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Com o objetivo de estimular o voluntariado em Unidades de Conservação e o compartilhamento de experiências e boas práticas, o IPÊ realizou neste mês (20 e 21) o I Encontro de Boas Práticas em Voluntariado em Unidades de Conservação, de forma 100% online.
Angela Pellin, pesquisadora do IPÊ à frente da organização do Fórum + Encontro na área de Voluntariado para Conservação, contou sobre o evento que teve como público-alvo gestores de Unidades de Conservação. “Foram dois dias de trabalho com discussões muito intensas, tivemos mais de 700 inscritos e recebemos mais de 40 Boas Práticas de todo o Brasil – via edital. Foi muito difícil selecionar as boas práticas que já estão no nosso site e os participantes. Contamos com 100 participantes que avançaram em temas-chave em cinco Grupos de Trabalho”.
Acompanhe as discussões dos Grupos de Trabalho
Gestão e Operacionalização de Programas e Iniciativas
Entre os destaques dos desafios relacionados pelo Grupo 1 está a necessidade de avanço do voluntariado como política pública. “Como organizações da sociedade civil e governo temos que atender a essa demanda da sociedade”, disse Angela Pellin. Quanto aos aprendizados, a pesquisadora do IPÊ destacou a importância de um planejamento sistêmico. “Precisamos pensar o voluntariado de forma estratégica, considerando todo o sistema de unidades de conservação brasileiro, e tratá-lo como uma oportunidade de ampliar a participação e engajamento da sociedade na conservação”.
Capacitação, Pesquisa e Monitoramento
Os resultados do Grupo 2 foram apresentados por Victor Eduardo Lima Ranieri, professor da USP. “A viabilidade financeira é, sem dúvida, um desafio comum a todas as experiências, em menor ou maior grau. Além dela, temos também o engajamento de voluntários de longa permanência para projetos de longo prazo, como monitoramento da biodiversidade, por exemplo. O avanço nessa direção significa a melhor qualidade do trabalho”. Na esfera das Soluções e Aprendizados, Victor destacou a adaptação das capacitações para os variados públicos, a diversificação das parcerias e aproveitar a vivência dos voluntários de longa permanência, já que eles se tornam facilitadores.
Uso Público
O Grupo 3 teve os seus resultados apresentados por Pedro Cunha e Menezes, um dos diretores da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, que elencou a resistência de algumas Unidades de Conservação em receber voluntários. “É preciso uma capacitação dos gestores nesse sentido para saber melhor aproveitar os voluntários que são uma rica e diversificada mão-de-obra, fazem o que fazem por amor e comprometimento. Isso precisa de governança e capacitação, pensando em uma lógica de trabalho continuado ao invés de mutirões”. Outro desafio pontuado por Menezes é o não reconhecimento. “Temos visto com certa frustração a falta de reconhecimento em algumas Unidades de Conservação. O ganho para o voluntário é se sentir parte. Precisamos considerá-lo como parte da equipe, o que também significa participar do processo decisório”.
Brigadas Voluntárias e Comunitárias
O Grupo 4 apresentado por Helaine Saraiva Matos, consultora técnica do Serviço Florestal dos Estados Unidos no Brasil, reforçou como estratégica a continuidade de brigadas ao longo do ano. “Entre os desafios está a ampliação do número de brigadas voluntárias e comunitárias permanentes. As experiências selecionadas mostram que existem brigadas que resistem o ano todo, realizando ações de prevenção e combate ao fogo, transformando os territórios nas esferas sociais e ambientais. Outro aprendizado se refere às brigadas que avançaram em parceria com órgãos públicos e privados”.
Educação e Comunicação
O Grupo 5 apresentado por Cibele Tarraço, que integra a Comunicação do IPÊ, trouxe entre os desafios: planejamento, capacitação e sustentabilidade. “A estruturação de programas diversos e inclusivos desde a criação é um desafio, assim como a boa comunicação ajuda na relação com os voluntários e também a mobilizar ainda mais pessoas pela causa”. Quanto às soluções, Cibele destaca iniciativas que têm em comum o médio/ longo prazo. “Dentro do monitoramento e avaliação identificamos que é preciso organização, tempo e recurso”. Quanto ao reconhecimento do voluntário, Cibele ressalta três esferas. “É preciso entender o impacto para o voluntário, para a Unidade de Conservação e para o Sistema”, completa.
Saiba tudo sobre a estreia do Fórum de Voluntariado + I Encontro de Boas Práticas
Saiba mais sobre o Painel 1: Voluntariado para Conservação: experiências internacionais e brasileira
Painel 2: Vozes do Voluntariado: Inspira Ação
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