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No segundo painel Vozes do Voluntariado: Inspira Ação, do I Fórum de Voluntariado em Unidades de Conservação, uma iniciativa do IPÊ, realizada na quinta-feira 14 de outubro, lideranças do ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, da Rede de Trilhas e de Brigadas Comunitárias compartilharam diferentes perspectivas sobre o voluntariado e como tem sido o desenvolvimento desse trabalho.
Felipe Martins, analista ambiental do ICMBio e coordenador do Programa de Voluntariado do Parque Nacional da Tijuca, revelou as estratégias que fortalecem o vínculo da sociedade com a Unidade de Conservação. “O Programa do Parque com mais de 18 anos conta com sete linhas de ação entre atividades planejadas, como mutirões mensais, e não planejadas, como brigada voluntária, por exemplo. É importante que o voluntário consiga visualizar o resultado do próprio esforço, o ganho, com atividades que tenham começo, meio e fim. Tenho um grupo de voluntários coordenadores que me ajuda com o Programa”.
Pedro Cunha e Menezes, diplomata e atual diretor da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, destacou a importância da criação de um verdadeiro sistema integrado de áreas protegidas. “O uso público como ferramenta de conservação já está consolidado. Precisamos que todos trabalhem juntos por um sistema de Unidades de Conservação e não por um conjunto, para que nossos filhos possam ter Unidades de Conservação conectadas”. A Rede de Trilha contabiliza 10 mil voluntários.
André Luís Macedo Vieira, analista ambiental do ICMBio e responsável pelo Núcleo de Gestão Integrada de Carajás, no sudeste do Pará, compartilhou uma série de avanços em um contexto repleto de desafios. “Inicialmente, os voluntários foram mobilizados com a função de nos ajudar nesse processo de sensibilização social, de promover o sentimento de pertencimento na sociedade local. O resultado foi muito positivo. Começamos com 20 voluntários em 2016 e desde então cerca de 300 já colaboraram conosco. Muitos que começaram como voluntários atualmente trabalham conosco no ICMBIO ou em parceiros. A metodologia que usamos em Carajás é muito forte em formação, em um ciclo de aproximadamente 2 anos com espaços de formação, discussão e interação”.
Maria de Lourdes de Arruda contou sobre o trabalho voluntário como brigadista comunitária na Área de Proteção Ambiental da Baía Negra, no Pantanal. “Em 2020, tivemos muito fogo, na área em que atuo mais de 75% do território foi queimado, mas não desistimos e estamos aqui com nossos parceiros. A cada dia contamos com mais pessoas dispostas a ajudar a cuidar do que é nosso, da nossa natureza”.
Encerramento
O ilustrador Rodrigo Bueno, facilitador gráfico, apresentou um trabalho em processo de desenvolvimento com os destaques do último painel. Em breve, essa e as demais facilitações gráficas estarão na área de Publicações no site do evento.
No encerramento, Angela Pellin, coordenadora de projetos no IPÊ, agradeceu a todos os palestrantes, a presença do público e destacou a importância da consolidação de redes pela conservação e sobre o quanto o voluntariado é inclusivo. “Cada um à sua maneira pode se envolver e se engajar nessa causa, vimos as experiências dos Estados Unidos, Alemanha, mas nós, aqui Brasil, também temos experiência lindíssimas, estamos construindo o nosso caminho e mostrando todo o potencial que o voluntariado tem para aumentar o engajamento da sociedade nas nossas Unidades de Conservação. Vimos que o voluntariado pode ser também um instrumento de inclusão, de profissionalização, de engajamento e de participação.No dia 28 de outubro, segundo dia do Fórum, vamos apresentar uma síntese dos resultados do I Encontro de Boas Práticas em Unidades de Conservação e discutir as perspectivas do voluntariado de conservação“. O segundo dia (28 de outubr) também será transmitido pelo Canal do IPê no Youtube.
Cibele Tarraço, da comunicação do IPÊ, reforçou o potencial dos programas para a conservação. “O voluntariado é uma estratégia essencial para a conservação da natureza com a aproximação da sociedade das nossas Unidades de Conservação. Para atingirmos esse propósito precisamos de todos os atores envolvidos juntos e agradeço a todos que integram essa rede”.
O Fórum contou com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) com apoio técnico do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) e do Projeto LIRA – IPÊ. Além de apoio institucional do ICMBio, SEMAD – GO, IMASUL – MS, Fundação Florestal – SP, Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, Comitê Brasileiro-UICN, Coalizão Pró-UC, Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Confederação Nacional de RPPN (CNRPPN) e Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial (GEVE).
Saiba mais sobre o Painel 1: Voluntariado para Conservação: experiências internacionais e brasileira
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