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Para o lançamento do Portal Proteja, os parceiros da iniciativa convidaram pessoas que representam áreas-chave para o desenvolvimento sustentável das áreas protegidas no Brasil: Saberes ancestrais + Comunicação + Educação. “Os desafios demandam articulação e comunicação com diversos setores da sociedade. Por isso nossos convidados de hoje representam os povos que vivem nas áreas protegidas com Edel Moraes, vice-presidente do Memorial Chico Mendes; jornalistas que comunicam e sensibilizam sobre esse tema, com Paulina Chamorro; e educadores comprometidos com a formação das futuras gerações, com Bráulio Dias, professor na Universidade de Brasília”, revela Sylvia Mitraud, secretária executiva do Proteja.
Para Edel, essa é uma oportunidade de trazer as vozes das mulheres da floresta e das crianças. “Estamos em um processo, saindo da condição de objeto da pesquisa para a de pesquisadores. Podemos inclusive debater sobre o que escrevem sobre nós. O Proteja é importante para proteger a memória, a história das comunidades e dos povos tradicionais. Durante muito tempo disseram que na Floresta Amazônica havia bicho, árvore e água, e muito pouco se falou das pessoas, dos povos, das comunidades tradicionais que protegem a floresta”. Edel é mestre em Desenvolvimento Sustentável em Povos e Territórios Tradicionais.
Sobre a curadoria do Portal Proteja, Edel reforça a importância do comentário de Sylvia. “Quando você diz que seremos ouvidos na validação dos materiais que estarão no Portal eu não me arrependo de ter aceitado seu convite para participar desse processo. Vamos trazer a sabedoria das nossas forças e das nossas comunidades, as belezas, os encantos, mas também as lutas e os desafios”.
Paulina Chamorro, responsável pelo podcast Vozes do Planeta e co-fundadora da Liga das Mulheres pelo Oceano, destaca a importância do Portal para os comunicadores. “Fico extremamente feliz com o lançamento do Portal. Como a Edel pontuou, era extremamente difícil encontrar um lugar que trouxesse o conhecimento tradicional no seu devido patamar, mas isso agora é passado. Ter um lugar organizado com informações sobre espaços naturais do Brasil, cultura e sociobiodiversidade vai nos ajudar muito a encontrar elementos que tragam luz para as histórias. Precisamos criar essas pontes para contribuir com uma sociedade democrática, informada e com acesso gratuito à informação”.
Já Bráulio reforça a urgência das pessoas entenderem a importância das áreas protegidas. “Com 85% da população no Brasil vivendo em áreas urbanas, elas precisam conhecer e visitar as áreas protegidas. Várias pesquisas no mundo questionam as pessoas que vivem em cidades com perguntas simples: ´De onde vem a água que você bebe?’ A maioria das pessoas não sabe a resposta. Ao mesmo tempo, elas estão preocupadas com a questão da água, sentem os impactos do racionamento e quando a água está com baixa qualidade. No entanto, elas não fazem a relação, que se há água disponível é porque existem áreas que protegem essa água”.
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