O treinamento sobre técnicas de coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes é uma prática que vem sendo impulsionada pelo projeto “Educação, Paisagem e Comunidade”, realizado pela ESCAS/IPÊ em quatro assentamentos rurais no Espírito Santo (ES), nos municípios de Alto Rio Novo e Águia Branca.
A coleta de sementes é uma das ações que mais impactou de forma positiva a renda familiar de cerca de 30 famílias de assentamentos em Alto Rio Novo nos últimos seis meses. A iniciativa, feita em parceria com a Rede de Sementes e Mudas da Bacia do Rio Doce, ganhou um reforço com o curso sobre gestão e comercialização dessas sementes. Realizado em março, o curso abordou questão importantes como marcação das matrizes, avaliação da qualidade, retirada de sementes, associações, RENASEM e governança.
Amanda Reis, do assentamento Laje, em Alto Rio Novo, já coleta sementes em seu lote e localidades. Para ela esse reforço de conhecimento foi importante, além das discussões sobre modelos de coleta, como a coleta de sementes feita coletiva. “Eu acho um desafio essa coleta em grupo, mas vamos avaliar se vai dar certo. Eu gostei do curso. Aprendi sobre como colher algumas sementes que eu não fazia ideia sobre como fazer”, diz ela, que vai poder agora aumentar a variedade de sementes no momento da coleta.
A coleta de sementes é um meio de obter renda, já que são comercializadas com projetos de reflorestamento do bioma, como já acontece com a Rede de Sementes. A atividade também chama atenção dos mais jovens e, por isso, deve ser incentivada, como afirma Vanessa Silveira, coordenadora de educação e mobilização do projeto,
“Temos visto um interesse crescente entre os jovens assentados na atividade de coleta de sementes. É algo que requer baixo investimento, mas merece um olhar para organização e gestão. Acreditamos muito nisso como potencial de atividade com a juventude, que busca inovação no campo e retorno financeiro”, diz.
O projeto “Educação, Paisagem e Comunidade” tem apoio financeiro da Fundação Renova.
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