No intuito do aprimoramento dos serviços e produtos alimentícios das Comunidades do Baixo Rio Negro, o IPÊ organizou, em parceria com o Serviço Nacional da Aprendizagem Comercial (Senac), uma oficina para ensinar a técnica de amanhar (tratar, tirar espinha, preparar filé) peixe, que aconteceu no último dia 20 de novembro. Esta é a segunda oficina realizada pelo Centro de Turismo e Hospitalidade – CTH do Senac, a primeira oficina tratou sobre as boas práticas na manipulação de alimentos.
A atividade foi realizada na base da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé e contou também com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAS). Cerca de 30 pessoas que fornecem alimentação para visitantes do Roteiro Tucorin, das comunidades São Sebastião, Bela Vista do Jaraqui, Três Unidos, Nova Esperança, Julião, São João do Tupé e Colônia Central, participaram da oficina.
Os docentes dos cursos profissionalizantes do Senac, Williana da Silva e Michel Brito, foram os responsáveis por conduzir a oficina. Espécies como tambaqui, matrinxã, jaraqui e tucunaré, pescados pelos próprios comunitários, foram as peças utilizadas na oficina, que focou no ensino da técnica de retirar a espinha do peixe.
Segundo a pesquisadora do IPÊ, Nailza Pereira, a necessidade da oficina se manifestou durante visitas às comunidades. “Sempre que nós falávamos em melhorias na alimentação do visitante eles apresentavam essa vontade de aprender a tirar a espinha”, lembra.
Para Michel, ao aprender a técnica e aperfeiçoar em casa, os ribeirinhos podem inovar nos pratos e assim melhorar os serviços e produtos oferecidos pelos empreendimentos. “Pra quem vive aqui é fácil tirar a espinha, mas os turistas e visitantes não possuem a prática e precisam de auxílio muitas vezes. Servir pronto pra consumo a essas pessoas é uma atração e pode agregar valor ao produto”, destacou.
Saiba mais: https://ipe.org.br/blogecopolos/senac-realiza-oficina-de-amanhar-peixe-em-parceria-com-ipe/