Rita Coelho conhece como ninguém as belezas e riquezas naturais do Pantanal. Filha de fazendeiros e proprietária da Fazenda Baía das Pedras, local onde o IPÊ realiza as pesquisas sobre a anta brasileira e o tatu-canastra, ela aposta no turismo ecológico diferenciado como forma de incentivar as pessoas a conhecer e valorizar esse bioma tão importante.
A Baía das Pedras fica na região da Nhecolândia, no coração do Pantanal, distante 300 km de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. A fazenda foi fundada em 1940 e foi ampliada com o passar dos anos. Duas baías localizadas na propriedade, que têm cascalho de pedra no fundo ao invés de areia, inspiraram seu nome.
Parte da grande fazenda passou para Rita em 1993, mas foi nos anos 2000 que ela decidiu estabelecer o turismo ecológico como atividade , além da tradicional pecuária. “Nossa região sempre foi muito bonita e eu costumava receber amigos ali para admirar essa beleza. Como algumas inciativas de turismo começaram em outras áreas na nossa região, resolvemos apostar na atividade”, conta Rita.
Hoje, a fazenda recebe cerca de 350 pessoas por ano e 90%, segundo Rita, são estrangeiros. “O brasileiro tem mais inclinação ao turismo de aventura. Nós oferecemos um turismo mais contemplativo, de observação”, comenta. Foi nesse espaço que a pesquisadora do IPÊ Patrícia Medici viu a oportunidade de estudar a anta brasileira no Pantanal.
“Já havíamos recebido algumas pesquisas com espécies dentro dos limites da fazenda. Atualmente só temos o IPÊ. Sinto que fazemos a nossa parte colaborando com a conservação das espécies. Abrir o espaço para essas pesquisas é uma forma de dar nossa contribuição para a biodiversidade do Pantanal. Além disso, trabalhamos muito bem juntos. É muito interessante, porque a Patrícia também traz informações e faz apresentações sobre a anta para os nossos hóspedes, quando está aqui com a equipe para suas expedições”, afirma Rita, à esquerda na foto.