O Seminário da Cadeia Produtiva do Artesanato do Baixo Rio Negro, realizado pelo IPÊ, reuniu 50 pessoas entre comunitários e palestrantes, no Auditório Laura Vicuña, Manaus, dias 21 e 22 de novembro. Além da apresentação dos resultados da Pesquisa de Viabilidade Socioeconômica e Ambiental, elaborada pelo consultor do IPÊ Luiz Fonseca Filho, artesãos da comunidade fizeram um intercâmbio de experiências e encaminharam alternativas para o fortalecimento das suas atividades.
“Eu voltei a sonhar, a ter esperança. Vou levar tudo que aprendi aqui para minha comunidade, nós podemos crescer não só no artesanato como também em outras atividades”, disse a artesã Sueli Andrade de Oliveira, da comunidade Monte Sinai. Ela e artesãos de outras 12 comunidades tiveram a oportunidade de expor seus produtos e conferirem os resultados da pesquisa realizada por Fonseca, que indicou os preços sugeridos para cada item da cadeia do artesanato e técnicas de negociação de valores e prazo para os produtos, com o foco de valorizar os produtos da região. “Valorizar o produto é contar a história do produto e da comunidade. É ter uma identidade”, enfatizou Fonseca.
Na ocasião, os comunitários aproveitaram também para discutir sobre os desafios do tripé da sustentabilidade dentro da cadeia do artesanato: ambientalmente correto, economicamente viável e socialmente justo.
Força do artesanato
A palestrante do Sebrae Lílian Silvia Simões, também participante do seminário, destacou a importância da pesquisa como diagnóstico dos pontos fortes e desafios da cadeia produtiva do baixo Rio Negro, prospectando boas oportunidades de negócios com a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e outros grandes eventos. “A união é extremamente importante. Só assim vamos almejar e alcançar objetivos mais elevados”, disse. Já o gerente de desenvolvimento da Organização das Cooperativas do Brasil no Amazonas (OCB/AM)), José Renato Flávio Persilva, explicou conceitos do Associativismo e Cooperativismo no artesanato, ressaltando a importância do processo produtivo com respeito aos recursos naturais. “Os artesãos do baixo Rio Negro são verdadeiros guardiões do meio ambiente, porque preservam a fonte de onde tiram o sustento deles”, observou.