforça os princípios e valores que norteiam todas as ações desde o início. Todos os estudos do IPÊ são desenvolvidos em campo, em busca de soluções para desafios da sociedade, em especial de produtores rurais, comunidades tradicionais e indígenas, com benefícios que vão além dos limites dos territórios em que atuamos.
Para o instituto, desde o início, ficou evidente que para conservar a biodiversidade era preciso mobilizar comunidades, estudantes, lideranças locais, o poder público e despertar o interesse de potenciais apoiadores e financiadores. Nessa direção, o IPÊ estabeleceu um modelo que tem na Educação Ambiental e no estabelecimento de Parcerias aliados da pesquisa científica de aplicação prática. Todos os anos o IPÊ beneficia 12 mil pessoas diretamente com nossas ações na Mata Atlântica, no Cerrado, no Pantanal e na Amazônia.
Atuamos em rede
Temos muito orgulho de nossa rede, afinal não fazemos nada sozinhos. Doadores, financiadores, apoiadores, conselheiros, instituições pares e comunidades sempre foram e são fundamentais nesse processo que envolve crescimento, evolução e resultados. Parceria na história do IPÊ – com órgãos públicos, universidades, terceiro setor e com a iniciativa privada – é uma questão central para o ganho de escala com resultados que beneficiam a todos, afinal, compartilhamos com a biodiversidade um só planeta.
Com a iniciativa privada, contamos com cerca de 20 parcerias. Em 18 anos, lançamos junto com as Havaianas 17 coleções de adulto e 04 voltadas ao público infantil que valorizam a biodiversidade brasileira. Até o momento, 57 espécies da fauna brasileira foram retratadas. Iniciativas como essa reforçam nossas ações e levam a mensagem de como é estratégico conservar a nossa biodiversidade para um público cada vez mais amplo.
Nossa trajetória e os próximos passos
Como forma de contribuir com o ganho de escala de ações na área da sustentabilidade no Brasil e no exterior, o IPÊ criou a ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade com cursos curtos, de pós-graduação e mestrado profissional (conceito 4, CAPES, 4-5). Foi a primeira ONG a ter um Mestrado na área de conservação da biodiversidade, em 2008. Mais de 7.000 profissionais já se formaram nos cursos da ESCAS.
Os 50 prêmios entre nacionais e internacionais conquistados pelos pesquisadores e pelo instituto – entre eles Whitley Gold Award (2020, 2015, 2008), Empreendedor Social Folha SP e Schwab Foundation (2009), UBS Visionaris Global (2019), Prêmio Ford (2009) Melhores ONGs para se Doar (2017) – reforçam que estamos no caminho.
Próximos passos
Diante dos resultados obtidos até o momento ampliamos nossa meta, confira os resultados que esperamos atingir em 5 anos: 20 mil pessoas diretamente beneficiadas/ano, alcançar os 9 mil profissionais capacitados pela ESCAS, beneficiar 380 famílias/ano, formar 300 mestres.
Nossos grandes objetivos são também tirar todas as espécies com as quais atuamos diretamente da lista vermelha de ameaçadas de extinção ou melhorar a sua classificação nessa lista. Além disso, em 30 anos, queremos alcançar a marca de 150 milhões de árvores plantadas.
Restauração de florestas, proteção de cursos d’água, conservação de espécies e desenvolvimento sustentável são todas medidas que somam esforços no combate às mudanças climáticas e contribuem com o equilíbrio do planeta; o que ficou ainda mais evidente no contexto da pandemia de Covid-19.
Apoie essa causa doando agora para o IPÊ
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