Mal entramos no segundo semestre do ano, e chegamos no – infelizmente já conhecido – Dia da Sobrecarga da Terra. Este ano, dia 25 de julho. A marca foi criada para nos lembrar o momento em que a humanidade já consumiu todos os recursos naturais que o planeta pode renovar no período de um ano. Quem mede esse índice é a ONG GFN – Global Footprint Network e da Universidade de Toronto, Canadá.
A natureza precisa de tempo para se regenerar após interferências. Isso tem relação com a biocapacidade: capacidade que um ecossistema marinho ou terrestre tem de produzir recursos renováveis e de absorver resíduos, como o CO2 que, em excesso tem agravado a crise climática no mundo.
Um exemplo clássico é quando uma árvore é cortada e precisa, às vezes, de décadas para crescer novamente. Tudo tem o seu tempo. Nossos recursos naturais, porém, estão sendo utilizados de forma tão irregular ou insustentável para consumo humano, que a natureza não tem tido tempo de se recompor.
Alguns países, entretanto, já alcançaram essa marca muitos meses antes da média global de julho. Pelo índice medido, por exemplo, se todo o mundo consumisse como Catar, Luxemburgo e Singapura, os recursos do planeta se esgotariam em fevereiro. Se o consumo mundial se equiparasse aos EUA, seria em março. No caso do Brasil, seria em 1º de agosto. Importante lembrar que a maioria dos países do mundo não consome neste volume e fica claro o desequilíbrio socioeconômico e ambiental que enfrentamos diante das desigualdades, o que impacta também na emissão de gases de efeito estufa, que provocam aquecimento global e mudanças do clima.
A cada ano, a sobrecarga tem influenciado a piora da crise climática, impactando ainda mais a vida das pessoas a partir de eventos climáticos extremos como secas e inundações, gerando insegurança alimentar, problemas de saúde e perdas econômicas.
Com informações de Global Foot Print Network