III Seminário: Boas práticas nas UCs incluem produção sustentável, regularização fundiária, manejo e parcerias
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Na próxima segunda-feira, dia 27 de novembro, começa o III Seminário de Boas Práticas na Gestão de Unidades de Conservação e I Fórum Internacional de Parcerias na Gestão de Unidades de Conservação, em Brasília (DF). O evento reúne profissionais do Brasil e do exterior para debaterem Parcerias e Unidades de Conservação (UCs). Dentre as atividades do evento, haverá a apresentação e o debate sobre 46 boas práticas realizadas em UCs federais e estaduais, previamente selecionadas pelos organizadores: IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservaçnao da Biodiversidade e IBAM – Instituto Brasileiro de Administração Municipal. O objetivo é a troca de experiências bem sucedidas na gestão de UCs com potencial de replicação.
As experiências estão distribuídas por todo território nacional e contemplam diferentes temas. Abaixo, um pequeno resumo de algumas práticas de áreas como produção sustentável, populações tradicionais, regularização fundiária e manejo de fogo.
Gestora: Cecília Licarião Barreto Luna
Parque Estadual do Cocó/CE
Junho de 2016
Projeto Chama-Maré: uma abordagem às comunidades tradicionais e moradores do entorno do Parque Estadual do Cocó
Realizada no Parque Estadual do Cocó, a Prática contou com a participação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará, Associação de Nativos e Moradores da Sabiaguaba e Comunidade Tancredo Neves. Com o objetivo de ampliar o alcance das práticas educativas executadas no Parque, criando agentes multiplicadores de ações ambientais, despertando o interesse pelas causas ecológicas, fortalecendo práticas ambientais desenvolvidas pelas associações de moradores das comunidades local e tradicional, proporcionando momento de lazer para os envolvidos.
Jossandra Carvalho da Rocha Pinheiro
Mosaico Lago de Tucuruí, Região Administrativa Lago de Tucuruí, Diretoria de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação/PA
Abril de 2016
Implantação do Sistema de Monitoramento do Desembarque Pesqueiro e Aquícola do Mosaico Lago de Tucuruí
Realizada no Mosaico Lago de Tucuruí, composto pela Área de Proteção Ambiental Lago de Tucuruí, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Alcobaça e Reserva de Desenvolvimento Sustentável Pucuruí-Ararão, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (SEMAS, SEDAP, MPU/Comarca de Tucuruí, Conselho Gestor das UC, Prefeituras Municipais, Colônia de Pescadores e Sindicato de Pescadores). Com o objetivo de levantar informações que subsidiem a adoção de medidas de ordenamento dos recursos pesqueiros nos limites do Mosaico.
Gestor: João Augusto Madeira
Coordenação de Gestão de Conflitos em Interfaces Territoriais/DF
Maio de 2016
Termo de compromisso com pesadores artesanais no Parna Marinho das Ilhas dos Currais (PR): buscando a conservação da biodiversidade pela gestão transparente de um conflito socioambiental
Realizada no Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (Colônias de Pescadores de Matinhos e de Pontal do Paraná; NESPAMP/CEM/UFPR; Instituto de Pesca/SP, Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio). Com o objetivo de negociar com transparência, formas de conciliar, na medida do possível, o atendimento a direitos legítimos dos pescadores artesanais, enquanto comunidade tradicional, com os direitos difusos, igualmente legítimos, que determinam a criação de unidades de conservação da natureza.
Gestora: Juliana Cristina Fukuda
NGI APA de Guapi-Mirim e ESEC da Guanabara/RJ
Março de 2016
Programa de recuperação de manguezais degradados na Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim
Realizada na Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim, a Prática contou com a participação do Instituto Nacional de Tecnologia e Uso Sustentável, Associação dos Protetores do Mar, Cooperativa Manguezal Fluminense. Com o objetivo de recuperar áreas de manguezal que foram degradados antes da criação da unidade de conservação.
Gestora: Camila Souza Silva
Coordenação de Prevenção e Combate a Incêndios/DF
Abril de 2012
Manejo Integrado do Fogo (MIF) em Unidades de Conservação Federais
Realizada nas Estações Ecológicas de Serra Geral do Tocantins e Uruçuí-Una, Parques Nacionais dos Campos Amazônicos, Chapada das Mesas, Chapada dos Veadeiros, Sempre Vivas, Itatiaia, Lagoa do Peixe, Araguaia, Serra da Canastra, Chapada dos Guimarães e Serra Geral, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (ICMBio, IBAMA/Prevfogo, INPE, Semades, Naturatins, Ruraltins, Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza, Construção e Segurança Nuclear da Alemanha (BMUB), GIZ GmbH, UnB, UFRGS, TUM, dentre outras instituições acadêmicas). Com o objetivo de aplicar o Manejo Integrado do Fogo como programa para a prevenção e combate a incêndios florestais em unidades de conservação federais, contribuindo para a conservação da biodiversidade, a manutenção dos biomas como sumidouros de carbono de relevância global e para a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Gestor: Fabiano Gumier Costa
Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo/PB
Outubro de 2014
Projeto demonstrativo de geração de energia fotovoltaica e sustentabilidade energética
Realizada na Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo, a Prática contou com a participação do Fundo Nacional sobre Mudanças Climáticas e do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR/UFPB). Com o objetivo de difundir e popularizar sistemas de geração de energia fotovoltaica para a sociedade, reduzir as despesas do ICMBio de consumo de energia elétrica, estimular outras instituições, empresas e comunidades da região a adotarem sistemas fotovoltaicos.
Gestor: João da Mata Nunes Rocha
COPROD/CGPT/DISAT/DF
2015
Programa “Conservação dos Recursos Biológicos da Amazônia – Fortalecimento de Cadeias de Valor”
Realizada em algumas UC e TI com atividades executadas, em execução e revistas, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (USAID, Serviço Florestal Americano, ICMBio, SFB, FUNAI, UFPA, IFT, IEB, Pacto das Águas, OPAN, FVA, CSF, IMAFLORA, ISA, IDSM Mamirauá, IPAM, COOMFLONA, TAPAJOARA, AAPA, ATAMP, COOMARU, APADRIT, COOMNSPRA, Associação São Bento do Inumbi, Associação Rio Curuminim, Associação Itapeua, Associação Deus Proverá, Associação do Baixo Acari, Associação Aguapé, ASROP, ASAEX, CDS Porto de Moz). Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável na região Amazônica Brasileira por meio da conservação e do uso sustentável de seus ecossistemas em áreas protegidas.
Gestora: Tatiane Rodrigues Lima
Parque Nacional Mapinguari/RO
Agosto de 2016
Implantação de sistemas produtivos sustentáveis na comunidade de castanheiros do Rio Umari no entorno do Parque Nacional Mapinguari
Realizada no Parque Nacional Mapinguari, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (Comunidade de castanheiros do Rio Umari, Conselho Consultivo do Parque Nacional Mapinguari, Núcleo de Apoio à Pesquisa em Rondônia/INPA, Centro de Estudos Rio Terra, Viveiro da Floresta, Ação Ecológica Guaporé, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas, Viveiro Fazenda Futuro, Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia). Com o objetivo de implantar sistemas produtivos sustentáveis na comunidade do rio Umari, no entorno do Parna Mapinguari.
Gestor: Carlos Alberto Cassini
Parque Estadual da Serra do Tabuleiro/SC
Agosto de 2004
Incubação da OSCIP ECOPEF para cogestão do Parque Estadual Fritz Plaumann
Realizada no Parque Estadual Fritz Plaumann, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (FATMA, Consórcio ITÁ, TRACTEBEL, UNC, Socioambiental). Com o objetivo de incubar uma OSCIP para atuar como cogestora do Parque na área de uso público e envolvimento com o entorno.
Gestora: Flavia Dinah Rodrigues de Souza
Divisão do Sistema Estadual de Áreas Naturais Protegidas/AC
Junho de 2013
Gestão Integrada entre Parque Estadual Chandless e Terra Indígena Alto Rio Purus
Realizada no Parque Estadual Chandless e na Terra Indígena Alto Rio Purus, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (FUNAI, Assessoria de Assuntos Indígenas do Acre, Centro de Trabalho Indigenista, Associações Huni kui e Madijá da Terra Indígena Alto Purus e famílias do Parque). Com o objetivo de fortalecer as relações interinstitucionais entre FUNAI e SEMA/AC, em favor da construção de diálogo com indígenas da TI Alto Rio Purus e moradores do Parque Chandless para a proteção conjunta do território.
Gestor: Andre Segura Tomasi
Unidades de Conservação de Uso Sustentável do Estado do Amazonas/AM
Dezembro de 2012
Fórum Diálogos Amazonas: regularização fundiária urgente
Realizada nas Reservas Extrativistas Arapixi, Médio Purus, Baixo Juruá, Lago do Capanã Grande, Rio Jutaí, Auatí Paraná, Médio Juruá, Ituxi, Rio Unini e as Florestas Nacionais Purus, Tefé, Mapiá-Inauiní, e Humaitá, a Prática contou com a participação de diversos atores sociais (CNS, CPT, MPF, PGE/AM e associações comunitárias ligadas às UC envolvidas na iniciativa). Com o objetivo de promover a regularização fundiária das unidades de conservação de uso sustentável do estado do Amazonas.
Gestor: Fernando Tatagiba
Divisão de Parcerias/DF
2014
Engajamento da sociedade na Ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
Realizada no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a Prática contou com a participação do Conselho Gestor do Parque e da Fundação mais Cerrado. Com o objetivo de promover Engajamento da sociedade na ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Gestor: Cesar Vitor Espírito Santo e Kolbe Wombral Soares Santos
CGTER/DF
2006
Gestão Integrada das Unidades de Conservação do Mosaico Sertão Veredas Peruaçu
Realizada no Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu, onde estão inseridas: os Parques Nacionais Grande Sertão Veredas e Cavernas do Peruaçu e a Área de Proteção Ambiental Cavernas do Peruaçu, a Prática contou com a participação da FUNATURA, WWF Brasil e membros do Conselho Consultivo do Mosaico Sertão Veredas Peruaçu, que é composto por 46 entidades. Com o objetivo de promover o desenvolvimento em bases sustentáveis e integrados ao manejo das unidades de conservação e demais áreas protegidas do Mosaico Sertão Veredas Peruaçu.
Gestora: Luciana Yukari Uehara
Parque Nacional do Pico da Neblina/AM
Janeiro de 2015
Compartilhando desafios: conciliar instrumentos de gestão em áreas de sobreposição territorial
Realizada no Parque Nacional do Pico da Neblina, a Prática contou com a participação de associações e lideranças indígenas do Rio Negro, FUNAI, Federação das Associações
Indígenas do Rio Negro, ISA, Secretaria de Turismo de São Gabriel da Cachoeira. Com o objetivo de conciliar os instrumentos de gestão em área de interface territorial – Plano de Manejo do Parque Nacional do Pico da Neblina e os Planos de Gestão Territorial e Ambiental das 4 Terras Indígenas em sobreposição à UC, visando a gestão integrada do território.
Gestora: Luciene Pohl
Sul do Amazonas/AM
2016
Plano de Gestão Integrada de áreas protegidas do sul do Amazonas
Realizada nas Reservas Extrativistas Médio Purus, Ituxi e Florestas Nacionais Humaitá e Purus, a Prática contou com a participação de Associações Indígenas e Extrativistas, FUNAI e ICMBio. Com o objetivo de orientar as instituições parceiras em relação as ações prioritárias para o avanço da gestão integrada no sul do Amazonas, em detrimento de ações de desmatamento que se agravam diariamente.
Com informações do ICMBio
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Ecoswim é neste sábado! Ainda dá tempo de fazer a sua inscrição
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A 10a edição do Ecoswim acontece no próximo sábado, dia 18/11! A competição de natação é organizada por estudantes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), com renda revertida para o IPÊ. O evento já tem mais de 600 inscritos e 39 equipes confirmadas!
Mas ainda dá tempo de se inscrever: www.ecoswim.com.br
Parte do valor das inscrições do evento é destinada ao projeto do “Nascentes Verdes, Rios Vivos”, que mantém um viveiro de mudas nativas da Mata Atlântica em Nazaré Paulista (SP). As mudas são usadas para reflorestamento e o viveiro é utilizado como local para ações de educação ambiental para a comunidade.
Um dos objetivos da comissão organizadora é despertar entre os participantes a importância da conservação da natureza e, sobretudo, fazer com que eles se tornem defensores da proteção da água e promotores da causa socioambiental.
Ao comprar o kit da competição, os participantes recebem uma muda nativa pelo IPÊ.
Ecoswim
Conjunto Aquático Carlos Antonio Biazotto,
Avenida Fernando Simonsen, 120.
São Caetano do Sul / SP
Inscrições: www.ecoswim.com.br
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Primeira Oficina de Instituições Parceiras do MOSUC acontece em Brasília
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O estabelecimento de parcerias entre organizações diversos setores (governo, sociedade civil e empresas) é visto como uma das chaves para a melhoria da gestão das Unidades de Conservação (UCs) no Brasil. Para estimular a realização dessas parcerias, o IPÊ começou, nesta semana, a desenvolver uma Experiência-Piloto de Fortalecimento da Gestão das UCs, com a participação de 13 organizações da sociedade civil que atuam em 16 territórios na Amazônia.
A proposta é fortalecer as organizações por meio de capacitações e atividades para que elas possam atuar em rede, desenvolvendo projetos em parceria com as UCs nas regiões onde já estão presentes, contribuindo mais efetivamente com a gestão dessas áreas protegidas. Por meio de um edital, o IPÊ selecionou instituições com interesse em compor essa experiência-piloto e que agora passam a receber acompanhamento do Instituto.
A primeira atividade do piloto é a Oficina de Instituições Parceiras do MOSUC (projeto Motivação e Sucesso na Gestão de UCs), que acontece até dia 10 de novembro, em Brasília, com a participação das instituições selecionadas.
Suzana Padua, presidente do IPÊ, esteve presente para falar sobre a história do Instituto e os desafios para a conservação socioambiental aos representantes das instituições. “Foi muito inspirador ver nessa reunião tantos empreendedores atuando pela Amazônia e que agora fazem parte dessa experiência. São pessoas que se dedicam por amor, porque os desafios são imensos e persistem. Acho que será uma troca muito importante entre o IPÊ e esses participantes, que também têm muito a ensinar sobre suas experiências na Amazônia. Vamos atuar como uma ponte entre essas organizações e demais parceiros dos vários setores, para buscar viabilizar ações que sejam relevantes na conservação dessas áreas”, afirmou.
A oficina busca alinhar os objetivos entre as instituições parceiras sobre a atuação em rede no MOSUC, além de debater assuntos como termos de Parceria, Prestação de Contas, Fluxo de Informação, Apresentação dos Planos de Trabalho, Fluxo de Contratação das Pessoas, Relatórios, Cronograma e Levantamento de Informações para Desenho da Capacitação.
O MOSUC é realizado pelo IPÊ, em parceria com o ICMBio e conta com apoio de Gordon and Betty Moore Foundation.
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IPÊ lança aulas gratuitas sobre Sistemas Agroflorestais para pequenos produtores
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O IPÊ lançou uma série de videoaulas gratuitas sobre Sistemas Agroflorestais (SAFs). Em quatro módulos, os técnicos do Instituto explicam a pequenos proprietários rurais como eles podem realizar o sistema de plantio, quais os benefícios socioeconômicos que ele traz e como esse modelo também é importante para a biodiversidade.
As aulas podem ser acessadas em: http://www.ipe.org.br/saf
Os Sistemas Agroflorestais (SAFs), têm se destacado como sistemas produtivos que potencializam a produção agrícola de forma sustentável. Há mais de 20 anos, o IPÊ trabalha com esse sistema no Pontal do Paranapanema, junto a assentados rurais, em uma área de grande impacto para a proteção da Mata Atlântica e toda a sua biodiversidade.
Os projetos direcionados para esse sistema já renderam resultados importantes ao longo dos anos como: levar benefícios socioeconômicos a mais de 200 pessoas, contribuir com a segurança alimentar de famílias por meio da produção agroecológica e ajudar na formação do maior corredor reflorestado de Mata Atlântica, que beneficia espécies da fauna.
Os SAFs estão alinhados com os objetivos do IPÊ de pensar e implementar, junto com a comunidade, uma paisagem mais sustentável para o Pontal do Paranapanema. Atualmente, o Instituto desenvolve o Café com Floresta e o Sistemas Agroflorestais para Agricultura Familiar como Corredores de Biodiversidade
A iniciativa teve o apoio do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável Microbacias II (PDRS), Banco Mundial e Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
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Sistemas Agroflorestais (SAFs)
::cck::303::/cck::::introtext:: Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) são sistemas produtivos que potencializam a produção de forma sustentável equilibrando ganhos econômicos, sociais e ambientais. Há mais de 20 anos, o IPÊ vem trabalhando com esse sistema no Pontal do Paranapanema, junto a assentados rurais, em uma área de grande impacto para a proteção da Mata Atlântica e toda a sua biodiversidade. ::/introtext::::fulltext:: … Ler mais
Novo projeto monitora tamanduás-bandeira nas rodovias de MS para proteger espécie
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Nos últimos 35 anos, mais da metade do Cerrado brasileiro converteu-se em terras para atividade agropecuária. A fragmentação florestal contínua afeta o habitat natural de várias espécies do bioma, entre elas o icônico tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla).
Considerado vulnerável à extinção na lista vermelha das espécies (IUCN/ União Internacional para a Conservação da Natureza), o tamanduá-bandeira sofre não apenas com a falta de habitat, mas também com os atropelamentos em rodovias, principalmente naquelas que cortam o Mato Grosso do Sul. No estado, é uma das espécies com maior incidência de atropelamentos, segundo dados levantados pela Iniciativa Nacional para Conservação da Anta Brasileira e pelo projeto Tatu Canastra, ambos do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas. Entre 2013 e 2014, o tamanduá-bandeira foi a terceira espécie mais atropelada, com 135 carcaças encontradas (as duas maiores ocorrências foram de cachorro-do-mato e tatu-peba).
Mesmo sabendo da importância desse impacto para a espécie, faltam estudos sobre como e quando os animais estão morrendo nestas rodovias. Por essa razão, um grupo de organizações, entre elas o IPÊ, se aliou ao ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) para desenvolver o Projeto Bandeiras & Rodovias, realizado na cidade de Campo Grande (MS).
Com duração até 2020, o projeto consiste em três fases. A primeira, que já acontece desde janeiro de 2017, avalia o impacto das rodovias para a espécie, com monitoramentos quinzenais, quantificando os atropelamentos e entendendo o impacto das rodovias na vida dos animais. O projeto também avalia a influência da abertura de estradas e do tráfego de veículos na movimentação e comportamento dos tamanduás, monitorando-os a partir de GPS. A participação da comunidade também é importante nessa fase: os pesquisadores levantam as percepções dos caminhoneiros e moradores rurais sobre a espécie – há relatos de que algumas superstições fazem as pessoas considerarem o tamanduá um símbolo de mau agouro.
A segunda etapa prevê identificar as consequências das rodovias no Cerrado na saúde e densidade populacional da espécie. Para isso serão realizados: estudos de densidade populacional de tamanduás próximos e distantes das rodovias, por meio de armadilhas fotográficas e necropsia de carcaças frescas encontradas no entorno das rodovias, com coleta de materiais biológicos.
A terceira e última etapa está relacionada ao Manejo das Rodovias, quando será redigido um documento com estratégias de mitigação de atropelamentos de tamanduás-bandeira. Com os resultados, deverão ser elaboradas diretrizes de manejo paisagístico e ações para mitigar os efeitos negativos das rodovias, que terão colaboração das partes interessadas no tema e de pesquisadores da América do Sul, por meio de um Workshop Internacional Participativo.
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Seminário de Boas Práticas divulga propostas selecionadas
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Quem se candidatou ao III Seminário de Boas Práticas e I Fórum Internacional de Parcerias já pode conferir o resultado do processo seletivo aqui. Devido à qualidade, foram selecionadas mais 11 propostas, além das 35 anunciadas no edital, totalizando 46. Afora isso, mais 21 propostas foram escolhidas para publicação na revista do evento. Ao todo, serão publicadas 67 boas práticas.
Por causa desta decisão, a Comissão de Avaliadores decidiu não disponibilizar as possíveis vagas extras ao público externo que existiriam ao final da seleção para priorizar os selecionados para publicação em revista.
Dentre os trabalhos selecionados, encontram-se boas práticas nas áreas de concessão, parcerias, gestão compartilhada em áreas com sobreposição, ecotrilhas, planos de gestão, educação ambiental e voluntariado em unidades de conservação, coordenações regionais e na sede do ICMBio.
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Ecoswim 2017 será em São Caetano do Sul/SP. Inscrições abertas!
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No dia 18 de novembro acontece a 10a edição do Ecoswim, competição de natação organizada por estudantes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), com renda revertida para o IPÊ.
O Ecoswim é uma competição que, uma vez ao ano, reúne nadadores em equipes, que nadam durante uma hora. A equipe que marcar o melhor tempo é vencedora da prova. Parte do valor das inscrições do evento é destinada ao projeto do IPÊ Nascentes Verdes, Rios Vivos, que mantém um viveiro de mudas nativas da Mata Atlântica em Nazaré Paulista (SP). As mudas são usadas para reflorestamento e o viveiro é utilizado como local para ações de educação ambiental para a comunidade.
Um dos objetivos da comissão organizadora é despertar entre os participantes a importância da conservação da natureza e, sobretudo, fazer com que eles se tornem defensores da proteção da água e promotores da causa socioambiental.
Ao comprar o kit da competição, os participantes recebem uma muda nativa pelo IPÊ.
Em 2016, o evento recebeu 800 pessoas. A meta de 2017 é alcançar 1000 participantes. As inscrições vão até o dia do evento!
Ecoswim
Conjunto Aquático Carlos Antonio Biazotto,
Avenida Fernando Simonsen, 120.
São Caetano do Sul / SP
Inscrições: www.ecoswim.com.br
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Pesquisadores fazem registro raro de tatus-canastra em reserva ambiental do Mato Grosso do Sul
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Os pesquisadores do projeto Tatu-Canastra (realizado pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas eThe Royal Zoological Society of Scotland) registraram com armadilhas fotográficas pela primeira vez o aparecimento de tatu-canastra na Reserva Cisalpina, no Mato Grosso do Sul. O registro foi considerado raro, já que existiam somente relatos orais e não imagens da espécie na reserva ambiental, a maior do leste do estado e que faz parte de uma importante área do corredor de biodiversidade tri-nacional do Rio Paraná.
A Reserva Cisalpina é um remanescente das várzeas do rio Paraná, a maior amostra deste tipo de ecossistema que restou após o enchimento da hidrelétrica Sérgio Motta, em 1995. A paisagem é um mosaico com lagoas, córregos e canais interligados ao canal do rio Paraná, áreas abertas inundáveis e manchas florestais naturais. A área sofreu grandes impactos devido a ações de desmatamento e inundações mas, hoje, é considerada o maior remanescente de floresta protegida e se tornou um grande refúgio para a biodiversidade ao longo do rio Paraná. Ali, o tatu-canastra não era conhecido até recentemente, e não constava no Plano de Manejo para a área, elaborado pela CESP em 2006.
“Esta é a única área em território brasileiro desse corredor tri-nacional onde a espécie é agora conhecida. A aparição é importante porque mostra que se houver um novo enchimento da hidrelétrica, isso poderá afetar a reserva Cisalpina e a fauna ali existente, até bichos que ainda não foram registrados na região, como era o caso do tatu-canastra. A proteção dessa reserva se mostra agora ainda mais fundamental para a conservação da espécie, considerada vulnerável na lista vermelha das espécies ameaçadas”, comenta o biólogo Gabriel Fávero Massocato, que conduziu a pesquisa e faz parte da equipe do projeto.
Os pesquisadores contabilizaram três tatus-canastra fêmeas na reserva, por meio de registros de armadilhas fotográficas. Além disso, também encontraram 30 tocas atribuídas a escavações de tatus-canastra, que é considerado “engenheiro do ecossistema”, pois suas tocas são usadas por diversas outras espécies como abrigo e conforto térmico.
“Trinta e cinco espécies de vertebrados foram registradas na Reserva Cisalpina usando as tocas de tatu-canastra, indicando sua importância na manutenção da qualidade de habitat para um grande número de espécies ao longo do Corredor de Biodiversidade tri-nacional do Rio Paraná”, comenta o coordenador do projeto Arnaud Desbiez. Outra constatação importante é que uma das fêmeas chegou a atravessar a rodovia BR-158. “A equipe do projeto já registrou cinco tatus-canastra atropelados no Estado esse ano. Atropelamentos apresentam um grande risco para a fauna do Mato Grosso do Sul. Isso é um ponto importante para pensar a proteção da espécie”, comenta.
O trabalho foi publicado recentemente em um artigo científico na revista Edentata, o periódico de divulgação do Grupo de Especialistas em Tamanduás, Preguiças e Tatus da IUCN/SSC.
Desde 2010, o projeto Tatu-Canastra realiza pesquisas científicas para a proteção da espécie no Pantanal e Cerrado do MS. No Brasil, o tatu-canastra está presente na Floresta Amazônica, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica. Nos pampas, é considerado extinto e não há registros da espécie na Caatinga.
“Precisamos identificar onde estão esses tatus. Conhecer os ambientes de ocorrência de tatus-canastra especialmente em unidades de conservação, é fundamental para monitorar a espécie e avaliar a viabilidade das populações a longo prazo, assim como conduzir programas de conservação para ela”, conclui Desbiez.
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