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O IPÊ, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realizou a 2a Oficina para construção do Protocolo de Monitoramento do Pirarucu em Unidades de Conservação (UCs). A iniciativa faz parte do projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade, realizado em 17 UCs da Amazônia, alcançando quase 12 milhões de hectares. No projeto, a comunidade é o principal agente de transformação dessas áreas protegidas: por meio da troca de conhecimento com pesquisadores, gestores e instituições, elas se transformam em monitoras da biodiversidade local, contribuindo efetivamente para a sua conservação. Para isso, além de formações, participam da criação dos protocolos de manejo.
Manuel Cunha, gestor da Reserva Extrativista Médio Juruá, uma das UCs participantes da oficina, destaca a importância desse processo. “Precisamos nos ligar em outras coisas, para aprendermos mais, se unir para levantarmos dados, pois será importante para o manejo e garantia da sustentabilidade dos recursos”, diz.
Nesta oficina, realizada de 3 a 5 de setembro, em Manaus (AM), foram discutidas e identificadas quais questões e características da conservação e comercialização do pirarucu serão monitoradas nas Reservas Extrativistas (Resex) Médio Juruá, Baixo Juruá, Auati-Paraná e rio Unini, além da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá. O protocolo ajuda a identificar de maneira eficaz o estado de conservação da espécie, considerando-se manejo, comercialização, avaliação do estado de conservação do estoque (metodologia de contagem) e conjunto de variáveis mínimas a serem monitoradas.
Toda a prática de criação e definição dos protocolos vem conectada à participação social, bastante relevante, no processo. “Importante ter a participação de quem conhece o manejo na prática. Nem sempre conseguimos trazer todos, mas sempre buscamos, para assim trabalhar de forma conjunta e participativa de fato”, comenta Cristina Tófoli, coordenadora do projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade.
Dione Torquato, presidente do CNS (Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais) destaca esse papel relevante do processo de construção do protocolo. “Parabéns à equipe técnica pela sensibilização de discutir com as comunidades e com os atores locais, por levar em consideração a construção através de um processo participativo para uma gestão de forma participativa, estabelecendo uma comunicação para melhorar a participação”, afirma.
Os próximos passos do projeto serão definir a redação do protocolo, revisá-lo por meio de uma oficina participativa e validá-lo para apresentação nas UCs.
Além de IPÊ e ICMBio, participaram dessa 2° Oficina: Fundação Vitória Amazônica – FVA, Ibama, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá – IDSM, OTCA, Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Amazonas – SEMA, CNS, WCS, Virgínia Tech University, Universidade Federal do Amazonas – UFAM e Acordo de Pesca da ilha da Paciência.
A atividade faz parte do Subprograma Aquático-Continental do Programa Monitora do ICMBio, que conta com a parceria do IPÊ e apoio da Fundação Moore, USAID e Arpa.
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