Mais de 2.000 km percorridos de bicicleta, cerca de 550 km de caminhada e 300 km de corrida, em duas semanas, revelam o potencial de mobilizar colaboradores por uma causa, em tempos de pandemia, mesmo a distância. Os quase 3.000 km de atividade física dos colaboradores da EDP foram transformados pela empresa na doação de 1.000 mudas de árvores nativas da Mata Atlântica ao IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas.
O estímulo à atividade física – via o aplicativo Km Solidário – teve como ponto de partida o Dia Mundial da Energia, celebrado em 29 de maio, e alinhou uma série de frentes da empresa: voluntariado, sustentabilidade e qualidade de vida. “Nossa comunicação foi muito focada no Doe Sua Energia. A meta inicial era de 1.000 Km de atividade física, entre 24 de maio e 06 de junho. Tivemos alto engajamento dos funcionários, com comprometimento acima da média”, revela Janaína Pedroso Pires de Araújo, da área de Engajamento da EDP.
O desafio Doe sua Energia despertou o interesse de colaboradores já praticantes de atividade física e daqueles que participaram exclusivamente pela doação das mudas de árvores ao IPÊ. “Tivemos pessoas que correram um quilômetro para contribuir com a doação. Ao mesmo tempo mobilizamos também os funcionários já corredores. Temos um grupo de corrida consolidado no Brasil e conseguimos fazer esse link com a parte de voluntariado. A experiência foi bem positiva”, conta Janaína.
Como funciona?
A iniciativa está entre as primeiras ações B2B desenvolvidas pela equipe do Km Solidário, como revela André Kok, fundador e sócio do aplicativo que organizou a ação. “Quando começamos a conversar com a equipe da EDP, pelo envolvimento da empresa com o universo da corrida e pelo trabalho na área de sustentabilidade surgiu a ideia de beneficiar o IPÊ com o plantio de árvores”. O IPÊ é a organização não governamental representante da causa socioambiental no Km Solidário.
Voluntariado e Sustentabilidade
Janaína de Araújo, da EDP, chama a atenção para o papel central dos colaboradores em iniciativas como essa. “A ação depende 100% dos funcionários, eles precisam baixar o aplicativo e realizar a atividade. Nos primeiros dias, acompanhamos diariamente os números, por conta da meta e para avaliar a necessidade de uma comunicação mais forte. Mas o engajamento foi muito rápido. Doar não é apenas doar recursos, queremos desmistificar isso. É possível doar tempo e também a própria energia”, comemora.
Para Açucena Tiosso, da área de Sustentabilidade e Meio Ambiente Corporativo da EDP, a ação também ajuda na estratégia da empresa voltada à conservação da biodiversidade. “Posicionamos a biodiversidade como elemento essencial às operações do negócio e à nossa geração de valor. O eixo da Atuação Voluntária destaca que os colaboradores podem atuar juntamente com EDP, em diversas ações de conservação da natureza”.
A analista em Sustentabilidade, da EDP, também pontua o alinhamento direto da ação com duas entre as cinco metas assumidas pela empresa com a adesão ao Compromisso Empresarial Brasileiro para a Biodiversidade. “Até 2022, queremos envolver 100% das Unidades de Negócio em ações da estratégia de biodiversidade e, também, aumentar o número de voluntários em ações de biodiversidade”.
Para Andrea Peçanha, coordenadora da Unidade de Negócios do IPÊ, a expectativa é a de que parcerias como essa entre EDP, KM Solidário e IPÊ inspirem mais empresas. “Muito obrigada a todos da EDP que doaram literalmente a própria energia e que vão contribuir dessa forma com os projetos desenvolvidos pelo IPÊ. O plantio que será realizado no Sistema Cantareira beneficiará também pessoas que recebem a água do Sistema na cidade de São Paulo e na região metropolitana. A sociedade é a maior beneficiária de atitudes como essa”. O IPÊ já plantou mais de 370 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, em conjunto com a iniciativa privada e com pessoas físicas, e segue plantando.
Próximos Passos
Os colaboradores da EDP vão receber notícias sobre o desenvolvimento das mudas que eles doaram ao IPÊ. Atualmente, o Instituto está na fase de produção das mudas no viveiro escola, localizado em Nazaré Paulista (SP). Na temporada de chuva, de outubro a março, as mudas serão plantadas nas proximidades do Reservatório Atibainha, que integra o Sistema Cantareira. As mudas serão monitoradas de perto pela equipe do IPÊ por no mínimo dois anos.