A COP16 da Biodiversidade, em Cali, Colômbia, ficou sem uma conclusão sobre as medidas para financiamento de ações de proteção à biodiversidade e das metas estabelecidas globalmente. Por falta de quórum e de entendimento entre países do norte e sul global, essa pauta foi suspensa e voltará a ser debatida entre 25 e 27 de fevereiro, em Roma, Itália.
Mais uma vez, os países vão debater sobre como irão mobilizar os cerca de US$ 200 bilhões anuais (mais de 1,2 trilhão) até 2030 para investirem em atividades de conservação da biodiversidade. A proposta é que esse recurso venha da iniciativa privada e governamental. Também está em debate a redução – ao menos U$500 bilhões – dos incentivos econômicos que são prejudiciais à manutenção da biodiversidade.
Para entender mais: o financiamento para ações de conservação da biodiversidade no mundo é um dos temas que mais dão trabalho aos negociadores. Existe um compromisso global de captar pelo menos US$200 bilhões anuais e aumentar os fluxos financeiros internacionais de países do norte para o sul global para pelo menos US$ 30 bilhões por ano, até 2030. Entretanto, mesmo com o acordo definido, o valor disponível de fato para execução de ações de regeneração, conservação e restauração de ecossistemas é ínfimo e caminha a passos muito lentos, tamanha urgência frente à perda de biodiversidade no mundo.