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Assentados rurais participam de construção coletiva de projeto no ES

16 de dezembro de 2021 Por Paula Piccin

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IMG 3614Na primeira semana de dezembro, o projeto “Educação, Paisagem e Comunidade”, realizado pelo IPÊ e ESCAS no Espírito Santo, deu mais um passo nas ações que buscam apoiar a regeneração do solo e conservação da água em áreas de influência da bacia do Rio Doce.

Em uma construção coletiva, técnicos do IPÊ e produtores dos assentamentos Boa Esperança e Beija-flor (em Alto Rio Novo) e Rosa de Saron (em Água Branca) definiram as próximas etapas do projeto, de acordo com as necessidades e sonhos dos agricultores para os assentamentos. Em fevereiro, será a vez do assentamento Laje participar e fechar o ciclo de planejamento.

Em três encontros, mediados por Leonardo Rodrigues, do IPÊ, os produtores foram convidados a olharem para seus territórios e apontarem o que de mais importante existem neles. Desenhando um mapa próprio, os participantes identificaram cursos d´água, cultivos (café, cacau, frutíferas), estradas, florestas, e demais elementos que compõem os seus lotes e são relevantes para o dia a dia dos moradores.

“A proposta aqui foi situar as pessoas no presente, para que elas trouxessem o que já existe de bom nos assentamentos e os desafios para melhorá-los, do ponto de vista socioambiental. Isso é a base que usamos para iniciarmos o segundo momento do processo, que é pensar o futuro dos lotes e dos assentamentos, com qualidade de vida para todos”, afirmou Leonardo (foto).

O processo de criação coletiva do projeto faz parte da metodologia do IPÊ, adotada em projetos em outros lugares do Brasil, como nos assentamentos do Pontal do Paranapanema (SP). A ideia é que as comunidades apontem as suas expectativas com relação ao trabalho que será executado em conjunto com o Instituto e que se sinta parte fundamental da ação, garantindo, assim maior envolvimento e aproveitamento das ações implementadas.

WhatsApp Image 2021 12 17 at 11.38.52“Foi a primeira vez que participei de uma reunião assim. Eu achei muito interessante pensar esse mapa. A gente aprende fazendo junto”, comenta Elcio da Silva Pontes, do assentamento Boa Esperança.

Olhar para o futuro

Elcio, assim como a maioria dos assentados que participaram dos encontros, apontou as nascentes de rios como elemento de atenção para a saúde do território. A preservação de áreas verdes, a conservação de nascentes e cursos d´água, além da disponibilidade de recursos hídricos em quantidade e qualidade na região são pontos preocupantes para o futuro.

A questão sobre qualidade do solo e como aproveitar água de chuva, além de melhorar a drenagem das estradas também fez parte da conversa. A proposta dos assentados para uma solução ao problema é utilizar árvores para “plantar água”, garantindo a vida de nascentes, e também fazer caixas-secas, especialmente em beira de estradas, para conter a água da chuva.

POMBINHO ROSA DE SARONOutro ponto bastante comentado entre os assentados é a necessidade de envolver ainda mais os jovens no campo e na produção em seus lotes. “A gente tem que pensar em quem vai dar continuidade nesse trabalho que a gente está fazendo. Muitos jovens não querem ficar no campo porque não vêm oportunidade aqui. Precisamos da escola como apoio para isso e pensar oportunidades que envolvam os mais novos”, afirma Claudeni Pereira de Souza, do assentamento Rosa de Saron (na foto, de camisa amarela).

Aumentar a produção, melhorar a infraestrutura, ter um olhar para a gestão e escoamento do que é produzido, e pensar em novos negócios também foram assuntos das conversas como propostas de melhorias para os assentamentos. “A gente precisa de apoio para colocar as coisas pra frente. Nossa produção é boa, mas pode melhorar com mais adubo, mais recursos pra ajudar na produção. É importante a gente pensar nisso”, afirma Ilza Assis, do assentamento Beija-Flor.

Diante dos desafios apontados e dos desejos futuros, cada assentamento estipulou prioridades a serem trabalhadas pelo projeto ao longo dos próximos meses, de acordo com suas necessidades e oportunidades. As ações seguem então com um objetivo ainda mais focado e sempre destacando a participação social como elemento propulsor.

“Para que o projeto possa acontecer de forma positiva, a organização social é fundamental, não só na forma de cooperativas para escoar produção, por exemplo, mas para fortalecer e valorizar o produtor rural em sua busca por melhores condições de educação e infraestrutura, entre outras necessidades”, complementa Leonardo.

Os encontros também contaram com representantes das prefeituras locais, secretarias de meio ambiente e cultura, sindicatos rurais e associações que acompanharam de perto a ação.

São eles:

Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Alto Rio Novo ES
Sindicato Dos Trabalhadores Rurais De Águia Branca ES
Incaper – Instituto Capixaba De Pesquisa, Assistência Técnica E Extensão Rural  de Alto Rio Novo 
Incaper – Instituto Capixaba De Pesquisa, Assistência Técnica E Extensão Rural  de Águia Branca
Prefeitura Municipal de Alto Rio Novo 
Prefeitura Municipal de Águia Branca
Secretarias de Meio Ambiente, de Agricultura e de Educação 
Fundação Renova 
Associação De Mulheres Rota Das Paineiras – Assentamento Rosa de Saron, Águia Branca
Associação de Moradores do Assentamento Rosa de Saron, Águia Branca

O projeto “Educação, Paisagem e Comunidade” tem apoio financeiro da Fundação Renova.

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Programe-se: ISE – Integração de Serviços Ecossistêmicos terá novas turmas em 2022

16 de dezembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Mais de 180 profissionais já participaram do curso “ISE – Integração de Serviços Ecossistêmicos em processos de planejamento, gestão e comunicação estratégica no contexto territorial, com foco nas áreas protegidas e outras medidas de conservação locais” recém-lançado em outubro. Trata-se de uma realização da ESCAS/IPÊ em parceria com a GIZ – Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável. 

Segundo María Olatz Cases, diretora do projeto regional áreas protegidas locais, da GIZ, a parceria busca dar sustentabilidade ao curso, relevância do tema para o alcance dos ODS e para o Acordo de Paris. “O IPÊ é parceiro de longa data e instituição expoente no tema. O apoio da ESCAS/IPÊ e de outras redes multiplicadoras – como o ICLEI – para a divulgação e promoção dos cursos é de fundamental importância para alcançar o público-alvo e para que as discussões sobre integração dos serviços ecossistêmicos nos processos de planejamento e gestão continuem”.

Para Eduardo Badialli, coordenador da Pós-graduação Lato Sensu e dos cursos de curta duração da ESCAS, a parceria é vista como estratégica para o fortalecimento das áreas protegidas.  “IPÊ/ESCAS e GIZ são parceiros há mais de 20 anos. Especificamente com esse curso, acreditamos que estamos diante de um passo importante para o fortalecimento das áreas protegidas na esfera local”. 

Com 35 horas, 100% online no site da ESCAS e dividido em três módulos, o curso tem como público-alvo gestores, tomadores de decisão, planejadores de desenvolvimento e técnicos. “Observamos que há pouco material disponível sobre a oferta dos benefícios prestados por esses territórios às comunidades locais, o que dificulta a sua inclusão nos processos de planejamento e tomada de decisão por parte de gestoras e gestores locais. É importante que esses profissionais possam ampliar seus conhecimentos e o entendimento desse tema, incentivando, assim, a criação de políticas ou outras medidas para colaborar para a manutenção desses serviços”, destaca.

Estreia 

“Tivemos uma procura bastante alta na primeira edição, em outubro, o que nos fez abrir uma nova turma ainda em 2021. Esperamos nos próximos anos muitas outras turmas para esse curso e contamos com a ESCAS/IPÊ e com os multiplicadores para isso”, revela María Olatz Cases, diretora do projeto regional áreas protegidas locais, da GIZ.  

O curso ISE integra o Projeto APL – Áreas Protegidas e outras medidas de conservação baseadas em áreas em nível dos governos Locais, da GIZ, implementado no Brasil, Colômbia, Equador e Peru que visa promover o intercâmbio e a integração entre experiências na região. “Ele não apenas é implementado em uma linha temática comum aos quatro países, como também possibilita essa troca de aprendizagem. Por isso, optamos por difundir um tema de alta relevância para a conservação da biodiversidade em toda a região”, afirma a diretora do projeto regional áreas protegidas locais, da GIZ.  

Quanto aos desafios para a implementação da metodologia ISE ao planejamento e desenvolvimento e gestão de Áreas Protegidas, Maria Olatz comenta que esse é também um dos objetivos do curso. “Consiste em que a metodologia seja internalizada e considerada na construção das políticas públicas dos governos locais, de maneira que outras áreas de planejamento territorial nos municípios olhem de forma conjunta para as contribuições e a relevância das áreas protegidas e outras medidas de conservação. 

Esperamos que o curso qualifique o planejamento e a tomada de decisões de gestores locais e resulte em gestões mais harmônicas, bem como na melhoria das condições de provisão dos serviços ecossistêmicos, com os respectivos efeitos na economia e no bem-estar da população local, ajudando, dessa forma, a superar esse grande desafio”.

Histórico 

Segundo Olatz, a capacitação vem como resultado da adaptação de outro curso preexistente, desenvolvido e realizado pela GIZ, o Helmholtz Centre for Environmental Research (UFZ) e o Conservation Strategy Fund (CSF), no âmbito do projeto global ValuES, em mais de 16 países. 

“O curso também potencializa a formação multiplicadores desse conhecimento, o que é fundamental para a sua sustentabilidade, considerando que o projeto APL encerra em 2022. É preciso que outros parceiros e instituições continuem repassando essas informações adiante. Esse é o papel das redes multiplicadoras nos quatro países em que atuamos”.

O conteúdo leva a assinatura da GIZ, do ICLEI e da UICN – parceiros de implementação do projeto Áreas Protegidas e outras medidas de conservação baseadas em áreas em nível dos governos locais e na elaboração do curso. “A abordagem do projeto buscou considerar, tanto quanto possível, as especificidades nacionais, subnacionais e locais, adequando o conteúdo contexto de cada um dos quatro países.  Além do ICLEI e da UICN, também foram envolvidas no processo as contrapartes políticas em cada país o Ministério do Meio Ambiente do Brasil (MMA), o Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia (MinAmbiente), o Ministério do Ambiente, Água e Transição Ecológica do Equador (MAATE) e o Ministério do Ambiente do Peru (MINAM), assim como os governos locais dos quatro países”, explica Maria.

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Black Lion Tamarin Program Receives Another Season of Disney Support

15 de dezembro de 2021 Por Paula Piccin

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The Black lion Tamarin Conservation Program, carried out in Pontal do Paranapanema by IPÊ, will receive for two more years the contribution of the Disney Conservation Fund (DCF) for its research, environmental education and species conservation activities.

DCF has supported the program by several cycles since 2005. From 2017 to 2020, the Fund funded the installation of artificial hollows, environmental education actions and stock support in the Atlantic Forest Corridor, the largest in Brazil, reforested by the Ipê. The hollows were a major evolution for the project, helping to understand the dynamics of tamarin movement and use of the corridor and fragments close to it. All this because, for black lion tamarins, food sources (fruits, insects and small vertebrates) and roosting places (tree holes) are vital components of the habitat that directly affect the number of individuals that can use and live in one area. However, the trees in the corridor, being younger, do not have natural hollows. To promote the use of these areas restored by the tamarins, one of the actions of the project supported by the DCF was precisely the installation of artificial holes, wooden boxes that function as shelter and dormitory for the species. Another advance of the project was the use of GPS in tamarins, in backpacks installed on individuals for monitoring, whose support from Disney made the first tests of this technology possible.

For the next few years, the program will continue with the action fronts of Research, Environmental Education and Conservation.  Field research includes monitoring the groups that will be part of population management.

“It is important to say that everything is part of a process thought and planned jointly by a group of specialists, with the approval of the responsible government agencies. Initially, we will assess the feasibility of translocation for each population, to define which of them will be part of this strategy [already used by the Program since 1995]. Based on the identified needs, we will design strategies and protocols, which are approved by a Technical Advisory Group linked to the PAN, to finally carry out the movement of groups of tamarins among these populations. We are very happy to follow this new stage, involving several actors in favor of this important step for the species”, says biologist Gabriela Cabral Rezende. All research and conservation actions with the black lion tamarin support and are in accordance with the National Action Plan (PAN) for the Conservation of Atlantic Forest Primates and the Black-headed Sloth, which is part of the national strategy and global biodiversity conservation.

As in previous years, the Environmental Education actions will take place in public schools in strategic municipalities for the protection of the tamarin, in Pontal do Paranapanema. One of the most relevant activities is to bring scientific information and train teachers for environmental education initiatives in the classroom. Teaching materials on the subject are already being produced.

As a complementary action for the conservation of the black lion tamarin, the program will continue to mobilize society by bringing knowledge about the species and developing methods that can help maintain the life of this animal, which is a symbol of the state of São Paulo. The planning for the installation of safe passages for the tamarins is already underway, crossing roads that cut through green areas for the use of the species. These passages connect to the forest corridors to guarantee even more space for the tamarins and other species that inhabit the region, providing security for them to move through the landscape.

The Program is also supported by the Durrell Wildlife Conservation Trust, the Margot Marsh Biodiversity Foundation/Re:wild and the Whitley Fund for Nature.

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Graziella Comini is IPÊ’s new vice-president

15 de dezembro de 2021 Por Paula Piccin

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The Associate Professor of the Administration Department at FEA/USP and Coordinator of the Center for Social Entrepreneurship and Third Sector Administration (CEATS), was elected by IPÊ as the new vice-president of the institution. She now takes the place of Claudio Padua, founder of the Institute, who currently remains on the IPÊ Council and as Rector of ESCAS – School of Environmental Conservation and Sustainability, which she also helped to create through the NGO.

“The choice for Graziella Comini could not have been any better. Extremely knowledgeable about the Institution, its needs and challenges, she was already playing a fundamental role for us as a counselor and teacher. With our school, it helped to bring innovation in themes that are dear to us, such as entrepreneurship, to the socio-environmental area. Now in the vice presidency, it will be even more important for our development”, says Eduardo Ditt, executive director of IPÊ.

Graziella joins a team with a majority of women in the institution. “More than 56% of the leadership positions in the institution are composed of women and now I share this responsibility with them, in an entirely female presidency”, comments Suzana Padua, president.

Economist, with a master’s, doctorate and professorship in administration from the Faculty of Economics and Administration of the University of São Paulo, FEA/USP, Graziella Comini has a specialization in the Harvard Business School and the University of Bologna. In addition, he coordinates the Professional Master’s Degree in Entrepreneurship at FEA/USP and is Brazil’s representative in the SEKN – Social Enterprise Knowledge Network. She is also an advisor for socio-environmental projects and social businesses in Brazil. Develops projects related to social entrepreneurship, impact business ecosystem, social business and social innovation.

“It’s a great honor and responsibility to occupy the position of Vice President of IPÊ, an organization based on ethical values ​​and technical excellence in the socio-environmental area, my objective is to expand the educational aspect so that the knowledge generated at IPÊ can be even more disseminated in different sectors (first, second and third sector). IPÊ has the capacity and competence to dialogue with different actors and serves as a driver for socio-environmental innovations”, says Graziella.

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Programa Mico-Leão-Preto recebe mais uma temporada de apoio da Disney

10 de novembro de 202210 de dezembro de 2021 Por Paula Piccin

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O Programa de Conservação do Mico-Leão Preto, realizado no Pontal do Paranapanema pelo IPÊ, receberá por mais dois anos o aporte do Disney Conservation Fund (DCF) para suas atividades de pesquisa, educação ambiental e conservação da espécie.

O DCF tem apoiado o Programa por diversos ciclos, desde 2005. De 2017 a 2020, o fundo financiou a instalação de ocos artificiais, ações de educação ambiental e suporte para ações no corredor de Mata Atlântica, o maior do Brasil, reflorestado pelo IPÊ. Os ocos foram uma grande evolução para o projeto, ajudando a entender a dinâmica de movimentação dos micos e uso do corredor e fragmentos próximos a ele. Tudo isso porque, para os micos-leões-pretos, as fontes de alimento (frutas, insetos e pequenos vertebrados) e locais de dormitório (buracos de árvores) são componentes vitais do habitat que afetam diretamente o número de indivíduos que podem usar e viver em uma área. Entretanto, as árvores do corredor, por serem mais novas, não possuem ocos naturais. Para promover o uso dessas áreas restauradas pelos micos, uma das ações do projeto apoiado pelo DCF foi justamente a instalação de ocos artificiais, caixas de madeira que funcionam como abrigo e dormitório para a espécie. Outro avanço do projeto foi a utilização de GPS nos micos, em mochilas instaladas nos indivíduos para monitoramento, cujo apoio da Disney viabilizou os primeiros testes dessa tecnologia.

Para os próximos anos, o programa continua com as frentes de ação de Pesquisa, Educação Ambiental e Conservação. As pesquisas de campo incluem monitoramento dos grupos que vão fazer parte do manejo de populações.

“É importante dizer que tudo faz parte de um processo pensado e planejado conjuntamente por um grupo de especialistas, com a chancela dos órgãos governamentais responsáveis. Inicialmente, vamos avaliar a viabilidade da translocação para cada população, para definir quais delas farão parte dessa estratégia [já usada pelo Programa desde 1995]. A partir das necessidades identificadas, desenharemos as estratégias e protocolos, que são aprovados por um Grupo de Assessoramento Técnico ligado ao PAN, para finalmente realizar a movimentação de grupos de micos entre essas populações. Estamos bastante felizes para seguir essa nova etapa, evolvendo diversos atores em prol desse passo importante para a espécie”, afirma a bióloga Gabriela Cabral Rezende. Todas as ações de pesquisa e conservação com o mico-leão-preto apoiam e estão em concordância com o Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e da Preguiça-de-coleira, que é parte da estratégia nacional e global de conservação da biodiversidade.

Assim como nos anos anteriores, as ações de Educação Ambiental vão ocorrer nas escolas públicas em municípios estratégicos para a proteção do mico, no Pontal do Paranapanema. Uma das atividades mais relevantes é levar informação científica e capacitar professores para iniciativas de educação ambiental nas salas de aula. Já estão sendo produzidos materiais didáticos sobre o assunto.

Como ação complementar para a conservação do mico-leão-preto, o programa vai continuar a mobilizar a sociedade levando conhecimento sobre a espécie e elaborando métodos que possam ajudar na manutenção da vida desse animal, que é símbolo do estado de São Paulo. Já está em curso o planejamento de instalação de passagens seguras para os micos, passando por cima de estradas que cortam áreas verdes de uso da espécie. Essas passagens conectam-se  aos corredores de floresta para garantir ainda mais espaço para os micos e as demais espécies que habitam a região, trazendo segurança para eles se movimentarem pela paisagem.

O Programa também recebe apoio de Durrell Wildlife Conservation Trust, Margot Marsh Biodiversity Foundation/Re:wild e Whitley Fund for Nature.

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Estudo inédito mostra atuação dos grandes herbívoros para desacelerar perda de diversidade em florestas tropicais devido a mudanças climáticas

8 de dezembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Durante 10 anos, na Mata Atlântica, pesquisadores compararam áreas de floresta utilizadas por mamíferos herbívoros, incluindo a anta-brasileira (Tapirus terrestris) e a queixada (Tayassu pecari), e áreas para as quais o acesso desses animais foi bloqueado por plots de exclusão (cercas). O resultado principal é que as áreas utilizadas por esses animais apresentaram menor perda de diversidade do que as áreas cercadas.

O estudo inédito em florestas tropicais gerou um artigo recém-publicado no Journal of Applied Ecology do British Ecological Society (BES). As pesquisas foram realizadas no Parque Estadual Morro do Diabo, no extremo oeste do Estado de São Paulo. O trabalho traz um alerta para a importância de ações de conservação de animais ameaçados de extinção. A anta brasileira, por exemplo, integra o Red List da IUCN – União Internacional para Conservação da Natureza, como “Vulnerável à Extinção” em toda a sua distribuição. Já a queixada é considerada “Criticamente Ameaçada” na Mata Atlântica.

A coordenadora da INCAB – Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, Patrícia Medici, assina o artigo junto com Nacho Villar, pesquisador do Instituto Holandês de Ecologia NIOO-KNAW. “Neste estudo, relatamos os resultados de um primeiro experimento sobre os efeitos que a conservação e proteção dos grandes herbívoros têm sobre a manutenção da biodiversidade em florestas tropicais e, até onde sabemos, em qualquer outro bioma florestal. O estudo indica que os grandes herbívoros têm um papel muito importante para desacelerar a perda de diversidade florestal”, conta Patrícia.

 Medici Tapirs Brazil HRS Credit Joao Marcos Rosa

Conservacionista Patrícia Medici fotografa anta-brasileira no momento em que o animal sai da armadilha de caixa onde foi capturada para a coleta de materiais biológicos para estudos de saúde e genética.
O registro foi feito na Fazenda Baia das Pedras no Pantanal brasileiro (Município de Aquidauana, Estado do Mato Grosso do Sul), um dos principais biomas para a conservação da anta no país.
Crédito da foto: João Marcos Rosa

Segundo o estudo, as florestas maduras com alta diversidade foram as que mais se beneficiaram da presença dos grandes herbívoros. “Por outro lado, os resultados mostram como a composição da floresta é severamente afetada quando os animais são excluídos do bioma, sinalizando o que pode estar acontecendo em uma série de outros fragmentos da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do planeta”, destaca a pesquisadora.

Com o início da Década da Restauração das Nações Unidas (2021-2030), os resultados deste estudo são também uma orientação para futuras iniciativas de conservação e restauração florestal.  “A conservação desses animais e a restauração trófica (sem participação do homem) são cada vez mais reconhecidas como ferramentas importantes para restaurar ecossistemas florestais e evitar os efeitos agudos das mudanças globais sobre a biodiversidade. No entanto, tais soluções baseadas na natureza ainda não são reconhecidas como uma opção de conservação, sobretudo para florestas tropicais. Acreditamos que o estudo reforça como seria estratégico seguirmos nessa direção”, destaca a pesquisadora.

Do ponto de vista aplicado, tais descobertas indicam que a conservação das espécies e a restauração promovida por elas, podem ser mais eficazes na proteção contra fortes declínios de diversidade de longo prazo em florestas tropicais bem preservadas com altos níveis de diversidade florestal. “Durante os 10 anos do estudo, a abundância de plantas na fase inicial de germinação, o estabelecimento delas e a riqueza de espécies diminuíram cerca de 20% ou mais, proporcionando um experimento natural único para testar a significância funcional dos grandes herbívoros para evitar o colapso da biodiversidade a longo prazo”, diz Patrícia.

Os pesquisadores observaram também se os grandes herbívoros afetam de forma diferenciada as florestas maduras em comparação com as florestas secundárias. “Essa é uma questão importante e inexplorada na conservação e restauração trófica. Nas florestas secundárias, identificamos cerca de metade do número de espécies das florestas maduras. Em florestas secundárias, os resultados indicam limitada proteção dos grandes herbívoros contra a perda de diversidade. Mudanças ambientais regionais de longo prazo colocam em risco o potencial de recuperação de tais florestas secundárias e a transição para mais florestas maduras e diversificadas”, afirma Nacho Villar.

Detalhes da pesquisa na prática

As descobertas são fruto do monitoramento de 200 m² de Mata Atlântica do Interior no Parque Estadual Morro do Diabo, São Paulo, Brasil, realizado entre 2004 e 2014.  “Investigamos o potencial de atuação dos grandes herbívoros contra o colapso da diversidade vegetal a longo prazo, examinando seus efeitos na abundância de plantas na fase inicial de germinação, riqueza e diversidade de espécies, diversidade temporal e na taxa de mudança de composição florestal. Esses animais contribuem diretamente com as plantas do sub-bosque, por meio da dispersão de sementes e atuação nas plantas na fase inicial de germinação. Desta forma, redutos de biodiversidade são altamente sensíveis ao desaparecimento de animais tais como a anta-brasileira (Tapirus terrestris) e o queixada (Tayassu pecari), por exemplo”, explica Villar.

A equipe de Patrícia dividiu a área monitorada em 200 parcelas, incluindo 100 áreas cercadas de forma a evitar o acesso dos grandes herbívoros e 100 áreas de controle, onde não houve restrição à entrada dos animais. Como forma de compreender possíveis diferenças de acordo com o amadurecimento da floresta, as áreas cercadas estavam divididas em dois grupos, sendo 25 pares em áreas de floresta madura e 25 pares em floresta secundária.

Para o isolamento das áreas (plots de exclusão), os pesquisadores utilizaram postes de madeira e tela de arame (2×2 cm). As exclusões tinham as seguintes dimensões: 3 metros de largura, 6 metros de comprimento e 1,20 metros de altura. Foi mantida uma abertura de 20 cm ao redor da parte inferior do plot permitindo assim a entrada de pequenos mamíferos terrestres, tais como roedores e marsupiais. Dentro de cada área de exclusão, uma área de amostragem central de 1×4 m foi estabelecida e dividida em quatro quadrantes de 1×1 m.

Parcelas de controle não cercadas tinham 1 m de largura e 4 m de comprimento, divididas em quatro quadrantes de 1×1 m. Para cada parcela de exclusão e controle, dois dos quadrantes de 1×1 m foram escolhidos aleatoriamente para serem amostrados ao longo do estudo.

Amostragem florestal

Nas áreas monitoradas, todas as plantas com mais de 10 cm e diâmetro ≤ 5 cm foram marcadas com placas de PVC e receberam um número de referência. A metodologia permitiu realizar amostragem subsequentes dos mesmos indivíduos. As novas plantas que surgiram durante a pesquisa e que também atendiam aos critérios foram incorporadas ao protocolo de monitoramento.

Durante os primeiros cinco anos do estudo (2004-2008), os pesquisadores realizaram medições das plantas duas vezes por ano, no início da estação chuvosa (outubro) e no início da estação seca (abril). No período de 2009 a 2012, a coleta de dados foi realizada uma vez ao ano. As medições finais ocorreram em 2014, encerrando 10 anos de coleta de dados, com 14 medições. “Seguimos o destino de 7.287 plantas e rastreamos o declínio da diversidade durante o período de 10 anos”, destaca Patrícia.

Ameaças e oportunidade

A conservação dos grandes herbívoros e a restauração florestal promovida por eles, especialmente em florestas tropicais, representam desafios por uma série de ameaças que esses animais enfrentam pela ação do homem. Segundo os pesquisadores, avanços nessa direção precisam considerar medidas de proteção às espécies. “Manejo da paisagem eficaz, fiscalização e conservação visando aumentar as populações desses animais e a facilitação da dispersão e movimentação entre remanescentes florestais são estratégicas. Além delas, vale pontuar, a necessidade de iniciativas de reintrodução e translocação desses animais, uma vez que grandes extensões de florestas maduras ricas em diversidade atualmente estão desprovidas desses animais, por conta da caça, do atropelamento e tantas outras ameaças”. 

Com base nos resultados, os pesquisadores destacam que a restauração ativa das florestas neotropicais com grandes herbívoros pode ser, de fato, a solução mais eficaz para melhorar o estado de conservação de muitas espécies de grandes herbívoros contribuindo com a diversidade das florestas tropicais a longo prazo. “Sugerimos que as medidas tenham início em florestas maduras e, em seguida, em florestas secundárias com altos níveis de diversidade”.

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Automonitoramento da pesca na RDS Itatupã-Baquiá ganha novos indicadores 

8 de dezembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Na segunda quinzena de novembro, monitores que realizam o automonitoramento da pesca na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Itatupã-Baquiá, localizada no Pará, participaram da amostragem anual da atividade, que neste ano incluiu novos indicadores para o formulário de coleta: potência do motor da embarcação de pesca e informações da malhadeira (rede de pesca), como o comprimento em metros e o tamanho da malha em milímetros. “Com essas informações será possível trabalhar melhor a questão do esforço da atividade durante o monitoramento”, explica Ana Maira Bastos Neves, pesquisadora local do IPÊ. 

As informações obtidas com o formulário de coleta serão utilizadas para criar e avaliar padrões de observação que possibilitem acompanhar e comparar o desenvolvimento da atividade ao longo do tempo. “A coleta dessas informações irá contribuir para tomada de decisões e a construção de políticas públicas”, destaca a pesquisadora.

MPB autominitoramento pesca

Crédito da foto: Raimundo Anacleto das Graças de Souza, Comunidade de São João / RDS Itatupã-Baquiá

A novidade é o resultado do monitoramento participativo, que na RDS Itatupã-Baquiá conta com 39 famílias, entre jovens e adultos, de cinco comunidades São Francisco do Piracuí, Santa Maria do Tauari, Belo Horizonte, Santa Luzia do Urucuri e São João do Jaburu, além de pesquisadores do IPÊ, do CEPAM, gestor e profissionais da RDS, pesquisadores da UFPA – Universidade Federal do Pará,  do INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, da UFOPA – Universidade Federal do Oeste do Pará, da UFAM – Universidade Federal do Amazonas, do MPEG – Museu Paraense Emílio Goeldi e da WCS Brasil – Wildlife Conservation Society. 

Durante a visita, Ana Maira também capacitou duas técnicas que passaram a integrar a equipe do automonitoramento da pesca da RDS. Elas atuam na parte de digitação das informações coletadas pelos monitores. Ambas são contratadas via NGI – Núcleo de Gestão Integrada, do ICMBio, para realizar essa entre outras atividades. A equipe também foi ampliada com a contratação pelo NGI de um articulador para  apoiar as atividades em campo, morador da Reserva e apoiador desde a criação da Unidade de Conservação. 

A atividade integra o projeto MPB – Monitoramento Participativo da Biodiversidade, uma parceria entre IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas e o ICMBio –Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, por meio do MONITORA – Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade e do CEPAM – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica que coordena o subprograma aquático continental.

Encontro dos Saberes

Em abril de 2022, os monitores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Itatupã-Baquiá vão participar do Encontro de Saberes. O tema do encontro será a apresentação dos resultados obtidos com o automonitoramento da pesca que teve início em 2017. Em 2019, os monitores receberam devolutiva pelo trabalho realizado entre 2017 e 2018 e passaram por capacitação. Com a pandemia, a próxima devolutiva será realizada em abril de 2022 e trará um consolidado dos avanços obtidos até o momento.  

Durante o encontro, serão respondidas questões relativas à produção da unidade, como espécies capturadas, áreas de pesca, material mais utilizado nas pescarias, consumo e venda, além de potenciais novos alvos”, antecipa  Ana Maira Bastos Neves, pesquisadora local do IPÊ.

Leonardo Rodrigues, coordenador pedagógico do MPB-IPÊ, à frente dos Encontros dos Saberes, realizou o alinhamento para a realização do Encontro com as comunidades, previsto para 2022.

Sobre o Encontro dos Saberes

O Encontro dos Saberes tem se revelado uma experiência muito rica e tem aumentado o interesse das comunidades na luta pela conservação da biodiversidade. Esses encontros oferecem aos pesquisadores, monitores e gestores, um diálogo entre eles para que cada um, com o saber que possui, com a sua experiência, com sua vivência no monitoramento, dialogue olhando para a biodiversidade a partir da lente da ciência, no caso dos pesquisadores; jurídico-administrativa, no caso dos gestores; e da lente do conhecimento tradicional e da sua experiência vivencial, no caso dos monitores.

A atividade faz parte da parceria entre IPÊ e o ICMBio, por meio do CEPAM – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica, que faz parte do MONITORA -Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade, Subprograma Aquático Continental.

A iniciativa integra o projeto de “Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação da Amazônia”, desenvolvido pelo IPÊ em parceria com o ICMBio, com apoio de Gordon and Betty Moore Foundation e USAID.

Sobre o MPB

O Projeto de Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação da Amazônia (MPB) apoia a implementação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e conta com apoio da Fundação Gordon e Betty Moore, USAID, Programa ARPA e mais de 20 instituições locais.

Desde 2013, o projeto realiza o monitoramento participativo da biodiversidade e promove o envolvimento socioambiental para o fortalecimento da gestão e da conservação da biodiversidade em unidades de conservação da Amazônia. Esse processo é estratégico para entender e moderar a extensão de mudanças que possam levar à perda de biodiversidade local, subsidiar o manejo adequado dos recursos naturais e promover a manutenção do modo de vida das comunidades locais e a obtenção de renda de maneira sustentável. A principal motivação do MPB é fomentar a participação social como alicerce para compreensão e conservação da biodiversidade.

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Corredores de Vida ganham mais 170 mil novas árvores nativas

10 de novembro de 20227 de dezembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Em Marabá Paulista (SP), cerca de 83 hectares da fazenda São Paulo, anteriormente cobertos por pastagem, agora estão restaurados com árvores nativas do bioma Mata Atlântica. A área de aproximadamente três quilômetros recebeu cerca de 200 mil mudas de árvores e faz parte de um corredor que liga a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto (ESEC MLP) a um fragmento de mata nativa situada na fazenda São Paulo, na região do Pontal do Paranapanema, extremo Oeste do estado de São Paulo.

Foram, aproximadamente, sete meses de plantio (março a outubro/2021) para concluir o corredor ecológico que fica ao Norte do Parque Estadual Morro do Diabo (PEMD). Com a finalização dessa restauração a região ganha mais uma importante conexão de floresta, com a criação dos corredores ecológicos e a ligação entre as Unidades de Conservação ESEC MLP e o PEMD e importantes fragmentos isolados na paisagem.

Esse plantio é uma parceria entre o IPÊ e o proprietário rural Wilson Kozo Koga, responsável por ceder a área e por contribuir com o projeto, cercando e preparando o solo para o plantio das mudas. Já ao IPÊ coube a articulação com investidores nacionais e internacionais para angariar recursos financeiros, além de fazer toda a governança do projeto como a contratação da equipe de plantio, aquisição de mudas nativas, manutenção e monitoramento do restauro ecológico. A restauração florestal é uma forma do proprietário se adequar ao Novo Código Florestal que exige que 20% da área da propriedade seja preservada ou reflorestada.

Corredor Norte PLantio8 1 1

A previsão, segundo os técnicos do IPÊ, é que uma década é o tempo suficiente para o corredor se transformar em floresta bem estruturada. No entanto, em dois anos, as árvores pioneiras e de crescimento rápido como Sangra d’água (Croton urucurana), Aroeira Pimenteira (Schinus therebimthifolia), Canafistula (Peltophorum dubium), Angico (Anadenanthera colubrina), entre outras, estarão com cinco metros de altura. Nesse estágio, a área já abriga animais silvestres, aves, polinizadores e anfíbios que contribuem com a manutenção e conservação da biodiversidade.  Além de servir como elo de ligação, pois esse corredor é de extrema importância para a conservação de populações de micos-leões-pretos (Leontopithecus chrysopygus) que até então viviam isolados no fragmento da mata nativa das fazendas São Paulo e Santa Mônica. A conexão agora vai facilitar a formação de novos grupos não parentes, ampliando a variabilidade genética de forma a perpetuar a espécie, uma vez que a reprodução entre um grupo pequeno dentro da mesma família, traz sérios problemas genéticos que podem levar a espécie à extinção.

Na avaliação do coordenador de projetos do IPÊ, Haroldo Borges Gomes, os  benefícios dos corredores são inúmeros como ligar fragmentos, conectar espécies isoladas, regularizar os passivos ambientais das propriedades com base no Cadastro Ambiental Rural, além de deixar um legado para as futuras gerações no quesito biodiversidade. É também uma das soluções para a crise hídrica. “É um orgulho estar envolvido neste projeto de conservação de vidas e que vai garantir a biodiversidade para a região e gerações futuras”, disse.

Quem também está orgulhoso com a conclusão do plantio do corredor ecológico é o funcionário da fazenda São Paulo, Bruno Garcia Barbosa. Ele conta que no trecho onde o plantio foi iniciado já é possível ver rastros de animais como da anta-brasileira (Tapirus terrestres), e a presença de alguns pássaros, os quais, anteriormente, não eram comuns na área. Ele ainda pontua a importância da parceria entre o IPÊ. “Com esta união todos ganham, principalmente, a natureza que está sendo recuperada. É gratificante saber que meus filhos, meus netos vão poder contemplar as belezas dessa mata que irá se formar aqui”.

Além, dos ganhos ecológicos desse projeto há também os ganhos financeiros, pois, o IPÊ envolve a comunidade através da aquisição de mudas nos viveiros comunitários de Teodoro Sampaio e Mirante do Paranapanema e a contratação de mão de obra para o plantio.

 

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Viveiristas participam de curso de botânica no Pontal do Paranapanema

10 de novembro de 20227 de dezembro de 2021 Por Cibele Quirino

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Profissionais de restauração florestal dos corredores ecológicos implementados pelo IPÊ – Instituto de Pesquisa Ecológicas, na região do Pontal do Paranapanema, no extremo Oeste do estado de São Paulo, participaram do “Curso de boas práticas de identificação botânica e escolha de espécies estruturantes para restauração florestal no bioma Mata Atlântica de Interior”, no viveiro Viva Verde, da viveirista Iraci Lopes Duveza. 

O curso é uma parceria entre o IPÊ e a WeForest que apoia a restauração florestal de algumas áreas na região, e tem como objetivo contribuir para a formação dos proprietários de viveiros comunitários, colaboradores e as equipes de plantio. “A ideia é fazer cursos de atualização com certa periodicidade, pois a botânica é uma área dinâmica com mudanças frequentes”, explicou Cristina Yuri Vidal, gerente de projetos da WeForest no Brasil. 

No curso, os participantes tiveram a oportunidade de compreender melhor, por exemplo, as diferenças entre árvores da Mata Atlântica do interior e do litoral. “A Quaresmeira (Tibouchina granulosa), por exemplo, é nativa na região litorânea, porém é exótica no extremo Oeste Paulista”, explicou o engenheiro florestal Guilherme Faganello, da Embira Consultoria, que ministrou o curso. 

Resultados práticos 

“Eu tinha a concepção que árvores exóticas eram somente as espécies nativas em outros países. Agora, aqui na atualização esse conceito de exótica ficou muito claro”, disse Francisco Barbosa da Silva, sócio na Mafran Ambiental Consultoria. 

“Ficou evidente o potencial agressivo das árvores exóticas, pois elas se desenvolvem mais rápido e atrapalham a formação das nativas. Agora minha empresa, que trabalha com produção de mudas e plantio no campo, vai redobrar os cuidados, pois o ideal é atacar o problema na base, ou seja, não coletar sementes e não produzir espécies exóticas”, comentou Marta Aparecida da Silva, sócia na Mafran. 

Para Tamires Ferreira de Lima , colaboradora do viveiro Viva Verde, o aprendizado sempre é bem-vindo. “Sou o tipo de profissional que gosta de aprender mais e mais sobre as árvores nativas”.  

Na avaliação de Nivaldo Ribeiro Campos, técnico do IPÊ e coordenador dos viveiros comunitários, o curso fortalece os viveiros e assim os resultados com a restauração florestal na região. “Com conhecimento é possível avançar com qualidade. A cada dia os viveiristas da região se tornam mais especializados no mercado de mudas nativas do bioma Mata Atlântica de interior, o que traz ainda mais benefícios para toda a cadeia da restauração”. 

 

Quais as árvores mais adequadas para restauração no Pontal do Paranapanema?

Durante a capacitação, Guilherme Faganello, engenheiro florestal da Embira Consultoria, pontuou a importância de elaborar uma lista de árvores nativas que são interessantes para a restauração florestal na região, com a função de aumentar a eficácia da iniciativa e reduzir custos, por exemplo, com o replantio de árvores. Nesse contexto, é possível, inclusive, refinar as espécies com melhor desempenho no campo, principalmente aquelas que resistem a longos períodos de seca, pois este é um dos fatores ocasionado pelas mudanças climáticas. 

Para a elaboração da lista, os participantes priorizaram dois pontos: a presença de espécies do grupo funcional/diversidade – aquelas que atraem animais dispersores de sementes, como pássaros e a anta-brasileira (Tapirus terrestris) e do grupo estruturante/recobrimento – árvores que contribuem para a formação mais rápida da floresta, como por exemplo, a Sangra d’água (Croton urucurana), de crescimento rápido, com formação de copa que oferece sombra e ajuda a combater o capim braquiária. 

Com base nessas orientações a lista de espécies prioritárias na região inclui: 

Aroeira Pimenteira (Schinus terebinthifolius) – grupo estruturante/ recobrimento

Cabreúva (Myroxylon Peruiferum) – grupo funcional/ diversidade

Espinho de Maricá (Mimosa bimucronata) – grupo estruturante/ recobrimento

Fedegoso (Senna macranthera) – grupo estruturante/ recobrimento

Fruta de Lobo (Solanum lycocarpum) – grupo estruturante/ recobrimento

Ipê Amarelo (Tabebuia chrysotricha) – grupo funcional/ diversidade

Jatobá (Hymenaea courbaril) – grupo funcional/ diversidade

Louro Pardo (Cordia trichotoma) – grupo funcional/ diversidade

Mutambo (Guazuma ulmifolia) – grupo estruturante/ recobrimento

Pau formiga (Triplaris americana) – grupo funcional/ diversidade

Sangra d’água (Croton urucurana) – grupo estruturante/ recobrimento

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Pequenos produtores participam de curso sobre Água e Bacias Hidrográficas no ES

6 de dezembro de 2021 Por Paula Piccin

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Curso agua assentamento rosaA primeira ação pedagógica realizada pelo IPÊ em assentamentos rurais no Espírito Santo tratou sobre o tema Água e Manejo de Bacias Hidrográficas. Dois cursos gratuitos foram realizados pelo Projeto Educação, Paisagem e Comunidade, beneficiando 50 pessoas nos assentamentos Beija-Flor e Rosa de Saron, nos municípios de Alto Rio Novo e Águia Branca, respectivamente. Os encontros tiveram participação de assentados, técnicos, representantes do sindicato rural e lideranças comunitárias, e foram aplicados por Felipe Senna, do Instituto Socioambiental de Viçosa.

“O tema água foi escolhido para iniciar o diálogo sobre as questões ambientais deste território, que é prioritário na conservação dos recursos hídricos e que influencia a produção de água de várias cidades do estado. Essa conversa com os participantes buscou enfatizar a importância de uma melhor relação com os recursos hídricos, imprescindíveis para a sustentabilidade local”, afirma Vanessa Silveira, educadora ambiental e responsável técnica na inserção territorial.

Os cursos foram os primeiros de uma série de capacitações e diálogos com os assentados rurais, que serão cocriadores desse trabalho junto com o IPÊ e outros atores sociais, pela conservação socioambiental no

WhatsApp Image 2021 12 06 at 14.50.46 território.

“A metodologia do curso foi pensada para que os participantes possam ler a paisagem a partir do comportamento e dinâmica da água na bacia hidrográfica. A ideia é que eles identificassem, nas próprias ações que realizam, as formas de atenuar os impactos já vividos em suas propriedades e como suas práticas cotidianas podem melhorar a disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos disponíveis”, complementa Vanessa.

Nos encontros foram abordados temas como: conceito e definição de Bacia Hidrográfica, Ciclo Hidrológico, leitura e interpretação de Bacias Hidrográficas, Comitês de Bacias Hidrográficas, legislação (Lei das Águas; Código Florestal), problemas e conflitos relacionados à água, consequências do uso de agrotóxicos e por fim, técnicas e tecnologias para manejo sustentável da água na propriedade.

“Com a atividade, também começamos a preparar o olhar para a construção participativa dos PIPs (Projetos Individuais das Propriedades) que serão realizados ao longo do Projeto e identificar os principais problemas relacionados à água vividos hoje nas comunidades”, comenta Edmilson Teixeira Jr., responsável pelo extensionismo rural do projeto.

O projeto é uma iniciativa que tem apoio financeiro da Fundação Renova.

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