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(Informações UICN)
O projeto Amazônia 2.0 no Brasil e o Comitê Nacional de Membros da UICN (União Internacional para Conservação da Natureza) neste país organizou nos dias 30 de junho e 7 de julho o evento online sobre “Experiências de Monitoramento Comunitário na Amazônia Brasileira“. A primeira sessão abordou o tema de Monitoramento de Pressões e Ameaças e Vigilância Territorial, enquanto a segunda focou em experiências de Monitoramento da Biodiversidade e de Recursos Naturais.
O encontro reuniu representantes da sociedade civil, academia e governos em um espaço de diálogo e intercâmbio de experiências sobre diferentes iniciativas de monitoramento e deu visibilidade à projetos bem-sucedidos promovidos por parceiros locais do projeto no Acre e por organizações membro da UICN no Brasil.
“Iniciativas de base comunitária têm se mostrado eficazes na proteção dos ecossistemas e das espécies neles presentes, e estes espaços de troca e articulação são importantes para fortalecer e difundir estas iniciativas”, enfatizou a coordenadora técnica do projeto Amazônia 2.0 no Brasil, Carolle Alarcon.
Na sessão sobre Monitoramento de Pressões e Ameaças e Vigilância foram apresentadas as experiências da Comissão Pro-índio do Acre (CPI-Acre) com a inciativa dos Agentes Agroflorestais Indígenas (AAFI), a qual o A2.0 apoia e capitaliza, do WWF-Brasil com a Ferramenta de Monitoramento e Análise Espacial (SMART, da sigla em inglês) e de proteção ambiental de base comunitária do Instituto Mamirauá, ambos membros da UICN no Brasil. A sessão também contou com a moderação da FGVCes, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da fundação Getúlio Vargas, que atualmente faz a secretaria da Rede de Monitoramento Territorial Independente (rede MTI).
A segunda sessão focou nas iniciativas de Monitoramento Participativo da Biodiversidade do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, realizado em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para apoiar a implementação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora), e que tem como premissa a promoção da participação social na conservação da biodiversidade. No Acre, o Programa Monitora é coordenado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, com apoio do A2.0 no Parque Estadual Chandless, e foi a segunda inciativa apresentada. Além destas, a sessão contou com outras duas experiências, da Fundação Vitoria Amazônica (FVA), com o Sistema de Monitoramento do Uso dos Recursos Naturais do Rio Unini, e o projeto Ciência Cidadã, do WCS-Brasil. A sessão teve também a moderação a cargo do IPÊ.
Angela Pellin, coordenadora de projeto do IPÊ e vice-presidente do Comitê Nacional de Membros, moderou a segunda sessão e destaca que “o evento foi uma oportunidade de ampliar a articulação entre o Projeto Amazônia 2.0 e o Comitê Nacional de Membros da UICN. As experiências compartilhadas neste evento reforçaram a importância da promoção do intercâmbio entre os membros do comitê, que é formado por instituições diversas e com muita experiência na agenda da conservação nos vários biomas do país”
Globalmente, iniciativas de base comunitária têm se mostrado eficazes na proteção dos ecossistemas e das espécies neles presentes. No entanto, as experiências apresentadas mostram que ainda existe uma fragilidade na institucionalização de iniciativas como estas, o que demanda o constante envolvimento de organizações da sociedade civil, inclusive para captação de recursos garantindo a sustentabilidade de muitas delas. É fundamental que sejam estabelecidas ponte de cooperação: entre iniciativas, com a academia, com entes de apoio jurídico, com a imprensa e meios de comunicação, e de principalmente, de forma horizontal, com as comunidades envolvidas.
Com um total de 220 participantes de 13 diferentes países, a série de webinars apontou a necessidade de seguir promovendo espaços de interação e debate, em especial sobre a incorporação de tecnologias no monitoramento e sobre como o fluxo de informações pode subsidiar ações de incidência em políticas publicas, que aportem, contribuam, denunciem e alertem, trazendo luz às pressões enfrentadas e potencialidades que esses territórios e comunidades oferecem. Nesse sentido a Rede MTI tem se mostrado um espaço de articulação, troca de experiências e debates entre organizações que pode ser fortalecido para canalizar ações e interesses identificados por essa série de webinars. A Rede, que está finalizando seu planejamento estratégico, trabalha em três eixos de ação interconectados: fortalecimento das organizações; incidência sobre estado, empreendedores e financiadores; e comunicação e produção de conhecimento. Como destaca Kena Azevedo Chaves, pesquisadora e gestora de projetos do Programa de Desenvolvimento Local da FGVces, “é fundamental construir caminhos para ampliar e efetivar a proteção territorial e dos modos de vida na Amazônia, ação que só é possível através da atuação coordenada e compromisso dos diferentes atores nos territórios, com destaque para o trabalho das organizações de base e para a responsabilidade do Estado”.
As gravações de cada sessão seguem disponíveis nos links abaixo:
Sessão 1: Português e Espanhol. Sessão 2: Português, Inglês e Espanhol.
Seguimos, conectados por nossas florestas.
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