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O Programa de Conservação do Mico-Leão Preto, realizado no Pontal do Paranapanema pelo IPÊ, receberá por mais dois anos o aporte do Disney Conservation Fund (DCF) para suas atividades de pesquisa, educação ambiental e conservação da espécie.
O DCF tem apoiado o Programa por diversos ciclos, desde 2005. De 2017 a 2020, o fundo financiou a instalação de ocos artificiais, ações de educação ambiental e suporte para ações no corredor de Mata Atlântica, o maior do Brasil, reflorestado pelo IPÊ. Os ocos foram uma grande evolução para o projeto, ajudando a entender a dinâmica de movimentação dos micos e uso do corredor e fragmentos próximos a ele. Tudo isso porque, para os micos-leões-pretos, as fontes de alimento (frutas, insetos e pequenos vertebrados) e locais de dormitório (buracos de árvores) são componentes vitais do habitat que afetam diretamente o número de indivíduos que podem usar e viver em uma área. Entretanto, as árvores do corredor, por serem mais novas, não possuem ocos naturais. Para promover o uso dessas áreas restauradas pelos micos, uma das ações do projeto apoiado pelo DCF foi justamente a instalação de ocos artificiais, caixas de madeira que funcionam como abrigo e dormitório para a espécie. Outro avanço do projeto foi a utilização de GPS nos micos, em mochilas instaladas nos indivíduos para monitoramento, cujo apoio da Disney viabilizou os primeiros testes dessa tecnologia.
Para os próximos anos, o programa continua com as frentes de ação de Pesquisa, Educação Ambiental e Conservação. As pesquisas de campo incluem monitoramento dos grupos que vão fazer parte do manejo de populações.
“É importante dizer que tudo faz parte de um processo pensado e planejado conjuntamente por um grupo de especialistas, com a chancela dos órgãos governamentais responsáveis. Inicialmente, vamos avaliar a viabilidade da translocação para cada população, para definir quais delas farão parte dessa estratégia [já usada pelo Programa desde 1995]. A partir das necessidades identificadas, desenharemos as estratégias e protocolos, que são aprovados por um Grupo de Assessoramento Técnico ligado ao PAN, para finalmente realizar a movimentação de grupos de micos entre essas populações. Estamos bastante felizes para seguir essa nova etapa, evolvendo diversos atores em prol desse passo importante para a espécie”, afirma a bióloga Gabriela Cabral Rezende. Todas as ações de pesquisa e conservação com o mico-leão-preto apoiam e estão em concordância com o Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e da Preguiça-de-coleira, que é parte da estratégia nacional e global de conservação da biodiversidade.
Assim como nos anos anteriores, as ações de Educação Ambiental vão ocorrer nas escolas públicas em municípios estratégicos para a proteção do mico, no Pontal do Paranapanema. Uma das atividades mais relevantes é levar informação científica e capacitar professores para iniciativas de educação ambiental nas salas de aula. Já estão sendo produzidos materiais didáticos sobre o assunto.
Como ação complementar para a conservação do mico-leão-preto, o programa vai continuar a mobilizar a sociedade levando conhecimento sobre a espécie e elaborando métodos que possam ajudar na manutenção da vida desse animal, que é símbolo do estado de São Paulo. Já está em curso o planejamento de instalação de passagens seguras para os micos, passando por cima de estradas que cortam áreas verdes de uso da espécie. Essas passagens conectam-se aos corredores de floresta para garantir ainda mais espaço para os micos e as demais espécies que habitam a região, trazendo segurança para eles se movimentarem pela paisagem.
O Programa também recebe apoio de Durrell Wildlife Conservation Trust, Margot Marsh Biodiversity Foundation/Re:wild e Whitley Fund for Nature.
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