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Dos nove viveiros comunitários localizados na região do Pontal do Paranapanema, acompanhados de perto pelo IPÊ, cinco são liderados por mulheres. Elas também são a maioria entre os colaboradores. No total, entre os 26 profissionais dos viveiros, 15 são mulheres. Em 2020, esses viveiros produziram aproximadamente 800 mil mudas e beneficiaram 26 famílias. O potencial de produção, entretanto, é quase o dobro e, visto que o passivo ambiental do Oeste Paulista é de 77 mil hectares, isso pode aumentar ainda mais.
A força feminina está à frente desde a coleta de sementes até o momento de plantio no campo. Elas são responsáveis também pelas vendas. A produção é comercializada para o IPÊ, fazendeiros, empresários e prefeituras, para reflorestamento.
Ivone Ribeiro Campos Félix, proprietária do Viveiro Floresta há quatro anos, revela os avanços do negócio e os próximos passos. “Comecei produzindo 17.600 mudas por ano. Em 2020, o viveiro produziu 150 mil mudas e o plano é ampliar a produção. A meta para 2021 é produzir 300 mil mudas e contratar mais profissionais, uma vez que o mercado está aquecido na região”.
Com a renda do viveiro ela garante o ensino universitário das duas filhas. “Paz, contribuição com meio ambiente, realização da graduação das filhas são os resultados que colho com meu viveiro”, pontua.
Nesta caminhada de sucesso, ela exalta dois grandes professores, o irmão Valter Ribeiro Campos, pioneiro na área de viveiros, em Teodoro Sampaio (SP) e as próprias mudas. “Com elas aprendi o tempo de germinação, quais espécies gostam de muita ou pouca água. Trabalhar com viveiro é um misto de trabalho com descanso, pois as plantas me transmitem tanta paz. Além do que é emocionante ver a muda que eu plantei se transformar em uma árvore nas áreas restauradas”, ressalta.
Maria Regina dos Santos (foto) também vem se destacando no ramo. Há um ano e seis meses, ela montou o viveiro Mata Nativa, onde emprega uma funcionária e produz cerca de 100 mil mudas por ano, de 85 espécies, entre nativas e exóticas (aquelas que não ocorrem naturalmente no local). Neste momento, o viveiro está em reforma para ampliar a área de plantio. Após a conclusão será possível produzir 250 mil mudas/ano.
“Meu marido divide comigo a função de comercializar as mudas. Já a coleta das sementes, o plantio e o trato com as mudas são minhas responsabilidades e conto com o apoio de uma funcionária. Tem períodos em que a demanda de trabalho aumenta e, esporadicamente, contrato diaristas “, esclarece.
Maria vende as mudas nativas da Mata Atlântica ao IPÊ, fazendeiros da região e até mesmo a produtores rurais de outros estados como, por exemplo, Goiás. Já as mudas exóticas são comercializadas, em geral, para proprietários de loteamentos da zona urbana, em Teodoro Sampaio (SP) e cidades vizinhas.
Ao longo de mais de 20 anos, junto com o desenvolvimento dos corredores florestais na região do Pontal do Paranapanema, o IPÊ incentivou a formação de 11 viveiros florestais e até hoje acompanha de perto nove deles. “Com o projeto Viveiros Comunitários é possível unir de forma positiva questões importantes como: restauração ambiental, geração de renda, qualidade de vida e segurança alimentar para a comunidade”, afirma Nivaldo Ribeiro Campos, técnico do IPÊ. A maioria dos viveiros está constituída sob a forma de associativismo ou cooperativismo, mas existem ainda iniciativas particulares de agricultores que passaram por capacitações gratuitas do IPÊ.
Saiba mais sobre as iniciativas na região que tem como destino as mudas produzidas no viveiro:
Produtor rural contribui com os corredores florestais na adequação ao CAR, no Pontal do Paranapanema (SP)
IPÊ plantará mais 1 milhão de árvores na Mata Atlântica em parceria com a Biofílica, junto ao programa Regenera América
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