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Em junho, o IPÊ iniciou a primeira etapa de intervenção para os PIPs (Projeto Individual da Propriedade). A ação aconteceu em uma das quatro áreas modelo do projeto “Educação, Paisagem e Comunidade”, a propriedade de Maria da Piedade de Souza e Claudemir Souza, conhecido como Pombinho. O casal é morador do assentamento Rosa de Saron, no município de Águia Branca (Espírito Santo).
“Essa é uma área onde foi realizado piqueteamento, que é somente uma das etapas do PIP, e consiste em separar a área onde haverá intervenção que o assentado deseja realizar. No caso dessa propriedade, eles irão implementar uma modalidade de Sistema Agroflorestal (SAF)”, afirma Edmilson Teixeira Júnior, extensionista rural do IPÊ.
Ações semelhantes ainda vão acontecer em outros três lotes modelo, nos assentamentos Laje, Beija-Flor e Boa Esperança, em Alto Rio Novo, também no ES . Para iniciar os PIPs, os lotes primeiramente passam por estudos que avaliam quais são áreas prioritárias ou de ARH’s (Áreas de Recarga Hídrica), juntamente com as chaves de intervenção utlizadas no campo. Isso é importante porque os assentamentos locais contribuem amplamente com a recarga hídrica da bacia do Rio Doce.
Os modelos de SAFs (Sistemas Agroflorestais) planejados para essas áreas, fazem parte de um conjunto de estratégias que melhoram o solo, a biodiversidade local e a produção de água. Nos assentamentos modelo, são muito importantes porque podem ajudar a restaurar principalmente áreas de recarga hídrica e remanescentes em estágio inicial de regeneração.
“Os projetos individuais de propriedade são feitos de forma participativa, sempre de acordo com os interesses dos assentados e suas condições de manejo, no intuito de promover alternativas de diversificação da renda familiar e benefícios ao agroecossistema como um todo”, afirma Vanessa Silveira, educadora ambiental do IPÊ.
Além da renda, iniciativas como essa ajudam o assentado a adequar a propriedade. “A ideia é ter uma atividade para gerar renda, mas também para se adequar à lei, no caso de Áreas de Preservação Permanente de córrego, onde a faixa de restauração é de no mínimo de 5 metros em cada lado das margens”, comenta Edmilson.
Na etapa de piqueteamento também é realizado um trabalho de coleta de dados brutos em campo, que vai se transformar em um compilado de informações geográficas através do aplicativo FieldMaps. Com isso, será formado um banco de dados sobre a área a ser restaurada, facilitando a implementação e execução do trabalho de campo.
O projeto “Educação, Paisagem e Comunidade” é uma iniciativa da frente de Integração Escola e Comunidade, do IPÊ e da sua escola, a ESCAS. Conta com financiamento da Fundação Renova.
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