A participação social é fundamental na conservação da biodiversidade e na gestão das Unidades de Conservação. Seja visitante ou comunitário desenvolvendo trabalho voluntário, participando dos conselhos ou se envolvendo com a gestão das áreas protegidas a sociedade civil faz a diferença. Apresentamos abaixo um pequeno resumo de algumas práticas com participação social, que estarão presentes no III Seminário de Boas Práticas na Gestão de Unidades de Conservação e I Fórum Internacional de Parcerias na Gestão de Unidades de Conservação, em Brasília (DF).
Voluntariado como estratégia de promoção do engajamento da sociedade na conservação da biodiversidade e do patrimônio histórico e sociocultural
Realizada em 113 Unidades organizacionais do ICMBio, aderidas e ativas, junto ao Programa de Voluntariado, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (clubes de montanhismo, ciclismo e caminhadas, associações de moradores, associações de amigos do parque, conselhos gestores das unidades, organizações não governamentais e empresas privadas com atuação local, regional, nacional ou internacional, órgãos públicos de outras esferas de governo, tais como batalhão ambiental e prefeituras, entre outros). Com o objetivo de sensibilizar os diferentes segmentos da sociedade para a importância da conservação do patrimônio natural, histórico e cultural brasileiro; oferecer aos interessados oportunidades de contribuir, por meio de ações práticas, para a conservação do patrimônio natural, histórico e cultural sob gestão do ICMBio; promover a troca de ideias, conhecimentos e experiências entre todos os atores envolvidos em atividades de voluntariado no Instituto, seja localmente, seja nacionalmente.
Trilha Transcarioca: estimulando o cuidado, a criatividade e a colaboração na Paisagem Cultural Urbana da cidade do Rio de Janeiro
Realizada nas seis unidades de conservação por onde a trilha passa (dentre elas o Parque Nacional da Tijuca), a Prática contou com a participação do Mosaico Carioca de Unidades de Conservação e Movimento Trilha Transcarioca. Com o objetivo de promover a Trilha Transcarioca como ferramenta de conservação e estímulo ao cuidado, a inovação e a colaboração pelas unidades de conservação e seu entorno.
Ecotrilha no entorno de UC: uma ferramenta de integração ambiental, social e de conservação da natureza
Realizada no Parque Nacional de Brasília, Reserva Biológica da Contagem, Floresta Nacional de Brasília, Área de Proteção Ambiental do Planalto Central e Área de Proteção Ambiental do Rio Descoberto, a Prática contou com a participação de Voluntários, DER/DF; UCs federais: Parque Nacional de Brasília, Reserva Biológica da Contagem, Floresta Nacional de Brasília, APA do Planalto Central, APA do Rio Descoberto e Coordenação Geral de Uso Público e Negócios. Com o objetivo de promover, no âmbito das UCs do DF, o desenvolvimento e a implantação de trilhas ecológicas para múltiplos usos, interligando-as também com outras áreas protegidas do DF, contribuindo para a promoção da conservação da biodiversidade e fortalecendo corredores ecológicos.
Águas Serrinha do Paranoá – Ecotrilhas: sociedade civil e instituições públicas em cooperação para a implantação de ecotrilhas na Serrinha do Paranoá, na Área de Proteção Ambiental do Planalto Central
Realizada na Área de Proteção Ambiental do Planalto Central, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (IBRAM, Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal, Administração Regional do Lago Norte, Fundação Banco do Brasil – Voluntariado Banco do Brasil, Conselho Regional de Desenvolvimento Rural Sustentável). Com o objetivo de promover a prática de gestão socioambiental integrada do território com ações de educação ambiental, proteção dos recursos hídricos e apoio à implantação e manejo das trilhas ecológicas na região da Serrinha do Paranoá situada na Área de Proteção Ambiental do Planalto Central contribuindo para conservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida da população local.
Visitantes da Floresta Nacional de Brasília fazem dela como a Sonham
Realizada na Floresta Nacional de Brasília, a Prática contou com a participação do grupo ciclístico Jah, grupo de caminhadas de Brasília e grupos de escoteiros. Com o objetivo que os usuários se ”apossassem” da Floresta Nacional de Brasília e percebessem que de fato a Flona é deles, pois na verdade ela é um bem público e só tem sentido se for assim.
Ecofolia
Realizada no Parque Estadual Mata do Limoeiro, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (instituições envolvidas no Conselho; Polícia Militar de Meio Ambiente; universidades; faculdades e escolas do entorno). Com o objetivo de identificar o perfil socioambiental das comunidades do entorno, o envolvimento das comunidades com o Parque, o levantamento das problemáticas por meio de pesquisas, e realização de ações de educação ambiental.
Diálogos e Interação Social como instrumentos de fortalecimento da implementação do Parque Estadual do Jalapão
Realizada no Parque Estadual do Jalapão e seu entorno, abrangendo a Área de Proteção Ambiental Jalapão, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (Associação Onça D’água; Rede Jalapão de Produtos Artesanais; Conservação Internacional do Brasil; Instituto Sociedade População e Natureza; Prefeituras de Mateiros e São Félix do Tocantins; Associação da Brigada Civil Fogo; Conselho Gestor do Parque Estadual do Jalapão; Gerência da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins; Pequi). Os objetivos dessa Prática foram definidos em cinco metas prioritárias para estabelecer os diálogos e discussões: conhecimento regional; orientação para o controle da visitação; orientação aos visitantes; orientação junto à comunidade urbana e rural dos municípios do entorno do Parque; e a otimização na administração dos recursos.
A Cartografia Social Como Instrumento para a Elaboração do Zoneamento Ambiental Participativo da Reserva Extrativista Prainha do Canto Verde/CE
Realizada na Reserva Extrativista Prainha do Canto Verde, a Prática contou com a participação da Associação de Moradores da Prainha do Canto Verde, Laboratório de Cartografia Social (LABOCART) e Laboratório de Geoecologia da Paisagem e Planejamento Ambiental (LAGEPLAN), ambos do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Com o objetivo de estabelecer parcerias institucionais que possibilitem a construção do Zoneamento Ambiental Participativo da Resex Prainha do Canto Verde, otimizando recursos e utilizando metodologias participativas, a exemplo da Cartografia Social.
Monitoramento automático de visitantes nas trilhas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro
Realizada na Floresta Nacional do Assungui, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (Associação Miríade, Fundação Angelo Cretã, Colégio Estadual do Campo Prof. Aloísio, Associação Solidária de Agricultura Ecológica de Ponta Grossa e Campo Largo, IFPR, UFPR, Prefeitura Municipal de Campo Largo, Sociedade Chauá, Mater Natura, SPVS, Emater, Empresa de Águas Ouro Fino, Programa Petrobras Socioambiental Comunidades). Com o objetivo de aproximar jovens da Floresta, por meio de oficinas semanais de formação em sustentabilidade; as comunidades do entorno através do contato com os jovens e de eventos abertos à comunidade realizados na Floresta; implantar estruturas sustentáveis com fins pedagógicas; promover a reflexão sobre a sustentabilidade da floresta de Araucária a partir de oficinas teóricas e práticas que consideraram a importância histórica, ambiental e cultural da Floresta.
Ações educomunicativas na Reserva Extrativista Rio Unini e Parque Nacional do Jaú – continuidade ao estímulo do Protagonismo Juvenil
Realizada na Reserva Extrativista Rio Unini, Parque Nacional do Jaú e Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Amana, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (Fundação Vitória Amazônica, Projeto Saúde e Alegria, Coletivo Difusão e voluntários, conselhos da Resex e do Parna, Jovens Protagonistas do Unini, Associação de Moradores do Rio Unini e Cooperativa Mista Agroextrativista do Rio Unini). Com o objetivo de estimular e fortalecer o protagonismo juvenil na gestão participativa das UC, por meio da educomunicação; promover o acesso à informação e capacitar jovens em construção midiática, registro e sistematização de conteúdo; promover o registro audiovisual pelos jovens durante as reuniões e atividades de gestão das UC – produção de vídeos, áudios e jornal- mural; estimular a produção contínua de material pelos jovens, visando a divulgação das atividades em suas comunidades em linguagem acessível.
Programa agente voluntário ambiental: um instrumento de gestão para as unidades de conservação estaduais do Ceará
Realizada no Parque Estadual do Cocó, Parque Estadual Botânico, APA da Serra de Baturité, Estação Ecológica do Pecém, Parque Estadual do Sítio Fundão, APA da Bica do Ipú, a Prática contou com a participação de Casa Civil, IFCE (Campus Fortaleza), UFC, O Estado do Ceará (Jornal), Universidade de Fortaleza. Com o objetivo de estimular a cooperação entre sociedade civil e a gestão pública buscando soluções em grupo para a conservação e proteção da Unidade de Conservação; planejar ações de orientação e controle de visitantes na UC; articular a oferta de trabalho voluntário da UC e suas principais demandas.
Dezembro de 2016
Realizada na Área de Relevante Interesse Ecológico do Sítio Curió, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (SESC Ceará – Setor de Desenvolvimento comunitário Projeto Aflorar, Instituto Natureza Viva, Escola Liceu de Messejana, Movimento Pró árvore, Núcleo de Estudos em Agricultura Urbana/NEPAU/UFC). Com o objetivo de promover o desenvolvimento comunitário sustentável, contribuindo para a preservação e ampliação da cobertura vegetal, favorecendo a presença de plantas nativas nas áreas verdes da cidade de Fortaleza e região metropolitana, colaborando assim para a preservação da biodiversidade da flora e fauna do estado do Ceará, como também das unidades de conservação.
Com informações do ICMBio