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“Sou administrador por formação e, apesar de sempre ter me interessado por empreendedorismo, acabei me tornando servidor público. Há cinco anos trabalho como administrador no Ministério da Saúde.
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Um dia, assistindo uma palestra TED, vi Michael Porter, professor de estratégia da Universidade de Harvard, propondo que, para que os problemas sociais do mundo tivessem solução, seria fundamental que o modelo de negócio das empresas promovesse essa solução. Desde então estava com a ideia de montar um negócio social em mente.
Minha história com o IPÊ, contudo, começou por acaso. Havia comprado uma revista Exame, sobre os Bilionários com Causa. Pesquisando sobre os negócios sociais citados na reportagem, de um site, fui descobrindo outros, e a sorte me fez esbarrar com a notícia do curso de pós da ESCAS. Não sei se foram as fotos do ambiente bucólico do sítio, mas precisei de menos de um segundo para decidir me inscrever. Poucas vezes tomei uma decisão por impulso tão acertada.
Ser aluno do IPÊ me fez lembrar Jorge Paulo Lemann falando sobre ser aluno de Harvard: “não é o que você aprende, é o que você absorve”. Segundo ele, frequentar aquele campus e conviver com pessoas altamente capazes leva o indivíduo a buscar a excelência.
No IPÊ, tenho aula com profissionais que são expoentes nas áreas acadêmica, empresarial, social e ambiental. Muitas vezes, a convivência com estes profissionais extrapola o ambiente da sala de aula, e é possível não só absorver conhecimentos como também valores.
Além disso, meus colegas de turma, apesar das variadas formações, histórias e áreas de atuação, são todos, de alguma forma, pioneiros. Seres humanos de grande valor, abertos a novas ideias e cheios de experiências para compartilhar, sempre dispostos a contribuir comigo e com o mundo, propiciando uma convivência sempre enriquecedora. E a convivência logo evoluiu para uma relação de amizade. (Hoje, não por acaso, nosso grupo de whatsapp se chama “Família IPÊ”).
Outra coisa única é a rotina de aulas. Como dormimos, assistimos aula e fazemos a refeição no sítio, sem que precisemos enfrentar trânsito a cada dia, o rendimento dos alunos aumenta muito. Não poucas vezes, a turma levou o professor a prolongar a aula por mais de duas horas. Dificilmente nos sentimos cansados após vários dias seguidos de aula.
Uma colega disse uma vez: “eu não sei se estou me sentindo num retiro estudantil ou numa terapia profissional”.
Me sinto privilegiado e grato por tudo que tenho vivido no IPÊ. Espero poder retribuir ao IPÊ e ao mundo por tudo que tenho recebido. Minha vontade é montar um negócio socioambiental de alto impacto e grande escala. Ainda tenho um ano de curso para descobrir como. Com certeza será um grande desafio, mas, estando aqui, o desafio será um prazer”
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