Em 2017, pelo terceiro ano consecutivo, o IPÊ foi beneficiário do Polen, uma startup que busca facilitar e simplificar o ato da doação pelas pessoas. Ao fazer a compra de produtos por meio de um plugin ou por meio do site da iniciativa, o cliente escolhe uma Organização da Sociedade Civil (OSC) para a qual o Polen irá direcionar uma doação – feita pela loja/empresa da qual a pessoa está comprando. Ou seja, a doação não custa nada a mais na compra da pessoa. Doa-se sem gastar! No ano passado, foram repassados R$60 mil para as OSCs brasileiras cadastradas. A startup alcançou 10 mil potenciais doadores, que utilizam a ferramenta, e dobrou o número de OSCs cadastradas, que hoje é de 250.
Renata Chemim, co-fundadora do Polen, é otimista com relação ao crescimento desse movimento de doação. “Não tenho dúvidas de que o interesse em participar de movimentos como esse tem aumentado, principalmente quando é relacionado à marcas sendo solidárias/responsáveis socialmente. O consumidor tem exigido posicionamento de suas marcas preferidas, o que vai totalmente a favor da corrente que estamos gerando. Além disso, ferramentas que facilitam a interação entre público/OSCs vão ser cada vez mais utilizadas, em um mundo onde pedir um táxi ou comida não precisa de mais que um clique, doar não pode ser diferente”, afirma.
A inciativa surgiu a partir de um sonho de Renata e seu parceiro Fernando Ott em fazer algum movimento que pudesse impactar a sociedade de alguma maneira. Com a experiência de Fernando no e-commerce e de Renata em produção cultural, passaram a ver a responsabilidade social como um diferencial de vendas. “O nosso maior desafio foi fazer as pessoas acreditarem que a gente estava falando sério. Em 2014 era difícil convencer porque não existia isso no Brasil ainda”, conta Renata.
Após quatro anos de muito trabalho e da implantação de novas estratégias, a startup tem agora o objetivo de consolidar-se como um instrumento de impacto social para o varejo. As metas são melhorar o sistema, dobrar o número de usuários, trazer as 100 melhores OSCs do Brasil para o portifólio, além de gerar mais conteúdo relevante para as instituições apoiadas.
“Cada dia mais as pessoas, principalmente as novas gerações, estão interessadas em fazer o bem, em devolver algo para a sociedade e fazer a diferença. As pessoas querem ter propósito nas suas vidas e tudo isso passa pelo ‘doar algo seu para alguém’. Gosto de fazer parte desse momento em que o interesse, vontade e principalmente cobrança por transparência cresce a cada dia”, conclui Renata.