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No mês de dezembro, o barco escola do IPÊ, Maíra I, voltou a navegar no rio Negro, após cinco anos sem atividades contínuas. Com apoio do projeto LIRA/IPÊ – Legado Integrado da Região Amazônica* e parceria do LinkedIn, a maior rede social profissional do mundo, foi possível reformar o barco, doado em 2003 pelo Grupo Martins, e iniciar o novo projeto Navegando Educação Empreendedora na Amazônia.
Com a iniciativa, o IPÊ já realizou um levantamento sobre os negócios que existem na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, no Amazonas, para um plano de ação que ajude a impulsionar empreendimentos na região. Além disso, já conduziu um curso de biossegurança, apoiando empreendimentos turísticos.
As comunidades da Amazônia têm um saber-fazer no uso e manejo da biodiversidade, em atividades como agricultura, extrativismo, criação de pequenos animais, pesca e caça. As famílias são originárias de grupos indígenas do alto Rio Negro, bem como de migrantes, principalmente da região nordeste do Brasil. Seu histórico de trabalho em diferentes ciclos econômicos do extrativismo (cacau, juta e borracha) foi determinante para a predominância de atividades rurais ligadas à agricultura e ao extrativismo.
“Acreditamos nas diversas oportunidades de geração de renda e qualidade de vida, através da reestruturação dos agentes econômicos, de produtos e serviços da sociobiodiversidade. Mas sabemos das dificuldades e dos entraves logísticos, tecnológicos, organizacionais e produtivos, que prejudicam as cadeias de valor da sociobiodiversidade, falhando no trânsito de bens e serviços e não chegando ao consumidor final em potencial”, afirma Nailza Pereira Porto, coordenadora geral do projeto pelo IPÊ.
Parcerias
O olhar para as cadeias produtivas da Amazônia também faz parte do LIRA, outro projeto do IPÊ, financiado pelo BNDES e Gordon and Betty Moore Foundation. Por essa razão, o projeto apoia essa nova iniciativa do Instituto.
O LinkedIn também abraçou a causa, compreendendo a importância do desenvolvimento local dessas comunidades para enfrentar desafios relacionados à conservação da floresta, bem-estar social e desenvolvimento socioeconômico, a partir de ações mais eficientes de mitigação de impactos negativos e superação de eventos extremos, com foco nas cadeias de valor da sociobiodiversidade.
“O LinkedIn é a maior rede social profissional do mundo. A gente quer que as pessoas se conectem e tenham bem estar e sejam bem sucedidas em suas profissões, dentro de um mundo mais equilibrado social, economicamente e, claro, ambientalmente. Apoiar o IPÊ neste projeto faz todo o sentido para nós, porque estamos criando uma rede de empreendedores, de profissionais que inovam em seu próprio território, conservando a maior floresta tropical do mundo, com importância global. E isso, trazendo benefícios para suas famílias e contribuindo para o desenvolvimento sustentável local”, afirma Rudi Solon, diretor de contas do LinkedIn e líder do grupo de sustentabilidade GoGreen – à direita na foto com Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ.
Em fevereiro, o IPÊ visitou potenciais negócios que já estão em andamento. Os pesquisadores e os parceiros ouviram as comunidades sobre as principais dificuldades e os desejos para o futuro de seus negócios. A partir do diagnóstico, ações serão traçadas para o ano de 2022, a fim de contribuir para alavancar empreendimentos que geram renda e mantêm a floresta em pé.
“É necessário construir novos arranjos inovadores e mais circulares frente ao momento atual, adotando estratégias transversais para despertar uma visão sistêmica sobre a importância de um ambiente saudável como uma barreira natural caso ocorram futuros eventos de crise ambiental e climática. Esperamos que esse seja o primeiro passo de uma ação bastante significativa na região”, comenta Nailza.
Para conhecer a história do IPÊ na Amazônia, veja a nossa linha do tempo.
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