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Cerca de 60 pessoas, entre a equipe do projeto Corredores de Vida, do IPÊ, profissionais que atuam nas Unidades de Conservação da região, além de viveiristas, lideranças das empresas que realizam os plantios do IPÊ e produtores rurais estiveram reunidas na Fazenda Estrela, em Teodoro Sampaio, na quinta-feira (21/07), para celebrar o plantio de 1 milhão de árvores, no primeiro semestre de 2022.
Ao todo, o IPÊ já plantou 5,5 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica na região do Pontal do Paranapanema, no extremo Oeste Paulista. Entre essas árvores, 2,4 milhões formam o maior corredor florestal já restaurado na Mata Atlântica, que conecta as Unidades de Conservação Parque Estadual Morro do Diabo e Estação Ecológica Mico-Leão-Preto.
Laury Cullen, coordenador do projeto Corredores de Vida/IPÊ, destacou a abrangência dos benefícios gerados pela restauração florestal. “O trabalho de restauração florestal que o IPÊ realiza em conjunto com parceiros é baseado no tripé CCB – Clima, Comunidade e Biodiversidade. Enfatizo que na esfera Clima, as florestas neutralizam carbono, o que contribui para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Em relação à Comunidade, é notável a geração de emprego nas comunidades locais com aumento da renda. Quanto à Biodiversidade, restauração florestal e gestão de paisagem contribuem com a conservação da flora e da fauna, e assim com toda a biodiversidade”. O mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) espécie ameaçada de extinção e foco de projeto do IPÊ também está entre as espécies beneficiadas pelas ações de restauração.
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A importância das parcerias
Maria das Graças de Souza, educadora ambiental do IPÊ, lembrou o início das atividades do IPÊ na região e a importância das parcerias. “Começamos plantando pequenas quantidades e estamos aqui comemorando o plantio de 1 milhão de mudas nativas em um semestre. Agradeço às pessoas dos setores públicos e privados que acreditaram no nosso trabalho”.
Eriqui Inazaki, gestor do Parque Estadual Morro do Diabo, também prestigiou o encontro. “O trabalho do IPÊ é de grande relevância para a região e os resultados com a restauração florestal são visíveis”.
Maria Regina dos Santos Santos, proprietária do Viveiro Mata Nativa, contou sobre os resultados atingidos com o próprio negócio. “Montei meu viveiro em 2021, comecei produzindo 80 mil mudas/ano e atualmente já são 500 mil mudas/ano. Meu crescimento está relacionado a essas grandes áreas de plantio do IPÊ”.
Marta Aparecida da Silva, sócia na Mafran Ambiental Consultoria – que realiza ações de restauração para o IPÊ, ressaltou como é fazer parte dessa história. “É gratificante saber que eu e minha empresa fazemos parte desse grande plantio”. Edmilson Bispo, sócio na Bispo Serviço de Restauração Ecológica, também seguiu nessa direção. “O IPÊ plantou uma sementinha na minha vida quando tive a oportunidade de trabalhar no viveiro de mudas nativas na comunidade de Ribeirão Bonito, em Teodoro Sampaio. Anos depois, estou aqui como sócio na Bispo, plantando florestas”.
Na sequência, para celebrar mais 1 milhão de mudas na região do Pontal do Paranapanema, no primeiro semestre de 2022, os participantes plantaram novas mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, como pau d’alho (Gallesia intergrifolia), sangra d’água (Croton urucurana) e mutambo (Guazuma ulmifolia) na propriedade que sediou o encontro.
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Crédito da foto: JRPireni
Sobre o projeto
A iniciativa dos Corredores de Vida, do IPÊ, já plantou 5,5 milhões de árvores no Pontal do Paranapanema. O projeto acontece há mais de 25 anos e envolve uma série de parceiros nacionais e internacionais.
Em 2021, o IPÊ expandiu seus esforços em parceria com a Biofílica Ambipar Environment com o projeto Projeto AR Corredores de Vida (Carbono) que visa a geração de créditos de carbono a partir da restauração florestal da Mata Atlântica na região no Pontal do Paranapanema, no extremo Oeste Paulista. A expectativa é atrair empresas interessadas na geração dos créditos de carbono. Ao todo, entre restauração, por meio do plantio de mudas, enriquecimento ou condução da regeneração, o projeto vai contribuir com a conversão de 75.000 hectares de áreas de passivos ambientais de propriedades privadas em áreas restauradas com cerca de 150 milhões de novas mudas de árvores.
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