Após etapa de votação popular, o Projeto ARR Corredores de Vida levou o primeiro lugar do Prêmio SP Carbono Zero, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) do governo de São Paulo. A premiação aconteceu durante o Summit Agenda SP+Verde, evento pré-COP realizado no Parque Villa-Lobos pelo Governo de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e Universidade de São Paulo (USP).
O projeto já havia sido reconhecido na primeira etapa do prêmio como o melhor na categoria Restauração Ecológica e consagrou-se como a melhor iniciativa geral na opinião do público, com 42% dos votos entre os quatro finalistas.
“Ficamos muito felizes em receber esse reconhecimento público e agradecemos aos votos de todos. O projeto é uma iniciativa que conecta não só florestas, mas pessoas, empresas, governo, promovendo uma integração real para a conservação da biodiversidade em uma área significativa da Mata Atlântica”, comentou Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ.
O Prêmio SP Carbono Zero reconheceu projetos inovadores voltados à descarbonização, restauração ecológica e transição climática. Ao todo, foram 154 projetos inscritos, de empresas, ONGs e instituições públicas. Os troféus entregues aos vencedores foram desenhados pela artista Débora Muszkat e produzidos na comunidade de Paraisópolis, em um processo de reaproveitamento de vidro que transformou resíduos em peças de arte — símbolo do conceito de circularidade que permeou todo o evento.
O Projeto ARR Corredores de Vida tem parceria da Biofílica e financiamento da AstraZeneca e é um desdobramento de uma iniciativa pioneira do IPÊ que completou 25 anos em 2025, no extremo oeste Paulista, região do Pontal do Paranapanema. Ao todo, o projeto deve completar o plantio de 15 milhões de árvores até o final deste ano.
“O prêmio reconhece a importância da forma com a qual trabalhamos a restauração, com o tripé Clima, Comunidade e Biodiversidade. Nós atuamos de forma a reduzir os impactos das mudanças climáticas plantando florestas, gerando renda às famílias do Pontal e região promovendo trabalhos sustentáveis, e criando impacto positivo para a biodiversidade da Mata Atlântica”, afirma Laury Cullen Jr., coordenador do projeto.
Chamado inicialmente de Corredores da Mata Atlântica, já em 2011, o projeto havia plantado o maior corredor florestal do bioma, com 12 km, 2,4 milhões de árvores, em parceria com uma fazenda local, apoio da iniciativa privada e envolvimento da comunidade local, por meio de pequenos negócios envolvidos na cadeia da restauração. Sempre conectado às necessidades socioeconômicas locais, o projeto desenvolveu viveiros comunitários com pequenos produtores e assentados rurais, que encontraram na atividade uma fonte de renda sustentável.
A história de sucesso do projeto, que já havia rendido reconhecimentos no Brasil e no mundo, se deve pela inovação de dialogar com todos os setores, governo, empresas privadas, população local e fazendeiros, estreitando relacionamentos em favor da biodiversidade local, considerando os múltiplos interesses desses atores e contribuindo para escrever uma nova história para a região, tão afetada pela degradação ambiental de décadas.
Parabens sucesso sempre 🥳🌱🙏🙏🙏🌳