ARR CORREDORES DE VIDA é finalista do prêmio SP Carbono Zero
O Projeto ARR Corredores de Vida, uma iniciativa do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas em parceria com a Ambipar, que conta com a AstraZeneca como principal investidora, está na disputa pelo reconhecimento como Melhor Iniciativa no Prêmio SP Carbono Zero, promovido pela SEMIL (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo).
O projeto já venceu na categoria Restauração Ecológicas, em uma seleção com votação mista e multidisciplinar, e assim garantiu vaga na disputa final. Na mesma categoria, o Instituto de Conservação Costeira com o projeto Restaura Litoral Norte e Eco Urbis Ambiental com o projeto Desafios e Superação de Áreas Degradadas, a Sucessão Ecológica ficaram com o segundo e o terceiro lugar, respectivamente.
Agora, na etapa final, é possível participar da votação popular até 31 de outubro e escolher a Melhor Iniciativa entre os primeiros colocados das quatro categorias: Transição Energética; Restauração Ecológica; Circularidade; Mobilidade Sustentável.
Além do Projeto ARR Corredores de Vida, do IPÊ, em parceria com Ambipar e financiamento da Astra Zeneca concorrem: CPFL nos Hospitais, Reimaginando o Futuro Sustentável e Circuum Navegação da Baixada Santista.

O escolhido será anunciado na programação do Summit Agenda SP + Verde, organizado pela SEMIL, no início de novembro, no Parque Villa Lobos, também em São Paulo.
Agenda SP + Verde
O anúncio foi feito durante evento promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística – na segunda-feira 29/09, na Casa Fasano, em São Paulo/SP. Além dos finalistas do Prêmio SP Carbono Zero, o evento marcou o lançamento do Programa de Restauração Ecológica em terras públicas com cessão de créditos de carbono e de biodiversidade. “Em 2023, criamos nosso Plano de Meio Ambiente, já plantamos 24 mil campos de futebol e queremos fazer mais”, destacou Natália Resende, secretária de Estado do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.

Laury Cullen Júnior, diretor do Projeto ARR Corredores de Vida, do IPÊ, ressalta como o projeto também têm possibilitado avanços para a comunidade. “Esse prêmio vem em uma ótima hora para reconhecer a importância desse famoso tripé CCB – Clima, Comunidade e Biodiversidade. Ele traz a solução baseada em pessoas e revela a importância da restauração para geração de renda, qualidade de vida e segurança alimentar para as pessoas que vivem na Mata Atlântica do Oeste Paulista.
O Projeto ARR Corredores de Vida mobiliza cerca de 20 empresas locais de plantio e manutenção de mudas, alta de 63% de 2023 para 2024. Somando os profissionais que atuam nessas empresas com as equipes dos 13 viveiros comunitários de árvores nativas do bioma fomentados na região, cerca de 340 pessoas são beneficiadas diretamente.
Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ, compartilhou o significado de mais esse reconhecimento. “Estou saindo super orgulhoso, esse resultado é trabalho de muita gente. É muito importante reconhecer que há várias pessoas engajadas, de um trabalho coletivo, que envolve não apenas a equipe do IPÊ do Pontal do Paranapanema, mas também muitos dos atores da região. Desde quem coleta sementes até o plantio final, esse evento vem para celebrar essa conquista”.
Durante o evento, Natália também anunciou o Plano de Empregos, Carreiras e Salários da Fundação Florestal, responsável pela gestão das áreas verdes estaduais que respondem por 20% do território paulista. Ente os destaques: correção salarial de 56% a 99% para cargos como gestor, guarda-parque, agente, técnico e analista e o concurso público em preparação.
História com a comunidade e ganho de escala
O Projeto ARR Corredores de Vida é um desdobramento de uma iniciativa pioneira do IPÊ que completou 25 anos em 2025, no extremo oeste Paulista, região do Pontal do Paranapanema. Chamado inicialmente de Corredores da Mata Atlântica, já em 2011, o projeto havia plantado o maior corredor florestal do bioma, com 12 km, 2,4 milhões de árvores, em parceria com uma fazenda local, apoio da iniciativa privada e envolvimento da comunidade local, por meio de pequenos negócios envolvidos na cadeia da restauração. Sempre conectado às necessidades socioeconômicas locais, o projeto desenvolveu viveiros comunitários com pequenos produtores e assentados rurais, que encontraram na atividade uma fonte de renda sustentável. A história de sucesso do projeto, que já havia rendido reconhecimentos no Brasil e no mundo, se deve pela inovação de dialogar com todos os setores, governo, empresas privadas, população local e fazendeiros, estreitando relacionamentos em favor da biodiversidade local, considerando os múltiplos interesses desses atores e contribuindo para escrever uma nova história para a região, tão afetada pela degradação ambiental de décadas.

Ao longo dos anos, o projeto passou a se chamar Corredores de Vida e, em 2021, recebeu um impulso importante, ampliando a sua escala, por meio da parceria com a Ambipar. Com a parceria, a abrangência do projeto passou de 7 para 30 municípios. Os plantios são orientados pelo Mapa dos Sonhos, um estudo desenvolvido pelo IPÊ que identificou as áreas-chave para a conectividade da fauna. Na nova fase, o diferencial é a restauração florestal vinculada à geração de créditos de carbono, por isso, o ARR foi acrescentado ao projeto. Até 2029, o IPÊ contribuirá com a conversão de 75.000 hectares de áreas de passivos ambientais de propriedades privadas em áreas restauradas com cerca de 150 milhões de novas mudas de árvores.
Para Soraya Pires, Head Global de Soluções em Carbono da Ambipar, receber este prêmio da SEMIL é um reconhecimento ao esforço conjunto de todos os parceiros que acreditam no poder das soluções baseadas na natureza. O Projeto ARR Corredores de Vida, desenvolvido em parceria com o IPÊ, vai além de um programa de restauração florestal: é uma iniciativa que contribui diretamente para a mitigação das mudanças climáticas, para a conservação da biodiversidade e, sobretudo, para a geração de impacto social positivo nas comunidades locais. A Ambipar, com sua trajetória sólida e integridade reconhecida, reafirma seu papel de referência internacional ao impulsionar este movimento em escala, garantindo resultados consistentes, transparentes e de alto valor socioambiental. Esta conquista reforça a importância de unir ciência, inovação e parcerias estratégicas na construção de modelos sustentáveis capazes de acelerar a transição climática e consolidar um legado de impacto positivo para as pessoas, para os negócios e para o planeta.
Até o momento, o Projeto ARR Corredores de Vida já restaurou, com financiamento da AstraZeneca, 3.566 hectares, são mais de 6 milhões de mudas de árvores já plantadas. Até a metade do próximo ano, plantaremos com recurso da AstraZeneca mais 2.654 hectares, mais 4,7 milhões de mudas. No total, até 2041 nos, essas árvores vão responder por 2,4 milhões de toneladas de CO2e. A
A restauração florestal da Mata Atlântica na região no Pontal do Paranapanema – por meio do plantio de mudas, enriquecimento ou condução da regeneração – contribuirá em 20 anos (2021 – 2041) com a absorção de 29 milhões de toneladas de CO₂e.