Cerca de 25 representantes de associações de base local indígenas e extrativistas que compõem o Fundo LIRA participaram do módulo 4 Noções Básicas em Gestão de Negócios Comunitários Sustentáveis, da Trilha Formativa, no início de outubro (02 a 04), no Centro de Cultura e Formação Kanindé, em Porto Velho/Rondônia.
O Fundo LIRA é uma parceria entre o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, a Fundação Gordon and Betty Moore e o Fundo Amazônia, com objetivo de aportar recursos financeiros para associações representantes de povos e comunidades tradicionais que exercem seus propósitos como guardiões das florestas. Cada projeto pode receber até R$ 150 mil e o prazo para utilização do recurso é de 12 meses.
Em comum os projetos do Fundo LIRA buscam implementar ações complementares que promovem a participação social na gestão do território e a promoção da bioeconomia, fortalecendo assim as comunidades locais.
Neluce Soares, coordenadora do LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica, do IPÊ, destaca a importância do módulo para ampliar os conhecimentos sobre como planejar e fazer a gestão de negócios comunitários. “Esse módulo é fundamental para que as organizações participantes tenham mais informação prática para gerir os próprios negócios comunitários de forma sustentável e eficaz”.
Os participantes da Trilha contaram dessa vez com conhecimentos sobre: reflexão sobre as fortalezas, fragilidades, ameaças e oportunidades das cadeias produtivas; experiências de sucesso; precificação e comercialização dos produtos.
A Trilha Formativa iniciada em 2022 apresenta e discute temas relacionados ao fortalecimento institucional das organizações extrativistas e indígenas apoiadas pelo Fundo LIRA. A formação teórica-prática conta com 7 módulos de 64 horas ao todo. A Trilha é híbrida com encontros presenciais e virtuais, aulas com especialistas, incluindo debates com lideranças e discussões em grupos de trabalho.
Os próximos passos incluem o módulo sobre Comunicação, Captação de Recursos e a apresentação dos resultados no evento Legado Amazônico, em novembro.